Devido às suas diferentes funções, o uso do “se” costuma ser alvo de muitas dúvidas entre os estudantes da língua portuguesa.
Para ajudar você a dominar esse tema, preparamos uma lista com exemplos ilustrativos das duas classificações gramaticais principais da palavra "se": pronome e conjunção.
A classificação do "se" enquanto pronome subdivide-se em: pronome apassivador ou partícula apassivadora, índice de indeterminação do sujeito ou pronome indefinido, parte integrante do verbo, pronome reflexivo, pronome reflexivo recíproco e partícula de realce ou expletiva.
Ao exercer a função de pronome apassivador/partícula apassivadora, o “se” é indicativo de voz passiva sintética e estabelece relação com verbos transitivos diretos ou verbos transitivos diretos e indiretos.
Exemplos:
Para confirmar se a função do “se” é de partícula apassivadora, basta converter a frase na voz passiva sintética para a voz passiva analítica:
Entenda mais sobre a Partícula apassivadora.
Quando exerce a função de pronome indefinido, o “se” é utilizado com verbos flexionados na terceira pessoa do singular.
Esses verbos podem ser intransitivos, transitivos indiretos ou de ligação.
O pronome indefinido é utilizado quando não se quer ou não se pode identificar o sujeito da frase.
Exemplos:
Saiba mais sobre o Índice de indeterminação do sujeito.
Essa classificação dá-se quando o “se” faz parte de verbos pronominais.
Exemplos:
Para saber mais sobre esse tipo de verbos, acesse o texto: Verbos pronominais.
Quando desempenha essa função, o “se” faz parte de verbos pronominais reflexivos, ou seja, de verbos que indicam que o sujeito da frase praticou e recebeu a ação.
Exemplos:
Saiba tudo sobre os Pronomes reflexivos.
Quando exerce a função de pronome reflexivo recíproco, o “se” é usado em frases na voz passiva recíproca e indica que uma ação verbal ocorreu de forma mútua, ou seja, um fez um ao outro e vice-versa.
Exemplos:
Saiba mais sobre a Voz passiva.
O uso do “se” enquanto partícula de realce é opcional. O fato de ele não ser usado não causa nenhum tipo de prejuízo ao sentido da frase.
Além do “se”, o “que” também pode exercer função de partícula expletiva.
Ambos têm o papel destacar; realçar determinada informação de uma frase.
Exemplos:
Entenda a diferença entre o Que e o quê.
A classificação do "se" enquanto conjunção subdivide-se em causal, condicional e integrante.
Conforme a classificação já demonstra, essa conjunção é indicativa de causa.
Ela é bastante usada, mas muitas vezes confundida com a conjunção subordinativa condicional; a que indica condição.
Para se certificar de que o “se” de uma determinada frase é uma conjunção subordinativa causal, basta substituí-lo por “já que” ou “uma vez que”.
Exemplos:
Observe que, mesmo quando fazemos a substituição do “se” por “já que” ou “uma vez que”, as frases continuam fazendo sentido:
Conforme se subentende pelo nome, ela indica a existência de uma condição para que algo ocorra.
Exemplos:
Observe que nas frases acima, a oração com “se” indica a condição necessária para que a ação da outra oração se concretize.
Sob essa classificação, o “se” introduz uma oração que desempenha papel de substantivo. Esse papel é uma função do "que" e do "se".
As frases introduzidas por conjunções subordinativas integrantes funcionam como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração.
Exemplos:
Para complementar seus estudos, veja também: Conjunções subordinativas e Orações subordinativas adverbias.
window.onload = function() { new Feedback({ environment: "production", project_id: "48", project_name: "todamateria.com.br", author_id: "88", author_name: "Carla Muniz", content_type: "article", content_id: "4467", content_url: "funcoes-do-se", content_title: "Funções do se" }); } Carla Muniz Professora, lexicógrafa, tradutora, produtora de conteúdos e revisora. Licenciada em Letras (Português, Inglês e Literaturas) pelas Faculdades Integradas Simonsen, em 2002.Show life that you have a thousand reasons to smile
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