O Sistema Solar possui oito planetas, sendo os quatro mais próximos do Sol chamados de rochosos, e os quatro mais distantes chamados de gasosos. Todos os gasosos (Júpiter, Saturno, Urano e Netuno) possuem um complexo sistema de anéis que consiste em bilhões de pequenas partículas orbitando o planeta em forma de disco. Cada planeta possui um sistema de anéis diferente que depende da interação das partículas que o compõem com as luas que orbitam o planeta e se diferem na massa, no tamanho, na estrutura e na composição.
Diferentemente dos outros planetas, Júpiter possui apenas um anel. Não se sabia de sua existência até a sonda Voyager, em 1979, sobrevoar o planeta e detecta-lo. O anel possui uma estrutura complexa que consiste em quatro componentes principais: um anel externo que se torna invisível após a órbita da lua Thebe, um anel interno delimitado pela órbita de Amalthea, um anel principal com espessura de apenas 30 km e um halo com espessura de 20 mil km. Júpiter foi o último planeta a ser detectada a presença de um anel, e os dados obtidos até agora não foram suficientes para que cientistas possam identificar sua composição. A distância do último componente do anel até Júpiter é de 222 mil km.
Os anéis de Saturno, descobertos em 1616 por Galileu Galilei, é o sistema de anéis mais famoso do Sistema Solar por serem facilmente vistos da Terra com o uso de telescópio. Eles são compostos de partículas de gelo e rocha revestidas com outros materiais como poeira. O tamanho das partículas varia entre pequenos grãos até proporções de uma casa, porém algumas dessas partículas chegam a ter o tamanho de uma montanha. O sistema é composto de seis anéis nomeados de A a F, sendo os anéis A, B e C os principais e os outros mais fracos, descobertos recentemente. A ordem dos anéis, de dentro para fora é D, C, B, Divisão de Cassini, A, F, G e, finalmente, E. A famosa divisão de Cassini é uma lacuna de quase cinco quilômetros que separa os anéis A e B. No total, os anéis somam uma distância de 282 mil km de Saturno.
Urano possui um sistema de treze anéis praticamente transparentes. Os primeiros anéis foram descobertos em 1977 por James L. Elliot e, mais para frente, a sonda Voyager 2 e o telescópio Hubble descobriram os outros anéis no sistema. A sonda descobriu que existem tanto partículas grandes (maiores que 140 cm) quanto partículas microscópicas de poeira que compõem os anéis. Acredita-se que os anéis uranianos são relativamente novos, sendo formados após a formação do sistema solar. A distância do último anel até o centro de Urano é de 98 mil km.
Netuno possui um sistema de cinco anéis constituídos por compostos orgânicos (produzidos pela radiação da magnetosfera netuniana) e poeira. O anel mais externo, chamado Adams, se distancia 64 mil km de Netuno e, nele está localizada a órbita da lua Galateia, que interage gravitacionalmente com o anel. Assim como os anéis de Urano, os de Netuno também são relativamente novos.
A origem dos anéis ainda é incerta, no entanto existem duas principais hipóteses que explicam formação anelar. A primeira hipótese é a de ruptura que sugere que os anéis são restos de luas que se despedaçaram ao serem colididas por cometas ou asteroides. Por ação das forças de maré, esses pedaços passam a se dispersar em um disco. A segunda hipótese sugere que os anéis são feitos de partículas que não conseguiram se unir para formar uma lua. Como os anéis de Urano e Netuno são relativamente novos, ou seja, formados após o Sistema Solar se formar, acredita-se que eles tenham sido formados através da ruptura de luas.
Referências:
https://courses.lumenlearning.com/astronomy/chapter/planetary-rings/ | Acessado em 03 de janeiro de 2020
https://solarsystem.nasa.gov/planets/saturn/in-depth/| Acessado em 03 de janeiro de 2020
https://www.britannica.com/place/Uranus-planet/The-ring-system | Acessado em 03 de janeiro de 2020
https://solarsystem.nasa.gov/resources/249/neptunes-rings/ | Acessado em 03 de janeiro de 2020
https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A9is_de_Netuno#Lista_de_an%C3%A9is_e_arcos_mais_importantes | Acessado em 03 de janeiro de 2020
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/astronomia/aneis-planetarios/
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