O ATP é uma molécula com a função de armazenar e liberar energia de forma temporária para que as células de um organismo desempenhem suas atividades.
É mais conhecida na biologia pela sigla ATP que significa adenosina trifosfato ou trifosfato de adenosina. É composta por um açúcar chamado ribose, uma base nitrogenada denominada adenina e três radicais de fosfato.
A glicose, utilizada para produção do ATP, é um açúcar produzido pelas plantas que são seres autótrofos, ou seja, produzem sua própria fonte de energia.
Esse açúcar com 6 átomos de carbono sofre reações químicas no interior das células. No citoplasma o processo é conhecido por fermentação e nas mitocôndrias como respiração celular. Ao término de ambos são formadas novas moléculas de ATP.
A principal função do ATP é armazenar e liberar energia no local que precisar. Por exemplo, para um aparelho celular funcionar é necessária a carga de sua bateria. Com a bateria carregada é possível utilizá-lo, pois a energia é fornecida por ela. O mesmo acontece com o ATP, essa molécula é similar a uma mini bateria.
ATP: A bateria biológicaPara formar o ATP as células recorrem a fermentação ou a respiração celular. Existem dois tipos de fermentação, ambas produzem apenas 2 moléculas de ATP e geralmente ocorrem em microrganismos (bactérias e fungos). Porém, a fermentação também ocorre em células humanas, como as musculares (fermentação láctica).
Fermentação alcoólica: Glicose → álcool etílico + CO2 + 2 ATP;
Fermentação láctica: Glicose → ácido láctico + 2 ATP.
A respiração celular, por outro lado, produz um saldo de 38 moléculas de ATP e necessita de oxigênio para acontecer. Contudo, em células dos tecidos muscular esquelético e nervoso, o saldo final é de 36 moléculas de ATP.
Alguns autores sugerem que, na prática, o saldo final de ATP não é sempre 38, mas pode variar entre 30 ou 32 moléculas.
Quando a glicose é quebrada, a energia é liberada e armazenada formando o ATP. Uma sequência de reações químicas ocorrem para a extração dessa energia e elas são:
Fase | Local da célula | Moléculas de ATP formadas |
Glicólise | Citoplasma | 2 |
Ciclo de Krebs | Matriz Mitocondrial | 2 |
Cadeia Respiratória | Membrana da Crista Mitocondrial | 34 |
Saldo Final | 38 |
Saiba mais: Metabolismo Energético
Quando precisa ocorrer atividade, a molécula de ATP sofre reação de hidrólise (quebra da molécula em presença de água). Por ser uma reação exergônica libera alta quantidade de energia, cerca de 7 kcal/mol, de um dos fosfatos. Após a perda de um fosfato a molécula se transforma em ADP ou Difosfato de Adenosina.
A molécula do ATP é composta por uma base nitrogenada chamada adenina, um açúcar de 5 carbonos denominado ribose e três radicais de fosfato.
A ligação química entre a adenina e a ribose chama-se adenosina e os 3 grupos fosfatos formam o trifosfato. Por este motivo a molécula se chama trifosfato de adenosina ou adenosina trifosfato. E é justamente nas ligações de fosfato que são armazenadas as energias livres.
ATP: Adenosina TrifosfatoÉ comum a existência de ADP e fosfato inorgânico (Pi) no citoplasma das células. Quando ocorre hidrólise da glicose, uma quantidade de energia é liberada e armazenada na ligação entre ADP e Pi formando ATP.
Veja a reação:
Portanto, o ADP em ligação com o Pi forma uma estrutura orgânica que contém 3 fosfatos, logo, o trifosfato de adenosina. É por este motivo que o ATP armazena energia temporariamente, pois a todo momento ele a acumula e a libera para que as células desempenhem suas funções.
Veja também:
MACHADO, V. G.; NOME, F. Compostos fosfatados ricos em energia. Química Nova, v. 22, n. 3, p. 351–357, 1999.
UZUNIAN, A.; BIRNER, E. Biologia: volume único. 3a ed. São Paulo: Harbra, 2008.
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