Frédéric Chopin

Frédéric François Chopin, ou Fryderyk Franciszek Chopin, em polaco, (Żelazowa Wola, 1º de Março de 1810 – Paris, 17 de Outubro de 1849), foi um pianista polonês do romantismo – estilo artístico predominante do século XIX e posterior àquela que é conhecida como era clássica.

Vida pessoal e trajetória profissional

Filho de pai francês e mãe polonesa, Chopin cresceu com mais três irmãs e sua família tinha uma vida financeiramente confortável. O pai era professor de francês e poucos meses após o nascimento de Chopin tornou-se professor de língua e literatura francesa no Palácio Saxão, em Varsóvia, o que fez a família mudar-se para a capital ainda em 1810. Em 1817, seu pai passou a lecionar no Liceu de Varsóvia, instalado no Palácio Kazimierz, da Universidade de Varsóvia, e em 1827, a família passou a morar no Palácio Krasiński.

Frédéric Chopin, 1849 (aprox.). Foto: Louis-Auguste Bisson

Foi com sua mãe e sua irmã mais velha, Ludwika, que Chopin teve suas primeiras aulas de piano; as primeiras aulas profissionais foram ministradas por Wojciech Żywny, entre 1816 e 1822. Sua habilidade com o instrumento musical desde os seus primeiros anos de vida fez com que Chopin fosse comparado a outro compositor precoce, o austríaco Mozart (1756-1791), artista do período clássico. No fim de 1830, aos 20 anos de idade, o prolífico pianista deixou Varsóvia rumo à Europa Ocidental para dar concertos, nunca mais retornando à Polônia.

Logo após sua saída, estourou em Varsóvia uma revolta armada contra o domínio russo, conhecida como Levante de Novembro. Apesar de temer por sua família e seus amigos que permaneceram naquela cidade, Chopin continuou sua trajetória, saindo de Viena, onde se encontrava, e seguindo para Munique, Stuttgart e por fim, chegando a Paris. Nessa altura, Chopin já era reconhecido na capital francesa como um grande pianista e compositor, admirado por outros artistas contemporâneos e sendo logo apresentado aos principais pianistas da época.

Em 1836, Chopin conheceu Amantine Aurore Lucile Dupin, famosa mais pelo seu pseudônimo de George Sand, uma importante escritora romancista francesa. Os dois iniciaram um relacionamento em 1838, numa relação conflituosa que perdurou até 1847.

O pianista deu seu último concerto em Paris em 1848; suas últimas apresentações foram em Londres, em novembro do mesmo ano. Ao retornar a Paris em 1849, os problemas de saúde, muito frequentes, tornaram Chopin incapaz de se apresentar. Acamado, o artista ficou sob os cuidados de Ludwika, sua irmã mais velha a qual havia lhe dado as primeiras aulas de piano, até o seu falecimento em 17 de outubro de 1849. Acredita-se que a causa da morte tenha sido pericardite, provavelmente provocada por tuberculose. Uma máscara mortuária e um molde da mão esquerda de Chopin foram feitos pelo escultor e pintor francês Auguste Clésinger. A máscara encontra-se no Museu Frédéric Chopin, em Varsóvia, e o molde da mão no Museu Czartoryski, em Cracóvia.

A Música de Chopin

Chopin é considerado um dos maiores compositores para piano e de extrema relevância para a história da música instrumental. Por sua genialidade, o artista é frequentemente comparado a importantes predecessores seus, como Mozart (1756-1791), compositor do classicismo, e Beethoven (1770-1827), músico do período de transição entre os estilos clássico e romântico.

O pianista prosseguiu com o ideal romântico iniciado por Beethoven, libertando-se um pouco da formalidade característica da música clássica e passando a compor músicas mais baseadas em emoções. Assim, apesar de suas músicas apresentarem elevado grau técnico, o músico sempre realçou mais os aspectos musicais que poderiam propor a dança e a expressão de sentimento.

A maior parte de suas criações constituem-se apenas de solos de piano. Em algumas obras, entretanto, o instrumento pode vir acompanhado do violino, violoncelo ou até de uma orquestra inteira. Por conta desse enfoque no piano, as composições de Chopin são imprescindíveis para qualquer um que pretenda evoluir sua técnica neste instrumento.

Chopin nomeava suas obras apenas com o seu gênero musical e número, buscando não influenciar as emoções dos espectadores com associações que estes pudessem fazer a partir de uma nomenclatura mais elaborada. Por conta disso, muitas de suas músicas ganharam um nome apenas posteriormente, como é o caso de uma de suas composições mais conhecidas, a Marcha Fúnebre, normalmente utilizada como representação de luto, ainda que o artista não tenha se inspirado em nenhuma perda pessoal ao compô-la.

A revisão de sua obra sempre foi trabalhosa para os estudiosos da música instrumental, visto que Chopin gostava de improvisar em suas apresentações, o que tornava cada concerto realizado um evento único.

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