Os agrotóxicos, defensivos agrícolas, pesticidas ou agroquímicos, são substâncias químicas sintéticas utilizadas para matar pragas, insetos, bactérias, fungos e outras plantas.
O uso desses produtos na agricultura se torna muito importante visto que impedem danos nas plantações. Porém, é importante destacar que eles são tóxicos e venenosos.
Trabalhadores rurais utilizando agrotóxicos nas plantaçõesOs agrotóxicos foram desenvolvidos em meados do século XIX pelo químico austríaco Othmar Zeidler (1850-1911). No entanto, suas propriedades pesticidas foram descobertas somente no século XX, em 1939.
Na segunda guerra mundial, eles foram empregados para evitar a proliferação de doenças causadas por insetos, sobretudo a malária, pois ela afetava grande parte da população de soldados.
Mais tarde, essas substâncias passaram a ser utilizadas na agricultura visto o resultado que causavam em pragas, insetos e plantas chamadas de “daninhas”.
Os agrotóxicos são classificados em:
A principal vantagem do uso desses produtos é o controle de doenças e pragas. Dessa forma, o resultado apresentado é a colaboração com o aumento da produtividade dos produtos cultivados.
Em relação as desvantagens, os agrotóxicos causam o desequilíbrio ambiental e ainda, o desenvolvimento de diversas doenças.
O uso dos agrotóxicos polui diretamente o solo, as águas e ainda, pode causar estragos irreversíveis para o meio ambiente. Isso implica no desequilíbrio dos ecossistemas, seja da fauna ou da flora.
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Uma vez sendo produtos utilizados diretamente nos sistemas agrícolas, os agrotóxicos permanecem nos alimentos, mesmo depois de lavados.
Portanto, nós ingerimos grande parte dessas substâncias. Observe que o consumo contínuo desses produtos acarreta distúrbios e diversas doenças.
No Brasil, o uso dos agrotóxicos tem sido uma dura realidade. Cada vez mais os alimentos estão infectados por essas substâncias nocivas.
Dos produtos cultivados e que apresentam alta concentração de agrotóxicos, destacam-se legumes, verduras e frutas como: pimentão, uva, pepino, morango, alface, cenoura, etc.
Dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostram que o Brasil é o maior consumidor desses produtos no mundo, desde 2008.
Embora seja um negócio gigantesco e lucrativo, atualmente existem outras possibilidades, como adubos e agrotóxicos de origem orgânica. Isso explica o crescimento do mercado de “produtos orgânicos”, pois eles não utilizam agrotóxicos, mas sim, inseticidas de origem orgânica.
A lei responsável pelo uso dos agrotóxicos no Brasil é a Lei Federal nº 7.802 que foi proposta em 1989. Segundo ela:
“Agrotóxicos são os produtos e os agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento dos produtos agrícolas, nas pastagens, na proteção de florestas, nativas ou implantadas, e de outros ecossistemas e também de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de preservá-las da ação danosa dos seres vivos considerados nocivos.”
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Os Ministérios do meio ambiente e da saúde estão junto nessa luta para diminuir o uso dos agrotóxicos no país, pois além de afetar o meio ambiente, ele também afeta a saúde humana.
Entretanto, o país ainda tem um grande problema com a falta de fiscalização, seja pela quantidade permitida ou ainda, pela venda ilegal desses produtos.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) criou o Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), que tem como principal intuito assegurar que a quantidade de agrotóxicos utilizada nos alimentos esteja de acordo com o Limite Máximo de Resíduo (LMR) permitido.
Lista de alimentos com agrotóxicos no Brasil VEJA TAMBÉM: Revolução VerdeSegundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) são registradas 20 mil mortes por ano devido o consumo de agrotóxicos.
A intoxicação por agrotóxicos pode gerar diversas doenças, das quais se destacam:
Vale lembrar que os trabalhadores rurais sofrem demasiado com os agrotóxicos. Isso porque eles manuseiam esses produtos e, na maior parte das vezes, sem proteção adequada.
Juliana DianaLicenciada em Ciências Biológicas pelas Faculdades Integradas de Ourinhos (FIO) em 2007. Pós-graduada em Informática na Educação pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) em 2010. Mestre em Gestão do Conhecimento pela UFSC em 2015.Show life that you have a thousand reasons to smile
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