Corrente de Foucault

De acordo com o Dicionário Houaiss de Física:

Corrente de Foucault. ELETR. Corrente elétrica induzida no interior de um condutor por meio de um campo magnético variável, ou ainda, por radiação eletromagnética, e que pode formar pequenos vórtices.

Jean Bernard Léon Foucault (1819 - 1868)

Para entender o que são as Correntes de Foucault, é necessário lembrar-se de dois fatos muito importantes na História do Eletromagnetismo. Os dois fatos ocorrem no século XIX. No primeiro, o professor dinamarquês Hans Christian Oersted conseguiu comprovar, a partir dos seus experimentos, que quando uma corrente elétrica passava ao longo de um fio aparecia um campo magnético. Quase que imediatamente, o físico francês Andrè Marie Ampère, esclareceu o efeito de uma corrente sobre um imã, assim como o efeito oposto.

A partir destas descobertas, por volta de 1855 Jean Bernard Leon Foucault observou que quando um disco de cobre era colocado entre os pólos de um magneto era preciso mais força para fazê-lo girar do que quando não havia o magneto, fato que ocorre devido ao surgimento de correntes parasitas no interior do metal produzidas pela variação do fluxo. Estas correntes receberam o nome de correntes de Foucault.

Para reproduzir algo semelhante ao que foi produzido e observado por Foucault , faça o seguinte experimento: Faça com que uma moeda e um ímã desçam um plano inclinado de alumínio. É um fato conhecido que o ímã não atrai o alumínio, pois o alumínio não é um material ferromagnético. Apesar deste fato, você poderá perceber que o ímã desce o plano inclinado mais lentamente que a moeda. O motivo pode ser explicado pela corrente de Foucault.

Uma aplicação prática para as Correntes de Foucault é no freio para teste de motores de automóveis.  Este tipo de freio é constituído por dois discos girando na frente de dois potentes eletroímãs.  Estes últimos são solidários à uma estrutura móvel cujo deslocamento é controlado por um dispositivo de mola. O motor aciona os dois discos, excita os eletroímãs obtendo-se um fluxo magnético fixo, que cria nos discos em rotação as correntes de Foulcault.

De forma geral, podemos entender que a superfície metálica acima pode ser constituída por um acoplamento de muitas espiras. Se um fluxo magnético variar ao longo desta placa, irá induzir correntes elétricas neste “conjunto de espiras”. Consequentemente, a partir do efeito Joule, pode haver dissipação de energia a partir do Efeito Joule. Estas dissipações são, em geral, problemáticas. Mas em outros casos são necessárias como, por exemplo, nos fornos de indução.

Basicamente, o forno de indução é constituído por uma bobina percorrida por uma corrente alternada, envolvendo um recipiente dentro do qual serão colocadas peças metálicas a serem fundidas.

Bibliografia: Dicionario Houaiss De Fisica. Itzhak Roditi. Ed. Objetiva.

http://www.ifi.unicamp.br/~lunazzi/F530_F590_F690_F809_F895/F809/F809_sem2_2005/RafaelD-Mansanares_RF1.pdf

http://fisica-com-experimentos.blogspot.com/2011/03/corrente-de-foucault.html

Reitz, J. R., Milford, R. J., Christy, R. W., Fundamentos da Teoria Eletromagnética, 3 ed., Editora Campos, Rio de Janeiro, 1988.

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