5 Planos de Aula de Artes para o Ensino Fundamental II

August 2021 0 5K Report
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    window.sg_perf && performance.mark('img:visible'); Laura Aidar Arte-educadora e artista visual

    Confira 5 planos de aulas de artes para o Ensino Fundamental II, conforme as normas da BNCC.

    As aulas e atividades propostas podem ser trabalhadas em vários anos do fundamental II, adaptando-as para a realidade de cada turma e dependendo do conteúdo que a professora ou professor está desenvolvendo naquele ano.

    É interessante que as linguagensartes visuais, dança, teatro, música e artes integradas sejam trabalhadas em atividades e experiências que priorizam o processo, e não apenas o produto final.

    1. Plano de Aula de Artes: Autorretratos

    Tema Autorretratos
    Unidade Temática Artes Visuais
    Objetos de conhecimento Processos de criação
    Habilidades

    (EF69AR06) Desenvolver processos de criação em artes visuais, com base em temas ou interesses artísticos, de modo individual, coletivo e colaborativo, fazendo uso de materiais, instrumentos e recursos convencionais, alternativos e digitais.

    (EF69AR07) Dialogar com princípios conceituais, proposições temáticas, repertórios imagéticos e processos de criação nas suas produções visuais.

    (EF69AR02) Pesquisar e analisar diferentes estilos visuais, contextualizando-os no tempo e no espaço.

    Objetivos
    • Conhecer obras de artistas que usam o autorretrato como recurso criativo.
    • Incentivar uma investigação sobre conteúdos pessoais e maneiras de comunicação através da arte visual.
    • Estimular a produção artística dos jovens.
    Conteúdo Debate e produção de autorretratos
    Duração de 2 a 3 aulas
    Recursos didáticos
    • Apresentação em power point de obras
    • Computador
    • Projetor (se for aula presencial)
    • Câmera fotográfica ou celular
    • Espelhos
    • Lápis, canetinha, tintas ou outros materiais artísticos
    Metodologia

    Exibir diferentes obras em que o tema é o autorretrato. Mostrar como esse recurso foi usado durante toda a história da arte e continua sendo utilizado até hoje.

    Conversar com os alunos e alunas sobre a importância do autorretrato na história da arte e mostrar obras de diferentes locais e períodos. Falar brevemente sobre a vida de cada artista exibido e quais teriam sido suas motivações para produção das obras.

    Exemplos de artistas que podem ser trabalhados:

    Frida Kahlo, Vincent van Gogh, Francesca Woodman, Cindy Sherman, Salvador Dalí, Ana Mendieta.

    Perguntar:

    • Como posso, através da minha imagem ou da minha própria representação, me conectar com o coletivo?
    • O que eu gostaria de comunicar?

    Propor aos alunos que realizem autorretratos através da observação de suas imagens em espelhos ou das câmeras dos celulares.

    Em um segundo momento, propor aos alunos que elaborem autorretratos criativos com a câmera do celular.

    Mostrar que a "selfie" pode ser feita de inúmeras maneiras e estimular a reflexão sobre essas possibilidades, trazendo as reflexões para o contexto contemporâneo.

    Pedir para que elaborem um documento contando como foi o processo criativo e quais suas motivações e fontes de inspiração.

    Avaliação

    A avaliação se dará através da observação do processo artístico do aluno, que entregará um texto contando como foi sua experiência criativa, suas motivações e inspirações.

    O produto final (autorretratos em si) também servirão como elemento da avaliação, mas devem ter peso menor.

    Referências

    Artigos do Toda Matéria

    Frida Kahlo: vida e obra

    Vincent van Gogh: vida e obra

    2. Plano de Aula de Artes: Semana de Arte Moderna

    Tema Semana de Arte Moderna
    Unidade Temática Artes Visuais
    Objetos de conhecimento

    Patrimônio cultural

    Matrizes estéticas culturais

    Habilidades

    (EF69AR33) Analisar aspectos históricos, sociais e políticos da produção artística.

    (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

    Objetivos
    • Compreender aspectos da história da arte brasileira.
    • Entender os processos que levaram à criação da Semana de Arte Moderna.
    • Estimular o processo criativo dos alunos e alunas.
    Conteúdo Semana de Arte Moderna
    Duração De 2 a 3 aulas
    Recursos didáticos
    • Computador
    • Apresentação em power point
    • Projetor (se for aula presencial)
    Metodologia

    Apresentar conteúdo no power point sobre a Semana de Arte Moderna, explicando de forma simples quais foram as motivações dos artistas para o evento (inspiração nas vanguardas europeias) e como eles produziram obras evidenciando características nacionais.

    Apresentar os artistas que participaram da Semana, dando destaque para as artes visuais: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Victor Brecheret, Vicente do Rego Monteiro.

    Estimular que os alunos e alunas percebam as características presentes nas obras de cada artista.

    Pedir que escolham um desses nomes e realizam uma produção artística inspirada em suas obras.

    Avaliação A avaliação é feita analisando o processo e comprometimento de cada aluno e aluna, além do produto final.
    Referências Artigos do Toda Matéria:
    • Semana de Arte Moderna
    • Anita Malfatti

    3. Plano de Aula de Artes: O que é arte?

    Tema Fórum: O que é arte?
    Unidade Temática Artes integradas
    Objetos de conhecimento Matrizes estéticas culturais
    Habilidades

    (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética

    Objetivos
    • Debater acerca de conceitos e definições do que vem a ser arte.
    • Compreender qual a ideia que os alunos têm sobre esse campo da linguagem.
    • Estimular o diálogo entre os jovens, visando o respeito e a troca de ideias.
    Conteúdo Reflexões conceituais sobre arte
    Duração 2 a 3 aulas
    Recursos didáticos
    • Apresentação em power point
    • Computador
    • Projetor (se for presencial)
    Metodologia

    Para abrir o debate, apresentar documento em power point com a performance “O que é arte? Para que serve?” feita por Paulo Bruscky em 1963. Mostrar também o poema “Traduzir-se”, de Ferreira Gullar, que traz a questão de forma lírica.

    Conversar com os alunos e alunas estimulando-os a pensar sobre o que pode ou não ser considerado arte.

    Algumas possíveis perguntas podem ser feitas:

    • O que vocês acreditam que "cabe" na arte?
    • Existe um “órgão regulador” que define o que é arte?
    • Quem pode ser considerado artista?
    • Artesanato pode ser visto como arte?
    • É preciso estudar arte ou fazer cursos de artes para ser artista?
    • Os alunos conhecem algum artista?
    • Existe um tipo de arte "melhor" ou "superior" do que outro?
    • O que "não cabe" na arte?

    Organizar então um fórum (que pode ser presencial ou virtual) onde os alunos possam continuar as reflexões. Separar grupos de 5 ou 6 alunos. É importante que cada grupo tenha um mediador, que anotará as considerações e conclusões.

    Avaliação

    Cada grupo apresentará um relatório com suas conclusões. Esse documento servirá como uma forma de avaliar a atividade. Além disso, a participação e contribuições pessoais de cada um também serão avaliadas.

    Referências Artigo do Toda Matéria: O que é arte?

    Materiais a serem usados na metodologia

    Poema de Ferreira Gullar Traduzir-se, presente no livro Na vertigem do Dia, de 1980

    TRADUZIR-SE Uma parte de mim é todo mundo; outra parte é ninguém: fundo sem fundo. Uma parte de mim é multidão: outra parte estranheza e solidão. Uma parte de mim pesa, pondera; outra parte delira. Uma parte de mim almoça e janta; outra parte se espanta. Uma parte de mim é permanente; outra parte se sabe de repente. Uma parte de mim é só vertigem; outra parte, linguagem. Traduzir-se uma parte na outra parte — que é uma questão de vida ou morte — será arte?

    Performance de 1963 O que é Arte? Pra que serve?, de Paulo Bruscky

    4. Plano de Aula de Artes: Fotografia como arte e crítica social

    Tema Fotografia como arte e crítica social
    Unidade Temática

    Artes visuais

    Artes Integradas

    Objetos de conhecimento

    Elementos da linguagem

    Processos de criação

    Habilidades

    (EF69AR05) Experimentar e analisar diferentes formas de expressão artística (desenho, pintura, colagem, quadrinhos, dobradura, escultura, modelagem, instalação, vídeo, fotografia, performance etc.).

    (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

    (EF69AR35) Identificar e manipular diferentes tecnologias e recursos digitais para acessar, apreciar, produzir, registrar e compartilhar práticas e repertórios artísticos, de modo reflexivo, ético e responsável.

    Objetivos
    • Conhecer a produção de reconhecidos fotógrafos e fotógrafas nacionais.
    • Refletir sobre as motivações que levaram tais artistas a produzir e como a arte pode tratar de assuntos de interesse coletivo.
    • Relacionar os problemas sociais à produção imagética.
    • Entrar em contato com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
    • Sensibilizar o olhar dos estudantes e estimular o pensamento crítico.
    Conteúdo A linguagem fotográfica e direitos humanos
    Duração De 2 a 3 aulas
    Recursos didáticos
    • Computador
    • Apresentação em power point
    • Projetor (para aulas presenciais)
    • Celulares dos alunos
    Metodologia

    Iniciar o plano conversando sobre a linguagem fotográfica e como ela pode transmitir sentimentos e suscitar reflexões sobre as formas em que as sociedades estão organizadas.

    Conversar sobre o fotojornalismo e sobre trabalhos autorais de fotógrafos e fotógrafas comprometidas com denúncias sociais.

    Sugestão: Sebastião Salgado e Claudia Andujar.

    Estimular a percepção de elementos da linguagem fotográfica como: enquadramento, simetria, cor, textura e, sobretudo, o assunto tratado.

    Selecionar, apresentar e debater alguns artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, elaborada pela ONU em 1948.

    Relacionar as fotografias anteriormente apresentadas com os direitos humanos.

    Propor aos alunos e alunas que escolham um dos 30 artigos da declaração e, inspirados por ele, elaborem uma fotografia (com as câmeras dos celulares), buscando se comunicar e passar uma mensagem.

    Pedir que escrevam sobre o processo.

    Avaliação

    A avaliação acontece por meio da observação do processo e comprometimento de cada estudante.

    O texto sobre a atividade e a própria fotografia elaborada também serão material avaliativo.

    Referências Declaração Universal dos Direitos Humanos (presente no site da UNICEF)

    5. Plano de Aula de Artes: A arte como recurso para pensar a questão indígena

    Tema A arte como recurso para pensar a questão indígena
    Unidade Temática

    Artes integradas

    Objetos de conhecimento

    Processos de criação

    Matrizes estéticas e culturais

    Habilidades

    (EF69AR31) Relacionar as práticas artísticas às diferentes dimensões da vida social, cultural, política, histórica, econômica, estética e ética.

    (EF69AR32) Analisar e explorar, em projetos temáticos, as relações processuais entre diversas linguagens artísticas.

    (EF69AR34) Analisar e valorizar o patrimônio cultural, material e imaterial, de culturas diversas, em especial a brasileira, incluindo suas matrizes indígenas, africanas e europeias, de diferentes épocas, e favorecendo a construção de vocabulário e repertório relativos às diferentes linguagens artísticas.

    Objetivos
    • Entrar em contato com a cultura indígena brasileira.
    • Estimular reflexões sobre a realidade dos povos indígenas atualmente.
    • Promover o pensamento crítico e o debate.
    • Apresentar música de importante cantor e compositor da MPB.
    • Estimular a sensibilidade e imaginação.
    • Oferecer inspiração e base teórica para produção artística.
    • Impulsionar a produção artística, fazendo com com que os estudantes busquem traduzir em imagens sentimentos e reflexões presentes na canção apresentada.
    Conteúdo Música e artes visuais
    Duração de 2 a 3 aulas
    Recursos didáticos
    • Apresentação de música (pode ser usado o computador e caixa de som)
    • Lousa e giz ou pincel atômico
    • Materiais artísticos como folhas sulfites, lápis de cor, canetinha, tintas e revistas para recortes.
    Metodologia

    Começar o plano conversando sobre a questão indígena no Brasil. Falar sobre a cultura e arte indígena.

    Exibir dados e elementos que apontem para a invisibilidade dos povos originários, assim como a opressão que sofrem. Estimular o pensamento crítico e promover o debate sobre o assunto.

    Em um segundo momento, apresentar a música Txai, de Milton Nascimento e conversar sobre possíveis significados. Escrever a letra da música na lousa.

    Perguntar aos estudantes o que eles acham que significa a palavra Txai (originária dos povos Kaxinawá). Pedir para que escrevam.

    Posteriormente, explicar o significado da palavra:

    Literalmente TXAI quer dizer “mais que amigo/ mais que irmão, a metade de mim que existe em você/ e a metade de você que habita em mim.".

    Propor que os alunos e alunas escolham um trecho da canção para ilustrar. Podem ser utilizadas as técnicas de desenho e pintura ou de colagem.

    Avaliação Avaliação será feita de acordo com a participação do aluno ou aluna nos debates, contribuições e reflexões, além do produto final.
    Referências

    Artigos do Toda Matéria:

    • Arte indígena brasileira
    • Povos indígenas brasileiros

    Material a ser usado na metodologia

    Txai

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