As Guerras entre Bizantinos e Árabes colocaram em confronto os califados árabes e o Império Bizantino entre os séculos VII e XII.
O Império Romano do Oriente, como era chamado também o Império Bizantino, enfrentou uma série de desentendimentos com califados árabes que resultaram em confrontos bélicos. Os combates se iniciaram quando, logo após o surgimento do islamismo, os muçulmanos empreenderam-se em conquistas de territórios. Seguindo um ideal de expansionismo, especialmente os califados Rashidun e Omíada travaram vários conflitos com os romanos até o surgimento das Cruzadas.
O movimento inicial de expansão dos muçulmanos foi muito danoso para o Império Bizantino, resultando na perda de grandes parcelas de território cristão. Até mesmo a capital Constantinopla correu o risco de ser tomada em duas ocasiões nas quais a cidade foi cercada pelos muçulmanos.
Foram várias as Guerras entre Bizantinos e Árabes, sendo que a primeira delas aconteceu entre os anos 634 e 718. Este conflito inicial durou quase cem anos e marcou uma fase de grande expansão desses povos árabes. O embate teve uma trégua a partir do ano 718, mas os desentendimentos entre bizantinos e árabes permaneceram vivos. Como resultado, uma nova guerra estourou e foi oficializada no final do mesmo século VIII.
O rompimento de novos conflitos diretos no século VIII revelou-se de grande extensão. As guerras permaneceram pelos próximos séculos e só foram terminar no século XII, no ano 1169.
Ao longo da nova fase dos conflitos, os bizantinos conseguiram algumas vitórias. Foi possível recuperar alguns territórios perdidos anteriormente e os cristãos chegaram perto, até mesmo, de retomar Jerusalém. Entretanto o poderio de combate dos muçulmanos era muito grande.
Já no final século XI, os muçulmanos estavam novamente organizados e vitoriosos nas batalhas, o que os permitiu uma nova fase de expansão territorial. Com o cenário amplamente favorável aos islâmicos mais uma vez, o imperador bizantino Aleixo I recorreu desesperadamente ao Papa Urbano II. Na ocasião do Concílio de Placência, em 1095, o líder dos bizantinos solicitou ao Supremo Pontífice ajuda militar para tentar afrontar os muçulmanos. Esta situação é notadamente reconhecida como um evento precursor da Primeira Cruzada, que seria proclamada no mesmo ano e teria como um de seus objetivos a retomada de Jerusalém, local considerado sagrado.
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