Estudo aponta que falhar 15% das vezes pode aumentar confiança e capacidade de aprendizado mais do que a prevenção de erros
CURITIBA, Brasil, 11 de dezembro de 2019 /PRNewswire/ -- A visão perfeccionista do mundo nos fez acreditar que onde existe erro não existe acerto (e vice-versa). Ninguém gosta de ter seus erros ressaltados - muito pelo contrário, a sociedade é orientada a esconder as falhas e primar pelos acertos e pelas vitórias. Entre os desafios diários que líderes enfrentam à frente de uma equipe, organização ou país, talvez um dos mais difíceis seja aprender a lidar com os próprios erros.
O pesquisador e professor de Harvard, Shawn Achor, desenvolveu um estudo sobre os efeitos dos erros no aprendizado e rendimento das pessoas. Os resultados indicaram que, quando erramos, temos a oportunidade de aprender com nossas falhas e, assim, podemos evitar erros futuros. "Quantos gênios e prêmios Nobel erraram antes de acertar? Precisamos aceitar, sem resistências, que cometer erros faz parte da natureza humana. Aprender a enxergá-los de maneira positiva é o primeiro passo para errar cada vez menos", explica o diretor-geral do Colégio Positivo, Celso Hartmann.
Para ele, ao errar, deve-se focar no que se pode aprender a partir daquilo. "Assim, levantamos mais fortes e sábios, prontos para os demais desafios que a vida nos impõe", justifica. Segundo ele, essa perspectiva nos ambientes familiar e escolar permite que as crianças saibam arriscar e não desistam diante da primeira dificuldade. E ainda mais: faz com que elas vejam o fracasso até mesmo como um motor para a determinação.
O educador explica que, quando erros se tornam oportunidades de aprendizado, as pessoas se arriscam mais, pensam em novos caminhos, trapaceiam menos e resolvem mistérios que antes não conseguiam. "Isso não nos dá a justificativa de falhar de propósito, deixando tarefas inacabadas ou fazendo as coisas sem a motivação e o empenho necessários. O ideal é nos dedicarmos 100% àquilo que estamos realizando, mas aceitarmos uma falha, caso ela apareça em nosso caminho", afirma Hartmann.
Ou seja, segundo ele, é possível aprender muito mais com o erro do que com o acerto. "Quando erramos, ficamos alerta, tentamos descobrir onde foi que erramos e o que é necessário para acertar na próxima vez. O erro só é um problema quando não é percebido. Caso contrário, torna-se aprendizado", conclui. Sem essa percepção, existem dois riscos: o de continuar repetindo os mesmos erros sem aproveitá-los para evoluir; ou o de parar de tentar por medo de errar.
E aí entra uma pergunta: qual a quantidade de erros normal para uma pessoa? Um estudo que acaba de ser divulgado pela Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, revela que o ponto ideal em que falhamos apenas o suficiente para nos manter motivados, mas sem nos deixar abater, é errar 15% das vezes. Ou, por outro lado, dar a resposta certa 85% das vezes – por isso, a descoberta foi chamada de "Regra dos 85%".
"Se eu dou exemplos fáceis demais, você vai acertar 100% das vezes e não há nada para aprender. Se dou exemplos difíceis demais, estará correto 50% do tempo e ainda não vai estar aprendendo nada novo, enquanto que se eu der algo no meio-termo, você vai estar nesse ponto ideal em que extrai o máximo de informação de cada exemplo em particular", disse o líder do estudo, Robert Wilson, professor de psicologia e ciência cognitiva. "Se você está assistindo aulas fáceis demais e acertando tudo o tempo todo, provavelmente não está extraindo delas o mesmo que alguém com dificuldades, mas dando um jeito de acompanhar", afirmou. O estudo só investigou tarefas simples com respostas binárias: correto ou incorreto.
Como ajudar uma criança a transformar erros em aprendizados:
Sobre o Colégio PositivoO Colégio Positivo compreende cinco unidades na cidade de Curitiba, onde nasceu e desenvolveu o modelo de ensino levado a todo o país e ao exterior. O Colégio Positivo Júnior, o Colégio Positivo – Jardim Ambiental, o Colégio Positivo – Ângelo Sampaio, o Colégio Positivo Hauer e o Colégio Positivo Internacional atendem alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, sempre combinando tecnologia aplicada à educação, material didático atualizado e professores qualificados, com o compromisso de formar cidadãos conscientes e solidários. Os alunos têm à sua disposição atividades complementares esportivas e culturais, incentivo ao empreendedorismo e aulas de Língua Inglesa diferenciadas, além de aprendizado internacional na unidade que leva essa proposta em seu nome. Em 2016, foi incorporado ao Positivo o Colégio Positivo Joinville (SC) e, em 2017, o Colégio Positivo – Santa Maria, em Londrina (PR). Em 2018, o Positivo ganhou duas unidades em Ponta Grossa (PR): Colégio Girassol e Positivo Master. Em 2019, somaram-se ao Grupo duas unidades do Colégio Semeador, em Foz do Iguaçu (PR), e duas unidades da escola Passo Certo, em Cascavel (PR). Em 2020, o Positivo inicia o ano letivo com mais duas unidades em Curitiba: Colégio Positivo - Água Verde e Colégio Positivo - Boa Vista.
Foto: https://mma.prnewswire.com/media/1041393/colegio_positivo.jpg?p=original
FONTE Colégio Positivo
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/noticias/educadores-garantem-errar-faz-parte-do-aprendizado/
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