As brincadeiras educativas constituem uma importante ferramenta de aprendizagem para as crianças.
Por meio delas, os pequenos são estimulados de maneira divertida e espontânea, fixando conhecimentos tanto no âmbito individual como no coletivo.
Além disso, tais brincadeiras e jogos podem ser muito úteis para o desenvolvimento da independência das crianças, assim como para o raciocínio estratégico, coordenação motora, equilíbrio e noções de lateralidade.
É ainda uma bela oportunidade de criar laços e fortalecer vínculos entre os participantes, contribuindo para a formação de uma sociedade empática e solidária.
A brincadeira chamada de "pega-pega" é uma das mais conhecidas entre as crianças. Não precisa de nenhum material específico e não tem um número certo de participantes. Além disso, pode ser aplicada a todas as idades.
Entretanto, é necessário bastante espaço para as crianças correrem. Nesse jogo, escolhe-se uma pessoa para ser o "pegador", as outras devem fugir, evitando ser pegas.
Quando o "pegador" tocar em algum dos seus colegas, eles trocam de papel e a criança que foi pega passa a ser o "pegador".
Essa atividade é ótima para o desenvolver o senso de direção das crianças, assim como a agilidade, raciocínio e rapidez.
"Bobinho" é uma brincadeira que se assemelha bastante com o jogo de futebol.
Nela, os participantes fazem um círculo e tocam a bola uns para os outros. Uma criança é escolhida para ficar no centro da roda e tentar pegar a posse de bola.
Nesse exercício são trabalhados conceitos como coordenação e agilidade, além de outras habilidades motoras.
A caixa sensorial é uma brincadeira que pode ser realizada com crianças pequenas, de 3 a 6 anos.
Aqui é elaborada uma caixa contendo diversos elementos que exploram as sensações táteis. Pode ser uma caixa de sapatos ou caixa de papelão tampada.
É necessário fazer uma abertura para que as crianças coloquem a mão no interior da caixa e sintam os objetos.
Elas devem descrever as sensações que o toque proporciona e tentar descobrir qual é o objeto. É interessante que sejam elementos com texturas distintas, como esponjas, slimes, algodão,etc.
Essa é uma chance de explorar o sentido do tato e a imaginação dos pequenos.
"Corre cotia" é uma mistura de brincadeira de roda com "pega-pega", onde também é aperfeiçoada a coordenação, equilíbrio, rapidez e atenção. É ainda uma atividade que exige a confiança dos participantes.
Nela, as crianças ficam sentadas, dispostas em roda e de olhos fechados. Enquanto isso, uma fica do lado de fora, caminhando atrás da roda. A criança que caminha tem nas mãos um lenço e canta a canção:
Corre, cotia, na casa da tia. Corre, cipó, na casa da vó. Lencinho na mão, caiu no chão. Moça bonita do meu coração. Posso jogar? (os outros respondem: Sim!) Ninguém vai olhar? (os outros respondem: Não!)
Ao final da música, o lenço é deixado atrás de um dos colegas que está na roda.
Todos olham para trás para ver se o lenço está lá. Se estiver, a criança se levanta e sai correndo atrás da que deixou o objeto.
O lugar que ficou vazio é preenchido pelo "cantador" e a criança escolhida passa a ser a próxima a cantar a música. Assim, a brincadeira recomeça.
A brincadeira "quente ou frio" pode ser feita em ambientes internos, como salas de aula, ou externos, como parques e jardins.
Nessa atividade, uma criança é vendada enquanto as outras escondem um objeto. Então, a criança escolhida passa a procurar tal objeto e recebe dicas dos colegas através das palavras "quente" ou "frio".
Quanto mais perto se está de encontrar o objeto, mais "quente"; ao passo que quanto mais longe, mais "frio". Por isso, é possível também utilizar variações como "gelado" ou "pegando fogo".
A estratégia e a lógica são aqui elementos fundamentais para o sucesso do participante. Além disso, o espírito de equipe também é aprimorado, pois as crianças precisam decidir juntas onde esconder o objeto e como orientar o colega.
São diversas as músicas e desafios propostos nas brincadeiras de pular corda.
Nela, dois participantes batem a corda, um de cada lado e cantando músicas populares que trazem orientações para que uma terceira criança pule a corda. A atividade faz bem para a saúde, trabalha também com a agilidade e a atenção.
Uma música muito conhecida é:
Senhoras e senhores, ponha a mão no chão Senhoras e senhores, pule de um pé só Senhoras e senhores, dê uma rodadinha E vá pro olho da rua
Uma brincadeira legal para o desenvolvimento do equilíbrio, atenção e paciência é a da "estátua". Nela é colocada uma música para a turma toda dançar.
Quando as crianças estiverem bastante soltas e relaxadas, tendo aproveitado o momento de descontração, a música para.
Com a ausência da música, os participantes devem imediatamente parar de se mexer, ficando na mesma posição na qual se encontram, como estátuas.
A criança que conseguir permanecer por mais tempo imóvel ganha o jogo.
"Dragão" ou "cauda do dragão" é uma brincadeira para ser feita principalmente com crianças menores, na faixa de 3 anos.
É formada uma fila com os pequenos, que devem colocar as mãos nos ombros dos colegas. A primeira criança da fila será a "cabeça" do dragão e a última, o rabo.
Assim, a "cabeça" tentará pegar o "rabo", ao passo que o "corpo" (ou seja, as outras crianças) fará movimentos acompanhando a "cabeça".
Além de ser muito divertida, a atividade trabalha o espírito de equipe da turma, assim como a estratégia, atenção, equilíbrio e interação.
A brincadeira "Morto e vivo" é uma boa maneira de exercitar a concentração e equilíbrio dos pequenos. É apropriada para crianças acima dos 5 anos de idade e pode ser realizada em qualquer lugar com espaço suficiente.
Nela, um dos participantes é escolhido para comandar a brincadeira, enquanto os outros formam uma reta, um ao lado do outro.
A criança escolhida dará orientações aos colegas com as palavras "morto" e "vivo". Quando ouvirem "morto", os participantes deverão se agachar, ao ouvirem "vivo", deverão se levantar.
O jogo vai ficando mais complexo a partir do momento em que os comandos se tornam mais rápidos. Assim, as crianças precisam prestar bastante atenção. Os que não conseguirem seguir as instruções são eliminados, vence o que ficar por último.
A corda pode ser utilizada em muitas atividades e brincadeiras. Com ela é possível trabalhar a coordenação motora, consciência corporal, lateralidade, equilíbrio e tônus muscular.
Uma ideia é traçar um caminho no chão com a corda (que deve ter tamanho suficiente, de 3 a 5 metros) e sugerir que as crianças caminhem por cima dela. Elas podem ainda abrir os braços para ter mais estabilidade.
O exercício também faz um paralelo com as artes circenses, pois assemelha-se à corda bamba. Assim, podem ser apresentados vídeos de atividades circenses como inspiração para as crianças.
Agora uma brincadeira que envolve a autoestima e habilidades artísticas e criatividade. Será um autorretrato em tamanho real, feito a partir da silhueta das crianças.
Elas devem deitar-se em folhas de papel craft grandes o bastante para caber o corpo todo. O adulto que estará conduzindo a atividade desenhará o contorno do corpo dos participantes com canetinha hidrocor.
Depois, o papel é recortado e cada criança deverá se desenhar, incluindo suas características e trabalhando assim sua autoimagem, aceitação, amor próprio e observação de si.
Pode ser usada tinta guache, colagens, canetinhas e outros materiais disponíveis.
O circuito de obstáculos é uma brincadeira que pode ser feita como uma espécie de competição. O adulto que está conduzindo o exercício poderá cronometrar o tempo que as crianças levam para terminar o trajeto.
A sugestão é que seja criada uma pista com obstáculos para as crianças passarem. Os materiais utilizados podem ser pneus, cordas, cabos de vassoura e outros elementos que estejam a disposição.
Nessa brincadeira é aprimorada a consciência corporal, lateralidade, coordenação, equilíbrio e agilidade.
"Esconde-esconde" é uma brincadeira na qual um dos participantes fecha os olhos e conta até um número pré-combinado. Enquanto isso, os colegas se escondem.
Ao final da contagem, a criança começa a procurar os colegas e quando avista um deles corre ao local do pique (onde foi feita a contagem) e diz o nome do jogador encontrado.
As crianças que conseguirem chegar ao local do pique sem ser vistas deverão dizer "1, 2, 3...(seu nome)". Assim, o último a ser pego será o próximo a realizar a contagem e tentar encontrar os demais.
Essa brincadeira pode ser feita por crianças a partir dos 8 anos e estimula o pensamento lógico e estratégico, além da rapidez e observação. É ainda uma oportunidade divertida de interação entre as crianças.
Para crianças de 3 a 5 anos pode ser feita a brincadeira "pega batatas". Nela, o adulto que propõe a atividade deve pegar algumas folhas de papel e amassá-las fazendo bolas do tamanho de batatas.
Essas "batatas" deverão ser escondidas e as crianças separadas em dois grupos. Cada grupo recebe uma cesta e sai à procura das batatas. A equipe que conseguir encontrar mais batatas vence o desafio.
A tarefa acaba por exercitar a cooperação, espírito de equipe, raciocínio e agilidade.
"Amarelinha" é uma daquelas brincadeiras tradicionais que a garotada se diverte bastante. A proposta é desenhar no chão um diagrama contendo quadrados enumerados até 10.
No desenho constam quadrados únicos e em pares. Perto do número 1 há uma meia lua onde escreve-se a palavra "céu". Perto do número 10 há também um semi-círculo com a palavra "inferno".
A criança joga uma pedrinha em um dos quadrados e começa a pular nas casas, podendo colocar apenas um pé em cada uma delas e desconsiderando a casa onde a pedra está.
Ela deve equilibrar-se, pegar a pedra e continuar pulando até o final, tomando cuidado para não pisar dentro do local escrito "inferno".
Nesse jogo muitas habilidades são trabalhadas, como a aprendizagem dos números, a coordenação para o desenho, noção espacial, equilíbrio e força.
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