A regência nominal é a relação de subordinação entre um nome (substantivo, adjetivo e advérbio) e seu complemento. Exemplo: Estou satisfeito com o resultado.
Se a frase só dissesse "Estou satisfeito.", nos perguntaríamos: "Satisfeito com o que?". O complemento traz essa resposta: "com o resultado".
A regência nominal não está adequada à norma padrão em quais alternativas?
a) Tenho horror de rato. b) Ele ficou furioso por aquilo. c) Sigo firme na minha meta. d) A bactéria não é visível com olhos nus.
Ver RespostaResposta correta: A regência nominal não está adequada à norma padrão nas seguintes alternativas:
a) Tenho horror de rato.
O nome “horror” é um substantivo que rege a preposição “a”.
A frase correta seria: Tenho horror a rato.
b) Ele ficou furioso por aquilo.
O nome “furioso” é um adjetivo que rege a preposição “com”.
A frase correta seria: Ele ficou furioso com aquilo.
c) Sigo firme na minha meta.
“Firme” rege a preposição “em”. Quem segue firme, segue firme em algo.
Observe que “na” é a contração de “em” + “a”.
d) A bactéria não é visível com olho nu.
Na frase, “visível” rege a preposição “a”.
O correto seria dizer: A bactéria não é visível a olho nu.
Complete as lacunas com “para”, “por”, “em”, “com”, “a” ou “de”. Observe que cada preposição só pode ser usada uma vez e há possibilidade de usar contrações.
a) Ele é digno ______ receber um aumento. b) Estamos aptos ______ cargo c) O local é acessível ______ cadeiras de rodas. d) Esse produto não é compatível ______ água oxigenada. e) Estou ansiosa ______ poder voltar a viajar. f) Esse filme é impróprio ______ pessoas sensíveis.
Ver RespostaRespostas corretas:
a) Ele é digno de receber um aumento. b) Estamos aptos ao cargo c) O local é acessível a cadeiras de rodas. d) Esse produto não é compatível com água oxigenada. e) Estou ansiosa por poder voltar a viajar. f) Esse filme é impróprio para pessoas sensíveis.
Confira abaixo as explicações sobre as regências das frases:
a) Ele é digno de receber um aumento.
O nome "digno" é um adjetivo que requer o uso da preposição "de" (quem é digno, é digno de algo). Na frase, "digno" é o termo regente e "de receber um aumento" é o termo regido.
Na regência nominal, o complemento (termo regido) sempre tem preposição. Com "digno", usa-se a preposição "de", pois quem é "digno" é "digno" de alguma coisa.
b) Estamos aptos ao cargo
Observe que, na frase, há uma relação de subordinação; de dependência. Se a informação fosse apenas "estamos aptos", a frase não expressaria uma ideia clara; provavelmente nos perguntaríamos "aptos a que?".
Como a palavra "apto" é um nome (no caso, um adjetivo), à essa relação dá-se o nome de regência nominal.
"Apto" é o termo regente ao qual está subordinado o termo regido (complemento) "ao cargo". Quem está apto, está apto a algo. Como "cargo" é uma palavra masculina, usou-se a preposição "a" + artigo "o" = ao.
c) O local é acessível a cadeiras de rodas.
"Acessível" é o nome que desempenha a função de termo regente na frase acima. O termo regente sempre requer um complemento para que seu sentido seja completo. Neste caso, como o termo regente é um nome, o complemento obrigatoriamente deve ter preposição.
Observe que, se a frase fosse apenas "O local é acessível.", o sentido fica incompleto; provavelmente nos perguntaríamos.: acessível a que?
Essa resposta é dada pelo complemento (também chamado de "termo regido"): a cadeira de rodas. "A" é a preposição que estabelece a ligação entre o complemento e o termo regente. Afinal, o que está acessível, está acessível a algo/alguém.
Quando o complemento é regido por um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo), a regência é nominal.
d) Esse produto não é compatível com água oxigenada.
O nome "compatível" requer o uso da preposição "com"; o que é compatível, é compatível com algo.
Quando a frase é regida por um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio), existe uma regência nominal.
Observe que, se a informação fosse apenas "Esse produto não é compatível", não ficaria claro com o que o produto é compatível.
O termo regente sempre tem um termo regido subordinado a ele para complementar o seu sentido. Na frase, "com água oxigenada" desempenha a função de prestar esse esclarecimento.
e) Estou ansiosa por poder voltar a viajar.
O nome "ansiosa" requer o uso da preposição "por". Quem está ansiosa, está ansiosa por algo.
Observe: se dissermos "estou ansiosa", não fica claro o motivo da ansiedade. O complemento "por poder voltar a viajar" é responsável por deixar a frase mais compreensível.
Como o termo regente da frase é um nome (ansiosa), temos um caso de regência nominal.
f) Esse filme é impróprio para pessoas sensíveis.
O nome "impróprio" requer o uso da preposição "para". O que é impróprio, é impróprio para alguma coisa.
Na frase, "impróprio" é o termo regente, e tem seu sentido complementado pelo termo regido "para pessoas sensíveis".
Sempre que o termo regente é um nome, a regência é nominal.
(IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos devem ser seguidos pela mesma preposição:
a) ávido / bom / inconsequente b) indigno / odioso / perito c) leal / limpo / oneroso d) orgulhoso / rico / sedento e) oposto / pálido / sábio
Ver RespostaAlternativa correta: d) orgulhoso / rico / sedento
Todos regem a preposição “de”: orgulhoso de; rico de; sedento de
Exemplos:
Veja a regência correta dos demais nomes:
(TJ – SP) Indique onde há erro de regência nominal:
a) Ele é muito apegado em bens materiais. b) Estamos fartos de tantas promessas. c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja. d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento. e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.
Ver RespostaAlternativa correta: a) Ele é muito apegado em bens materiais.
A regência nominal está errada na frase, pois o adjetivo “apegado” requer o uso da preposição “a”, e não da preposição “em”.
Quem é apegado, é apegado a alguma coisa ou a alguém.
Assim, a frase correta seria: Ele é muito apegado a bens materiais.
Veja porque a regência nominal das demais alternativas não apresenta erro:
b) Estamos fartos de tantas promessas.
O adjetivo “farto” requer o uso da preposição “de”.
Quem está farto, está farto de alguma coisa ou de alguém.
Assim, “farto” é o nome e “de tantas promessas” é o complemento.
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
O adjetivo “suspeita” requer o uso da preposição “de”.
Quem é suspeita, é suspeita de algo.
Assim, “suspeita” é o nome e “de ter assaltado a loja” é o complemento.
d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
O adjetivo “intransigente” requer o uso da preposição “em”.
Quem é intransigente, é intransigente em alguma coisa.
Lembre-se que a palavra “nesse” é uma contração de “em” + “esse”
Assim, “intransigente” é o nome e “nesse ponto de regulamento” é o complemento.
e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.
O adjetivo “confiança” requer o uso da preposição “em”.
Quem tem confiança, tem confiança em algo ou alguém.
Lembre-se que “no” é uma contração de “em” + “o”
Assim, “confiança” é o nome e “no chefe” é o complemento.
Identifique as frases onde a regência nominal está incorreta:
a) Sou bacharel no Direito b) Estava propenso para substituir o açúcar pelo adoçante. c) Ninguém está imune do vírus. d) Aquele homem é capaz de tudo.
Ver RespostaRespostas corretas: A regência nominal está incorreta nas seguintes alternativas:
Confira as explicações abaixo sobre cada uma das alternativas.
a) Sou bacharel no Direito
O correto seria: Sou bacharel em Direito
"Bacharel" é um nome que requer o uso da preposição "em". Quem é bacharel, é bacharel em alguma coisa.
b) Estava propenso para substituir o açúcar pelo adoçante.
O correto seria: Estava propenso a substituir o açúcar pelo adoçante.
O nome "propenso" requer o uso da preposição "a". Quem está propenso, está propenso a algo.
c) Ninguém está imune do vírus.
O correto seria "Ninguém está imune ao vírus."
O nome "imune" requer o uso da preposição "a". Quem está imune, está imune a algo. Na frase, como "vírus" é um substantivo masculino, usou-se a preposição "a" + artigo "o" = ao.
d) Aquele homem é capaz de tudo.
A regência da frase está correta; o nome "capaz" requer o uso da preposição "de". Quem é capaz, é capaz de algo.
Sobre o conceito de regência nominal marque as alternativas erradas:
a) O termo regente é o nome ao qual o complemento está subordinado. b) A regência nominal é a relação entre um complemento e um termo regido. c) O termo regido é o complemento de um nome. d) A regência nominal é a relação entre um nome e um termo regente.
Ver RespostaResposta:
As alternativas erradas são:
Leia a explicação sobre cada afirmação para compreender melhor o que é regência nominal:
a) O termo regente é o nome ao qual o complemento está subordinado. - CORRETA
Na regência nominal, o termo regente é um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo) que precisa de um complemento para esclarecer seu sentido. Esse complemento sempre inicia com uma preposição.
Exemplo: Ele é generoso com os filhos. Nome (termo regente): generoso Complemento (termo regido): com os filhos
b) A regência nominal é a relação entre um complemento e um termo regido. - ERRADA
A regência nominal é a relação entre um complemento e um termo regente. O complemento é o próprio termo regido.
Exemplo: Esse aplicativo não é compatível com o meu celular. Nome (termo regente): compatível Complemento (termo regido): com o meu celular
c) O termo regido é o complemento de um nome. - CORRETA
O termo regido é subordinado ao nome (termo regente) e complementa o seu sentido.
Exemplo: Beber água é essencial para a saúde. Nome (termo regente): essencial Complemento (termo regido): para a saúde
Observe que se a informação fosse apenas "Beber água é essencial.", nos perguntaríamos: essencial para que? O termo regido complementa o sentido.
d) A regência nominal é a relação entre um nome e um termo regente. - ERRADA
A regência nominal é a relação entre um nome e um termo regido. O nome é o próprio termo regente.
Exemplo: Tenho muita admiração por você. Nome (termo regente): admiração Complemento (termo regido): por você.
Indique se as frases são exemplos de regência verbal ou de regência nominal
a) Gosto de música italiana. b) O e-mail é referente ao projeto. c) Sempre fui interessada em idiomas. d) Prefiro café a chá.
Ver RespostaRespostas corretas:
a) Gosto de música italiana. (Regência verbal)
Na frase, o termo regente é um verbo (gostar) e isso é um indicativo de regência verbal. Ao verbo, está subordinado o termo regido "de música italiana", que é o complemento da frase.
Observe que o verbo é transitivo indireto e, por isso, o complemento é preposicionado; quem gosta, gosta de algo/alguém
b) O e-mail é referente ao projeto. (Regência nominal)
O termo regente da frase é um nome (referente). Isso é um indicativo de regência nominal.
Na regência nominal, o complemento sempre é preposicionado, ou seja, tem preposição. "Referente" requer o uso da preposição "a". Como "projeto" é um nome masculino, usou-se "ao" (preposição "a" + artigo "o").
c) Sempre fui interessada em idiomas. (Regência nominal)
O adjetivo "interessada" é o termo regente da frase. A ela, está subordinado um termo regido (um complemento): em idiomas.
Quando a regência é nominal, o termo regente sempre é um nome (adjetivo, advérbio ou substantivo) e o complemento sempre inicia com uma preposição.
d) Prefiro café a chá. (Regência verbal)
O verbo "preferir" é o termo regente da frase. Sempre que o termo regente é um verbo, temos um caso de regência verbal.
"Preferir" é um verbo transitivo direto e indireto, ou seja, possui dois complementos: um objeto direto e um objeto indireto.
O objeto direto (café) é o complemento sem preposição e o objeto indireto (a chá) é o complemento preposicionado.
Assinale a alternativa em que a regência nominal está errada:
a) Essa técnica é passível de erro. b) Não sou entendido no assunto. c) O acordo não foi favorável a eles. d) Ele é suspeito por ter invadido a loja.
Ver RespostaAlternativa correta: d) Ele é suspeito por ter invadido a loja.
a) Essa técnica é passível de erro. A regência da frase está correta. “Passível” é um nome que requer o uso de um complemento iniciado com a preposição “de”. Se a informação fosse apenas “Essa técnica é passível.”, nos perguntaríamos “passível de que?”. O complemento responde essa pergunta: de erro.
b) Não sou entendido no assunto. A regência da frase está correta. O nome “entendido”, que na frase tem função de adjetivo, requer o uso da preposição “em”. Quem é entendido, é entendido em alguma coisa. A preposição “em” pode ser aglutinada com os artigos, formando assim as contrações. Exemplos: “no” (em+o), “na” (em+a), “nos” (em+os) e “nas” (em+as).
c) O acordo não foi favorável a eles. A regência da frase acima está correta. O nome “favorável”, enquanto termo regente da frase torna necessário o uso da preposição “a”. Quem é favorável é favorável a algo ou a alguém
d) Ele é suspeito por ter invadido a loja. A regência da frase está errada. A frase correta seria: d) Ele é suspeito de ter invadido a loja. O nome “suspeito” requer o uso da preposição “de”; quem é suspeito, é suspeito de alguma coisa.
Considerando a norma culta, assinale a alternativa correta quanto à regência nominal:
a) Não gosto deste filme pois faz apologia à violência. b) Tenho certeza que ele vai sair impune. c) Estamos convictos de que ele virá. d) Ela está desconfiada sobre a versão do vizinho.
Ver RespostaAlternativa correta: c) Estamos convictos de que ele virá.
Confira as explicações abaixo
a) Não gosto deste filme pois faz apologia à violência.
A regência nominal da frase está errada. Quem faz apologia, faz apologia de alguma coisa.
Ou seja, o termo regente “apologia” requer que o termo regido inicie com a preposição “de”.
Assim, a frase correta seria: Não gosto deste filme pois faz apologia da violência.
b) Tenho certeza que ele vai sair impune.
A frase apresenta erro de regência nominal.
O nome “certeza” é complementado pela preposição “de”; quem tem certeza, tem certeza de algo.
Logo, a frase correta seria: Tenho certeza de que ele vai sair impune.
c) Estamos convictos de que ele virá.
A frase está correta quanto à regência nominal.
“Convictos” é o termo regente da frase e “de que ele virá” é o termo regido, ou seja, o complemento.
Quem está convicto, está convicto de algo. Logo, o nome “convicto” sempre deve iniciar com a preposição “de”.
d) Ela está desconfiada sobre a versão do vizinho.
A regência nominal da frase está errada.
Observe que o nome “desconfiada” é o termo regente da frase, logo, precisa de um termo regido.
Quem está desconfiada, está desconfiada de algo. Logo, o termo regido ou complemento deve iniciar com a preposição “de”. Como a frase fala de um termo feminino (versão), usou-se a contração de "de" + "a" = "da".
Assim sendo, o correto seria dizer: Ela está desconfiada da versão do vizinho.
(Cescea) As palavras ansioso, contemporâneo e misericordioso regem, respectivamente, as preposições:
a) a – em – de – para b) de – a – de c) por – de – com d) de – com – para com e) com – a – a
Ver RespostaAlternativa correta: c) por – de – com
O nome “ansioso” requer complemento iniciado pela preposição “por”. Quem está ansioso, está ansioso por algo.
Exemplo: Estou ansioso por estar com meus pais.
“Contemporâneo” é um nome que requer complemento iniciado pela preposição “de”. Quem é contemporâneo, é contemporâneo de algo ou de alguém.
Exemplo: Guimarães Rosa foi um autor contemporâneo de Clarice Lispector.
“Misericordioso” é um nome que admite complementos que podem iniciar com “com”, “para com” ou “para”.
Exemplos:
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