Carl Sagan

O astrônomo e biólogo Carl Edward Sagan nasceu na cidade de Nova York, a 9 de novembro de 1934. No ano de 1960, ele se doutorou na Universidade de Chicago, devotando-se logo depois aos estudos e à popularização da Astronomia, bem como à compreensão da exobiologia – pesquisas sobre a existência de vida extraterrestre.

Carl Sagan, em 1980. Foto: NASA / via Wikimedia Commons

Oito anos depois de seu doutorado, Sagan passou a administrar o Laboratório de Pesquisas Planetárias da Universidade de Cornell, no qual pôde dar vazão à sua paixão pela busca de habitantes de outros planetas. Neste sentido, o cientista elaborou durante anos experiências com aparelhos destinados a captar sinais provindos do Cosmos. Em 1966, Carl Sagan confessou, em artigo publicado na Revista Veja, que antenas radiofônicas instaladas na Universidade da Califórnia, em Berkeley, receberam durante vários anos pelo menos 30 milhões de sinais curiosos, dos quais restaram 164 fenômenos sem nenhuma explicação, pela impossibilidade de repetição destes eventos, o que é imprescindível para uma comprovação científica.

Sagan sempre evitou os caminhos místicos, trilhando constantemente as veredas da razão. Muito próximo das pesquisas espaciais, ele liderou as viagens das sondas norte-americanas Mariner e Viking, as primeiras a empreender uma investigação de todo o sistema solar. Estimulou sem cessar a procura de vestígios da existência de vida em outros mundos no Universo, mantendo a crença de que, com a tecnologia cada vez mais desenvolvida e acessível, o Homem estaria mais próximo de realizar esta grande descoberta.

Carl Sagan era considerado um intelectual genial, pois parecia dominar todas as áreas do conhecimento, sendo detentor de uma vocação ímpar para a escrita, sem falar na sua facilidade para traduzir na linguagem popular os temas mais complexos. Isto lhe possibilitou deixar ao mundo um patrimônio científico de imenso valor, ao consolidar suas experiências e seu saber em uma obra que inclui clássicos como Cosmos, adaptado para a TV na forma de uma série premiada, sucesso de público, Os Dragões do Éden - Prêmio Pulitzer de Literatura -, O Romance da Ciência, Pálido Ponto Azul e O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A ciência como uma vela no escuro. Seja nos livros publicados ou nas conferências realizadas, ele influenciou positivamente a geração mais nova de astrônomos.

Este cientista brilhante aventurou-se também no campo da ficção científica, escrevendo Contato, transcrito para o cinema depois de sua morte, atingindo grande parte do público aficionado pelo assunto. Seu último livro, Bilhões e Bilhões, foi lançado postumamente por sua esposa e assessora Ann Druyan. Há pouco tempo foi editado em nosso país uma coletânea de suas conferências sobre teologia natural – Variedades da Experiência Científica – uma visão pessoal da busca por Deus.

Sua participação no projeto espacial dos EUA foi expressiva. Ele atuou como consultor e conselheiro da NASA a partir dos anos 50; colaborou com os astronautas do Projeto Apollo anteriormente à viagem destes à Lua; participou também do programa Voyager e das tarefas que couberam à sonda Galileo. Sagan ocupou vários cargos de destaque nos órgãos encarregados das pesquisas sobre o Cosmos.

Carl Sagan morreu de pneumonia no dia 20 de dezembro de 1996, no Centro de Pesquisas do Câncer Fred Hutchinson, na cidade de Seattle, nos EUA, após uma árdua luta, durante dois anos, contra um câncer raro na medula óssea. Apesar de ter recebido um transplante de medula um ano antes, ele não resistiu e partiu. A Ciência perdeu um de seus maiores estudiosos, patronos, disseminadores e incentivadores, mas o Universo finalmente acolheu em seus braços o Homem que mais o compreendeu e que atingiu, com seus estudos, a sua própria essência.

Fontes http://pt.wikipedia.org/wiki/Carl_sagan http://www.cfh.ufsc.br/ ~planetar/textos/sagan.htm

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