A dermatite atópica e a psoríase são duas doenças de pele de natureza crônica e inflamatória.
Dermatite atópica: doença que surge já na infância, é bastante frequente e leva a formação de eczema, que são lesões avermelhadas, endurecidas e ressecadas. As lesões tipicamente coçam muito.
Psoríase: doença crônica, que acomete principalmente adultos, sendo rara na infância, provoca a formação de placas avermelhadas, que apresentam intensa descamação. É uma doença relativamente comum, mas é mais rara do que a dermatite atópica e tem natureza autoimune.
Principais diferenças1. Idade de início dos sintomasA dermatite atópica leva a dois sintomas principais: pele seca e coceira intensa. Podem ser formadas áreas vermelhas, elevadas, pruriginosas, com formação de crostas ou exsudato.
Lesões crônicas de dermatite atópica podem deixar a pele mais endurecida e escoriada, por conta do ato de coçar a pele frequentemente. Além disso, as lesões de dermatite atópica podem apresentar alguma descamação, que geralmente não é tão intensa quanto a descamação que ocorre na psoríase.
Dermatite atópicaA psoríase, por sua, vez também pode se manifestar de diferentes formas. A forma mais comum é a psoríase em placas, na qual, ocorre a formação de placas vermelhas, acinzentadas ou esbranquiçadas que formam constantemente escamas, ou seja, são lesões de pele que apresentam descamação constante.
As placas da psoríase podem coçar, mas diferentemente da dermatite atópica, a coceira não é tão intensa, sendo também pouco frequente.
PsoríaseQual a diferença na localização das lesões?A dermatite atópica pode se apresentar em diferentes áreas do corpo, sendo algumas regiões do corpo mais frequentemente acometidas do que outras.
Em bebês e crianças a dermatite atópica pode atingir bochechas, couro cabeludo e áreas extensoras das pernas e braços. Em crianças maiores e adolescentes é a comum a formação de placas de eczema em áreas flexoras (internas) de joelhos e cotovelos, além de pescoço, punhos e tornozelos. Já nos adultos as lesões da dermatite atópica também atinge principalmente áreas flexoras de joelhos e cotovelos.
Em relação à psoríase as placas vermelhas com formação de escamas, típicas da doença, atingem principalmente o couro cabeludo, áreas extensoras (externas) dos cotovelos e joelhos, e região entre às nádegas. Outras possibilidades de local de acometimento são o canal auditivo, o umbigo, as palmas das mãos, as solas dos pés e as unhas.
Qual a diferença na idade de início dos sintomas? E qual a faixa etária mais frequente?A dermatite atópica geralmente começa na primeira infância, cerca de 85% dos casos surgem antes dos 5 anos, sendo que 60% das vezes os sintomas podem surgir já no primeiro ano de vida.
Os sintomas tendem a melhorar ou aliviar a medida que a criança cresce, sendo que costumam ser mais persistentes nas crianças que apresentaram os sintomas mais tardiamente.
Já a psoríase embora possa surgir em qualquer faixa etária é mais frequente entre os 30 e os 39 anos e entre os 50 e os 69 anos, portanto é uma doença mais associada aos adultos, sendo rara na infância.
Ambas as doenças podem apresentar momentos de melhora e recidiva das lesões de pele, e momentos de piora dos sintomas.
Qual o tratamento da dermatite atópica e da psoríase?A base do tratamento da dermatite atópica é o uso de diário e constante de hidratantes. Em casos mais graves da doença pode ser necessário o uso de medicamentos como corticoides ou mesmo imunossupressores, como a ciclosporina ou o metotrexato.
O tratamento da psoríase também se beneficia muito da hidratação da pele. Em casos leves o uso de hidratantes, pomadas tópicas, contendo corticoesteroides e exposição solar pode ser suficiente para a melhora das lesões de pele.
Em casos graves, na psoríase, pode ser necessário o uso de fototerapia ou medicação como retinoides, metotrexato, ciclosporina. Medicamentos biológicos também pode ser utilizados nos casos severos, como o adalimumabe, o etanercepte, o infliximabe, entre outros.
Na suspeita de dermatite atópica ou psoríase, consulte um dermatologista ou médico de família para o correto diagnóstico e tratamento.
Referências bibliográficas
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