Danças indígenas: tipos, características e objetivos

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    A dança indígena é uma importante manifestação cultural dos povos nativos brasileiros.

    São diversos os tipos de danças, a depender de cada propósito e de cada etnia.

    Características e objetivos das danças indígenas

    Uma particularidade que une praticamente todas as danças realizadas pelas diversas tribos é o seu caráter ritualístico, de modo que são carregadas de um valor simbólico.

    São também caracterizadas como uma forma da comunidade se relacionar com a ancestralidade e com os elementos da natureza, além de manter os costumes e fortalecer vínculos sociais.

    Executadas em coletivo ou por apenas poucos indivíduos, as danças indígenas geralmente contam com o apoio de outros elementos, como amuletos, pinturas corporais feitas especialmente para a ocasião, o canto e a música.

    Esses são momentos especiais que tem como objetivo a celebração e agradecimento pela colheita, a passagem de uma fase da vida (como a puberdade), cerimônias fúnebres e demais propósitos coletivos.

    Tipos de danças indígenas

    São muitas as manifestações em forma de dança dos povos originários. Algumas são mais conhecidas.

    Toré

    Toré é o nome de uma dança realizada por diversas etnias da América latina, sendo muito comum no nordeste brasileiro e em Minas Gerais.

    É geralmente realizada ao ar livre, em disposição circular, usando instrumentos musicais e entoando cantos tradicionais.

    A intenção do toré é criar uma grande ligação com a natureza e os espíritos da floresta, resgatar a ancestralidade e se relacionar com antepassados.

    Essa dança também se tornou simbólica do ponto de vista das lutas e resistências dos povos indígenas frente ao seu contínuo apagamento histórico e social na sociedade brasileira.

    Kuarup

    Uma dança ritual de destaque dos indígenas do Alto Xingu, no Mato Grosso, é Kuarup (ou Quarup).

    Dança durante a festividade do Kuarup, na aldeia Kamayurá. Foto: Marcello Casal Jr. - Agência Brasil

    Ela está intimamente ligada a uma árvore da região, cuja madeira recebe o nome de Kuarup. Esse é um elemento essencial na cerimônia, sendo adornado nas cores amarela e vermelha em pinturas cheias de significado.

    A dança tem como objetivo reverenciar os mortos, fazendo uma despedida dos entes queridos que já não estão nesse plano.

    Assim, as aldeias vizinhas se reúnem e os participantes invocam espíritos, entregam oferendas e dizem palavras de agradecimento.

    O evento ocorre apenas nas noites de lua cheia, quando são realizadas danças com o elemento fogo e rezas até o amanhecer.

    Dança da Onça

    A dança da onça é típica dos Bororo, no Mato Grosso, e se trata de um ritual de passagem de um jovem rapaz para a vida adulta.

    Nessa dança, o rapaz é enaltecido por ter supostamente matado uma onça sem ajuda de outros caçadores.

    Assim, ele se veste com a pele da onça e usa uma máscara para encarnar o espírito do animal.

    Seus movimentos são pulos e batidas de pés, acompanhados pelos outros da tribo.

    Dança dos praiás

    O povo Pankararu, localizado no estado de Pernambuco, tem como costume realizar a dança dos praiás, que integra um ritual sagrado maior.

    Na ocasião, o dançarino usa uma vestimenta complexa de palha e uma máscara ritualística que cobre o rosto.

    É uma dança que ocorre de forma circular ou em fileiras e tem o canto como importante linguagem que a acompanha.

    Dança Jacundá

    Uma dança originada dos povos indígenas da Amazônia é o Jacundá. Essa manifestação acontece de forma circular, em que homens e mulheres participam de mãos dadas e uma pessoa fica no centro da roda tentando sair.

    Quando consegue se libertar, quem a deixou escapar toma seu lugar.

    O processo é feito ao som de uma cantiga que se repete, produzindo um tipo de “mantra”.

    Dança Cateretê

    Também conhecida como Catira, essa dança é atualmente realizada no interior de São Paulo e faz parte da cultura sertaneja.

    Sua origem carrega elementos indígenas, mas também africanos e europeus, sendo fruto de uma mistura das diversas culturas presentes no solo brasileiro.

    Inicialmente praticada apenas por homens, hoje também recebe mulheres no grupo.

    A disposição é feita em fileiras, onde um de frente para o outro faz movimentos de batidas comas mãos e os pés, numa espécie de sapateado.

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