Para manter a mente ligada e utilizar o tempo livre como forma de manter o foco na formação e no conhecimento, escolhemos 25 dos melhores livros para ler durante esse período.
Nesse livro, o autor faz um apanhado histórico da humanidade, desde a coexistência do homo sapiens com outras espécies humanas até os avanços tecnológicos e políticos dos dias atuais.
O autor faz um misto de história, paleontologia, antropologia e sociologia, que coloca o leitor em contato com diferentes ciências em uma proposta interdisciplinar.
O livro pode fazer com que o estudante tenha uma boa leitura do percurso percorrido pela humanidade ao longo da história. Além disso, algumas questões são postas em debate ou são trazidas para a reflexão.
O livro é uma coletânea de textos escritos pelo físico e astrônomo Stephen Hawking, que respondem a algumas questões feitas a ele ao longo de sua carreira.
Deus existe? Como tudo começou? Podemos prever o futuro? O que há dentro de um buraco negro? A viagem no tempo é possível? Como moldaremos o futuro? São algumas das questões encontrada no livro.
O livro é uma compilação de ideias expostas por Ailton Krenak, um dos maiores pensadores indígenas do país.
O eixo central do livro é uma crítica à percepção dos seres humanos como sendo apartados da natureza. Para o autor, esse pensamento faria com que os seres humanos se sentissem superiores à natureza, podendo dominá-la e até destruí-la, caminhando para o fim do mundo.
O livro propõe um novo modo de existência que perceba os seres humanos como iguais a tudo o que a natureza já produziu.
Em Ensaio sobre a cegueira, José Saramago, escritor português vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, narra a trajetória de uma epidemia que causa nas pessoas uma cegueira branca.
O caos gerado por essa epidemia faz eclodir as características mais nefastas dos seres humanos, gerando um ambiente de dor, incerteza e falta de esperança. Apenas a uma personagem é dado o poder de enxergar e observar as faces mais perversas e cruéis das pessoas.
Outro vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, que expõe a natureza violenta e caótica dos seres humanos é Willian Golding.
Em Senhor das moscas, o autor retrata a vida de adolescentes sobrevivente da queda de um avião, que ficam presos em uma ilha deserta.
Ao longo da trama, a liberdade da ausência de autoridade vai se transformando em um exemplo clássico do estado de natureza hobbesiano de guerra de todos contra todos.
Revolução dos bichos, é, segundo o próprio Orwell, um conto de fadas. Nele, animais de uma fazenda promovem uma revolução para se libertar de seus donos humanos opressores.
A trama mostra o declínio da sociedade dos animais. Em pouco tempo, o ambiente livre e igualitário, logo após a revolução, dá lugar a uma tirania cheia de privilégios dominadas por um grupo de porcos, mais dura e perversa que anterior (humana).
O livro é uma alusão crítica ao processo revolucionário ocorrido na Rússia e o socialismo soviético, que teve um início promissor com Lênin e seu declínio com os caminhos adotados por Stálin.
George Orwell também é autor de um dos mais clássicos livros que retratam um futuro distópico: 1984. Nesse livro, o autor criou o conceito de big brother, uma entidade que onisciente que observa e julga a ação de todos, utilizado pelo famoso reality show.
Admirável mundo novo, de Aldous Huxley, e 1984, de George Orwell, são os exemplos mais clássicos de distopias na literatura.
Ao contrário de 1984, onde tudo era proibido e controlado pelo Estado, em Admirável mundo novo, há uma supervalorização dos indivíduos que vivem em uma absoluta permissibilidade e liberdade.
Essa suposta liberdade contrasta com um severo regime de castas e uma série de regras internalizadas e, por isso, intransponíveis.
Tudo isso aliado ao consumismo e a uma droga, chamada "soma", administrada aos cidadãos, que os impede de vivenciar o sofrimento.
Publicado em 1953, Fahrenheit 451, é uma ficção que aponta para um futuro (próximo) distópico. Nele, há uma sociedade baseada no controle de seus cidadãos e na repressão, onde o conhecimento e o pensamento crítico são proibidos.
O personagem principal é um funcionário do governo responsável pela queima de livros, chamado de "bombeiro". O nome Fahrenheit 451 é uma referência à temperatura de queima do papel (451º F ou 233º C).
Junto com 1984, de George Orwell, é uma das clássicas previsões de um futuro no qual a televisão cumpre um papel importante para a formação da compreensão de mundo, favorecendo a manutenção do status quo.
O Conto da Aia é um livro multi-premiado, escrito por Margaret Atwood em 1985. Apresenta também um futuro distópico, deu origem à famosa série de TV de mesmo nome (originalmente, The handmaid's tale).
Em O Conto da Aia, a autora descreve uma sociedade baseada em um fundamentalismo religioso, misógina e estratificada, controlada por homens, pela perspectiva sua protagonista Offred/June.
Offred é um nome dado pelo sistema, of Fred significaria "de Fred" (Fred é o nome do comandante que a possuía). Seu nome real, antes da instituição do regime teocrático, era June.
Nesse lugar, as mulheres são divididas em castas de acordo com uma função social pré-estabelecida. Offred, que é uma aia (criada, ama) de um dos comandantes do sistema, passa a ter um papel importante na resistência ao regime.
Persépolis é um relato autobiográfico em forma de quadrinhos. Nele, a autora Marjane Strapi relata sua vida dos seis aos quatorze anos, no período da revolução islâmica ocorrida no Irã.
O livro levanta questões sobre a relação entre o governo e seus cidadãos, as repressões vividas e os eventos cotidianos sob a ótica de uma menina.
Persépolis combina sua belíssima ilustração a relatos históricos, dando um olhar denso e particular sobre uma época.
A filósofa Hannah Arendt faz um estudo sobre o desenvolvimento do antissemitismo até o apogeu e declínio do regime totalitário na Alemanha nazista.
Nele, a pensadora debate a ideia do terror e a violência como formas de controle de grandes massas populacionais e a construção de um ideal político fundamentado na extinção de um outro povo.
O clássico de Anne Frank, relata o período em que a menina viveu com sua família escondida em um cômodo oculto de um prédio em Amsterdã.
Durante os mais de dois anos de invasão, a menina documentou em seu diário os episódios ocorridos com ela e seus familiares durante a segunda guerra.
Art Spiegelman, cartunista, em Maus, relata a experiência de seu pai em Auschwitz, famoso campo de concentração nazista, durante a segunda guerra.
O livro é em formato de quadrinhos. Nele, os nazistas são representados como gatos, enquanto os judeus são desenhados como ratos (maus, em alemão) e sofrem os horrores do holocausto.
O autor desenvolve as relações conflituosas com seu pai e as contradições relacionadas ao sentido de ser um judeu sobrevivente de um campo de concentração.
A filósofa Djamila Ribeiro busca em seu livro debate de forma simples diversas questões relacionadas ao racismo estrutural existente no Brasil.
A autora visa estimular reflexões sobre o racismo, evocando o pensamento de autoras e autores que são especialistas em questões de opressão e dominação racial.
Casa grande e senzala é um dos grandes clássicos da literatura brasileira. Nele, o sociólogo Gilberto Freyre faz um apanhado sobre a formação do povo brasileiro.
O autor mostra a sociedade brasileira sendo formada a partir de um processo de miscigenação entre os indígenas originários do Brasil, os negros africanos escravizados e os brancos europeus.
O livro é alvo de inúmeros debates, críticas e estudos acerca da formação da sociedade brasileira e da democracia racial no país.
O povo brasileiro é a principal obra do antropólogo Darcy Ribeiro. Aponta para o processo de formação da sociedade brasileira, a presença de diferentes "brasis" dentro do Brasil e a coesão em torno de uma ideia de nação.
Nele, o autor debate a forma de ocupação e urbanização presente no país, bem como as desigualdades presentes nesse sistema e os modos de desenvolvimento de um povo-nação com uma própria etnia nacional.
O best-seller de Drauzio Varella é uma compilação dos relatos dos presos da Casa de Detenção de São Paulo (Carandiru). Foram coletados durante o período em que trabalhou como médico voluntário na prevenção de doenças infecciosas dentro do sistema carcerário.
O livro de relatos se encera com o episódio do massacre ocorrido em outubro de 1992, em que 111 presos foram mortos durante uma rebelião, 102 deles pela polícia de São Paulo.
O livro deu origem ao filme Carandiru, que conta com a participação de Milton Gonçalves, Rodrigo Santoro, Lázaro Ramos, Wagner Moura, entre outros.
O romancista e jornalista Zuenir Ventura escreve sobre 1968, um dos anos mais conturbados do século XX. 1968, foi um ano de extrema efervescência na política, como o mítico maio de 68 francês, em que as manifestações por liberdade ecoaram em todo o mundo.
No Brasil, Zuenir Ventura retrata o ano de endurecimento do regime militar, que culminou na promulgação do Ato Institucional Número Cinco (AI-5), no dia 13 de dezembro de 1968.
O livro A hora da estrela é uma das maiores obras da literatura brasileira. Nele, Clarisse Lispector faz emergir questões existenciais e filosóficas que levam o leitor a mergulhar no íntimo da personagem principal, Macabea bem como do narrador, Rodrigo S. M. (que representa a própria autora).
As questões relativas à vida e a morte, ao sentido atribuído às relações e, também para as questões de migração dentro do país estão constantemente presentes ao longo da trama.
A hora da estrela é uma leitura incontornável para quem se interessa pelos clássicos da literatura nacional.
Para quem gosta de livros sobre música, o livro do jornalista e escritor Nelson Motta é uma viagem pelos bastidores da MPB.
O livro é remonta a memória de inúmeros momentos da música brasileira ocorridos desde o final dos anos de 1950 até o início da década de 1990.
A autora Clarissa Pinkola Estés é também uma psicanalista junguiana. Em seu livro, ela faz uma análise de 19 mitos, lendas e contos de fadas, para perceber a forma como é construído o papel da mulher na sociedade.
O objetivo da autora é resgatar o arquétipo feminino através do reconhecimento dos processos de docilização e domesticação da natureza selvagem da mulher.
A filósofa e escritora Simone de Beauvoir é um dos maiores expoentes do feminismo no mundo. O segundo sexo revolucionou o debate acerca da condição feminina e até hoje é leitura obrigatória para quem quer se aprofundar no tema.
Nele, a autora discute a condição objetificada da mulher como um "não-homem", sem direito a sua própria subjetivação e existência.
O termo "homens" como sinônimo de humanidade, mostra-se como um indício inequívoco de que a dominação masculina perpassa diversas áreas, dentre elas a própria linguagem.
O livro é um desafio lançado pela escritora e ativista nigeriana Chimamanda Ngozi Adichie, autora de diversos best-sellers que abordam as questões relacionadas ao feminismo.
O livro é uma adaptação de uma conferência proferida TEDx. Nela, a autora fala sobre desigualdades e a necessidade de mudarmos a forma como se educa e como se age no mundo, em prol de um mundo mais justo e feliz para ambos os sexos.
Essa conferência dada por Chimamanda Adichie foi adaptada pela artista Beyoncé, em seu hit, Flawless (2014).
A autora, Silvia Federici, é uma ativista e estudiosa do feminismo. Em Calibã e a bruxa, ela realiza uma análise associativa entre a caça às bruxas e o início de uma divisão sexual do trabalho.
Para a autora, essa perseguição às bruxas retirou poder das mulheres e reposicionou-as como a base do sistema de exploração do capitalismo. O trabalho de casa, não remunerado, passou a ser responsabilidade feminina tornando possível a estrutura de acumulação de capital.
O livro é um debate entre as autoras Nancy Fraser e Rahel Jaeggi sobre aspectos do mundo contemporâneo.
Os temas giram em torno de questões econômicas, sociais, políticas e ambientais e trazem à luz, a importância de apontar novos caminhos em busca de um ideal de justiça social.
No livro, discute-se a moralização superficial da política, que omite o fundamento comum das opressões de classe e gênero e as autoras apontam para um possível futuro do capitalismo.
Pedro Menezes Licenciado em Filosofia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e Mestrando em Ciências da Educação pela Universidade do Porto (FPCEUP).Show life that you have a thousand reasons to smile
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