A caatinga é um bioma brasileiro e apresenta características que contribui para a biodiversidade das espécies de plantas e animais.
Está localizado principalmente nos estados do Nordeste como Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe e Bahia. Além disso, abrange também parte do estado de Minas Gerais, fazendo da Caatinga um bioma que está presente em 11% do território brasileiro, porém considerado o bioma brasileiro menos explorado e consequentemente, o menos conhecido.
A vegetação da Caatinga é considerada por muitos como semelhante a de um deserto, pois o clima seco e a vegetação rasteira impossibilita a plantação de diversas espécies vegetais.
A principal característica da flora da Caatinga é a condição de sobrevivência dessas plantas, as quais estão submetidas ao clima seco e com pouca quantidade de água.
Mesmo nessas circunstâncias, a caatinga é um local propício para o crescimento e desenvolvimento de diversas espécies de vegetais.
Confira outras características típicas da flora da Caatinga:
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De forma geral a vegetação da Caatinga é formada por três grupos, sendo elas:
De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, cerca de 900 espécies de plantas compõem o bioma da caatinga, sendo as bromélias e cactos as mais comuns.
Porém, estima-se que há um número muito maior de espécies vegetais e animais que ainda não foram catalogadas.
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Conheça a seguir 25 espécies de plantas existentes na Caatinga.
Angico é uma árvore famosa por suas flores brancas que costumam atrair abelhas produtoras de mel.
Muito comum em diferentes biomas brasileiros, especialmente na Caatinga, Cerrado e Mata Atlântica, a Angico se caracteriza por apresentar um rápido crescimento.
É uma árvore com tronco robusto que produz uma alta quantidade de tanino, uma substância que evita o ataque de microrganismos que podem causar doenças.
A casca do tronco da angico também apresenta propriedades medicinais, sendo indicada para reduzir sangramento, combater diarreia e ajudar na cicatrização da pele.
A aroeira-vermelha é uma espécie nativa do Brasil. Também conhecida como pimenta-rosa é muito comum na Caatinga, mas também pode ser encontrada em outros biomas brasileiros.
Apresenta um tronco que pode chegar até 80 cm de diâmetro, tem cor castanho-escuro e origina uma madeira resistente à deterioração, pois produz substâncias com ação fungicida e inseticida.
Por ser amplamente explorada, é considerada uma espécie na categoria vulnerável na lista de espécies da flora brasileira que estão ameaçadas de extinção.
A barriguda é uma árvore muito encontrada na Caatinga, especialmente por sua capacidade de resistência à seca, pois ela tem o poder de absorver água em seu interior.
Seu caule pode chegar até a 1 metro de diâmetro, possui grande quantidade de espinhos e sua madeira é considerada mole, leve e apresenta pouca durabilidade.
É também conhecida como paineira, pois as sementes são envoltas na paina, liberadas após seu rompimento e levada pelo vento.
A bromélia é uma planta que pertence à família Bromeliáceas, que possuem uma infinidade de espécies. A espécie mais popular da bromélia é o abacaxi, formada a partir da reunião de várias flores.
Uma das características das bromélias está na suas folhas, que normalmente são longas, estreitas, curvas e dispostas em camadas circulares.
Devido à formação das folhas, elas possuem grande capacidade de armazenar água, sendo muito consumida por diferentes espécies de animais.
Os cactos são muito comuns em ambientes secos e quente, devido à sua alta capacidade de acumular água, por isso é tão comum na Caatinga. Possui uma variedade de espécies, sendo que algumas podem chegar até a 18 m de altura.
Apresentam caule suculento, formato cilíndrico e muitos espinhos, que nada mais são que as folhas que sofreram transformações para se adaptarem ao ambiente.
A carnaúba é uma palmeira muito comum na região Nordeste que apresenta como principal característica sua altura, que pode chegar 15 m.
O caule é reto e cilíndrico, com diâmetro que pode variar entre 10 a 20 cm e apresenta espinhos na parte inferior.
Suas folhas são verdes e por conta da cera que produzem, podem apresentar tons azulados. A cera produzida na folha é uma proteção para evitar a perda de água, além de ser utilizada na indústria de diversos produtos e cosméticos, como sabonetes e batons.
Caroá é um tipo de bromélia típica da Caatinga e também é conhecida como gravatá, caruá e coroatá.
Com poucas folhas, sempre em tons avermelhados ou rosados, ela produz fibras utilizadas na confecção de peças artesanais e decorativas, além de tecidos, barbantes e linha de pesca.
Estudos publicados indicam a produção de flavonoides que podem auxiliar no combate a inflamações, dores e úlceras gástricas.
A catingueira é uma espécie de árvore amplamente distribuída pela Caatinga que possui capacidade de rebrotar mesmo depois de ser cortada. É considerada um indicador de proximidade do período chuvoso, pois suas gemas brotam ao sentir a umidade.
As catingueiras costumam medir entre 4 e 8 m de altura, o caule pode chegar até 50 cm de diâmetro, desde que a raiz esteja em várzeas úmidas.
Em climas secos, a catingueira apresenta desenvolvimento diferenciado, com arbustos inferiores a 2 m e caule com poucos diâmetros.
A coroa-de-frade é uma espécie de cacto típico da Caatinga que apresenta formato arredondado, pequeno e achatado, podendo chegar a no máximo 12 cm de altura.
É repleto de espinhos que variam de espessura e tamanho, além de apresentar flores em tons de rosa e vermelho, atraindo assim muitas abelhas.
Recebe este nome pois na fase adulta apresenta o cefálio, que é muito semelhante, visualmente, a uma coroa e uma cabeça calva, fazendo referência assim a um frade franciscano.
A árvore de cumaru é típica da Caatinga e pode chegar a 20 m de altura, possui um tronco com casca em tons avermelhados que se soltam em finas camadas. Apresentam frutos do tipo vagem com uma única semente oleaginosa.
Suas cascas e sementes são conhecidas por apresentar uso medicinal, podendo auxiliar no tratamento de problemas respiratórios.
O facheiro é uma espécie de cacto de grande porte, o qual pode apresentar até 10 m de altura.
É uma planta muito rica nutricionalmente, apresentando proteína, fibras, tanino e amido, assim, quando jovem serve de alimentação para animais pois ainda não possui espinhos.
Na fase adulta, o facheiro apresenta tronco e ramificações que variam de tons marrom ao verde-escuro e seus espinhos tornam-se agudos e amarelados.
A faveleira é uma planta endêmica da Caatinga conhecida por seu potencial medicinal, especialmente ao auxiliar na cicatrização de ferimentos. É encontrada com facilidade em afloramentos rochosos e locais de solos rasos.
Muito popular nos estados do Nordeste, o fruto da faveleira é utilizado como brinquedo pelas crianças, as sementes como parte da alimentação de diversas aves e para consumo humano como farinha.
Em estudos recentes, a semente da faveleira tem sido utilizada na extração de óleo para produção de biocombustíveis, extratos medicinais e recuperação de áreas degradadas.
VEJA TAMBÉM: Tipos de SoloA flor de jitirana é uma espécie típica da Caatinga que se destaca pelo alta capacidade de resistência às condições climáticas e poder de adaptabilidade ao ambiente.
Do tipo trepadeira, a jitirana é suculenta e com odor agradável, sendo muito aceita por animais. Também é consumida pelo homem ao usar suas folhas para chás, que acredita-se auxiliar contra dermatites e reumatismo.
É facilmente encontrada crescendo em arbustos e cercas, sendo considerada por alguns como planta daninha, podendo inclusive causar danos em áreas agrícolas.
O ipê-roxo é uma árvore que faz parte da paisagem nordestina. Ele apresenta tronco reto e fissurado, além disso suas flores se dispõem em um só ramo, formando um buquê.
As sementes são leves e facilmente disseminadas pelo vento. A madeira é pesada, dura e resistente, porém flexível, sendo muito utilizada na construção de móveis e instrumentos musicais.
Na medicina popular, as partes do ipê são utilizadas para auxiliar no combate à febre, disenteria, úlceras, reumatismo e doenças venéreas. Além disso, sua casca apresenta poder anti-inflamatório, antialérgico e cicatrizante.
O jericó é uma espécie típica da Caatinga e muitas vezes pode parecer que está morta, pois passa grande parte do ano com as folhas secas. Ao iniciar o período de chuva é uma das primeiras plantas a demonstrar reação, reaparecendo a cor verde.
Esta espécie é também conhecida popularmente pelo seu poder medicinal, sendo utilizada em forma de chá no combate à gripe e dores abdominais.
O juazeiro é uma árvore com tronco espinhento, cerca de 60 cm de diâmetro e pode medir 10 metros de altura.
Uma de suas principais características é a capacidade de sobrevivência ao clima da Caatinga, especialmente por sua preferência por solos aluviais do tipo argiloso, ou seja, que apresentam deposição de sedimentos que são transportados pelos rios.
Apresenta raízes profundas que auxiliam na captura de água do subsolo, fazendo com que tenham a capacidade de estar sempre com as folhas verdes.
A jurema branca é uma espécie popular na Caatinga e também é conhecida como carcará, jurema, rasga-beiço e saia-velha.
Endêmica da Caatinga, a jurema branca é encontrada comumente na beira das estradas, pois tem comportamento de invasor, suportando assim terrenos secos.
A madeira da jurema-branca é utilizada em pequenas construções, para a confecção de estacas e também para utilização como lenha e carvão. Na estiagem, as folhas e lascas do tronco que caem no chão se tornam alimento para os ruminantes.
A malícia é uma espécie de herbácea muito comum na Caatinga, no Cerrado e na Mata Atlântica. Possuindo ramos e frutos cobertos por pequenos espinhos, os acúleos, a malícia é facilmente encontrada em áreas abertas.
As abelhas nativas da região são atraídas pelo pólen e néctar expelido por usas flores.
A malva-branca é uma espécie facilmente encontrada na Caatinga, podendo também ser vista nos biomas Cerrado, Mata Atlântica e Amazônia.
É um tipo de arbusto que ocorre em terrenos com solo arenoso, possui flores na cor amarela e alaranjada. O pólen e néctar são um atrativo para abelhas e para a produção de mel, sendo muito utilizada em jardins de flora melífera.
O mandacaru é uma espécie de cacto endêmico do Brasil e muito comum em locais com climas como o da Caatinga. Seu formato lembra um candelabro e pode medir até 6 metros de altura.
É uma planta repleta de espinhos, com grande capacidade de retenção de água e muito utilizada como cerca natural. Além disso, seus frutos e sua flor servem de alimento para aves a abelhas.
A palma é um tipo de cacto originário do México e muito difundido no Nordeste brasileiro, sendo conhecido também como urumbeta, cacto-de-cochonilha, palmatória-doce, cacto-sem-espinhos, dentro outros nomes.
Possui caule cilíndrico e seus ramos são as palmas, que apresentam formato achatado, carnoso e formato oval.
Seu uso é muito amplo, podendo ser consumido na alimentação de humanos e de gado, como elemento paisagístico e produção de corante natural.
A árvore de quixaba é conhecida por seu poder medicinal, especialmente para o tratamento de doenças relacionadas ao rim e diabetes.
Podendo atingir 15 metros de altura, possui espinhos fortes, folhas alongadas, flores aromáticas e frutos roxo que pode ser consumidos pelas pessoas.
O sabiá é uma árvore nativa do Nordeste brasileiro, com registros principalmente nos estados do Piauí, Pernambuco, Alagoas, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia e Ceará.
Podendo chegar até a 8 metros de altura, esta árvore apresenta caule com diâmetro entre 20 e 30 cm, que ramifica-se em outros pequenos caules.
Sua madeira é muito utilizada na produção de estacas para cercas e para energia, caracterizando seu potencial para uso como lenha e carvão.
O umbuzeiro é uma árvore de grande porte que tem a Caatinga como seu habitat natural. Ela pode chegar a 7 metros de altura, porém seu tronco é curto e a copa ampla, com formato semelhante a um guarda-chuva. Sua raiz apresenta grande capacidade de armazenar água.
Apresenta flores brancas que se agrupam entre sim, são perfumadas e costumam atrair abelhas que consomem seu néctar para produção de mel.
O fruto do umbuzeiro é muito apreciado pelos humanos por apresentar cheiro doce, sabor agradável e levemente azedo. A raiz também é consumida como alimento, que acreditam ter poder medicinal que previne diarreia.
O xique-xique é uma espécie de cacto muito comum na Caatinga, especialmente nos estados do Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Piauí, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Sergipe.
Costuma de desenvolver em locais secos e com solo raso, especialmente entre as fendas das rochas.
Apresenta tronco ereto com galhos laterais afastados entre si e que podem chegar a medir 4 metros de altura. Seus espinhos são fortes e seu fruto é apreciado por ser rico em sais minerais e saboroso.
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