O Behaviorismo é uma teoria da psicologia que avalia o comportamento de seres humanos e animais, a partir de análises fundamentadas e da observação de fatos práticos como, por exemplo, reações a estímulos.
Também chamado de comportamentalismo ou psicologia comportamental, o behaviorismo originou-se nos Estados Unidos no início do século XX, como uma ideia de oposição ao conceito de psicologia introspectiva.
A teoria behaviorista ou comportamentalista defende uma psicologia mais objetiva. Os behavioristas se opõem a estudos unicamente baseados em sentimentos, emoções e pensamentos.
As primeiras manifestações da psicologia behaviorista surgiram pelas mãos de John Watson (1878 - 1958), psicólogo americano que defendeu o estudo do comportamento observável.
O behaviorismo foi alvo de investigação por parte de vários estudiosos. Ao longo das pesquisas, foram desenvolvidas teorias consoante às conclusões e interpretações de cada um.
Assim, diferentes tipos de behaviorismo foram identificados, sendo os principais o behaviorismo metodológico e o behaviorismo radical.
O behaviorismo metodológico tem como base a valorização do que é objetivo em detrimento do que é subjetivo.
Também conhecido como “psicologia do outro” e “behaviorismo clássico”, fundamenta-se no estudo do comportamento observável e evidente, isto é, do comportamento que os sentidos sensoriais podem perceber.
O principal nome desse tipo de behaviorismo é John B. Watson. Considerado o pai da escola behaviorista, o psicólogo foi o precursor da psicologia social com foco na pesquisa.
Para ele, a psicologia não deveria analisar exclusivamente estudos da mente, mas sim estudos comportamentais. Assim, acreditava ser possível prever o comportamento humano.
As afirmações de Watson sobre o conceito de behaviorismo metodológico tinham como base a teoria do condicionamento clássico, do fisiologista e médico russo Ivan Pavlov (1849 - 1936).
Pavlov provou que após repetir por diversas vezes a experiência de tocar um sino e, em seguida, mostrar a comida a seus cachorros, criou-se uma associação entre o som do sino e o alimento.
Assim, mesmo que não vissem nenhuma comida, o simples som do sino já era suficiente para fazer os cães salivarem.
Chamado de O cão de Pavlov, o experimento foi uma validação do condicionamento clássico, que defende que o comportamento não pode ser controlado e funciona quase como um reflexo involuntário.
Em outro experimento, chamado pequeno Albert, um bebê, que possuía um comportamento calmo, foi exposto durante um longo período a situações de estresse sonoro.
Ao final do experimento, o bebê abandonou seu comportamento tranquilo e passou a temer situações que antes não causavam nenhuma reação adversa.
No filme Laranja Mecânica (1971), o protagonista, Alex, é submetido a um método de condicionamento para evitar seu comportamento violento.
Alex sendo submetido ao condicionamento comportamentalO jovem é exposto a imagens violentas enquanto recebe estímulos negativos.
O behaviorismo radical surgiu como oposição ao behaviorismo metodológico e afirmou que sentimentos, emoções e outros fatores mentalistas não dão origem à conduta; são, na verdade, parte integrante dela.
Assim, o comportamento consistiria em uma mescla de manifestações externas desses fatores, e na consequência de atos praticados.
Desenvolvido por Burrhus Frederic Skinner (1904 - 1990), psicólogo e filósofo americano, esse tipo de behaviorismo é baseado em um princípio chamado de “condicionamento operante”.
Segundo ele, o indivíduo controla a forma como vai se comportar com base no que aprende sobre a relação entre seu comportamento e as consequências que seus atos acarretam.m possíveis consequências como:
Então, é possível condicionar as ações a partir de associações com possíveis consequências. Essas associações seriam suficientes para condicionar o comportamento.
É de se destacar o uso desse tipo de behaviorismo na educação, pois ele defende que a teoria da aprendizagem está diretamente relacionada aos estímulos recebidos pelos alunos.
Desse modo, pretende-se criar condicionantes das ações e moldar o comportamento dos alunos.
Assim, considera-se que não existam habilidades inatas, e que todo comportamento (incluindo o processo de aprendizagem) possa ser condicionado.
Não quer dizer, com isso, que o aluno é um sujeito passivo, mas sim que esse condicionamento está diretamente ligado ao planejamento do método de ensino e do material utilizado pelo educador.
A teoria de Skinner partiu de um experimento com animais chamado de Caixa de Skinner ou Câmara de condicionamento operante.
A caixa possuía um compartimento com uma espécie de comando, que quando acionado respondia com um estímulo: comida, água, luz, imagens ou choque elétrico.
Os animais utilizados nas experiências recebiam os estímulos sob diferentes circunstâncias de testes:
O experimento concluiu que os animais que participaram dos testes passaram a realizar com mais frequência os movimentos que tinham como resposta os estímulos positivos.
A caixa de Skinner serviu como ponto de partida para que o estudioso começasse a definir diferentes padrões comportamentais.
Mais tarde, Skinner lançou sua teaching machine ("máquina de ensinar"). Nela, o aluno deveria responder uma sequência de questões emitida pela máquina e avançar conforme as respostas corretas.
Disco com as questões na máquina de ensinarVeja também:
Show life that you have a thousand reasons to smile
© Copyright 2024 ELIB.TIPS - All rights reserved.