Luís XIV (1638 -1715) foi rei da França desde os cinco anos de idade. Seu reinado durou 72 anos, o mais longo da história francesa.
O reinado de Luís XIV foi marcado pela centralização da monarquia francesa, consolidação das fronteiras e prosperidade econômica.
Uma das heranças de Luís XIV foi o palácio de Versalhes, onde a corte girava em torno do rei. Não por acaso, o monarca recebeu os apelidos de "Rei Sol" e “O Grande”.
O rei Luís XIV nasceu em 5 de setembro de 1638, filho do rei Luís XIII e sua esposa, a rainha Ana de Áustria. O casal teria mais um filho, Felipe, que seria o fundador da Casa de Orleans.
O nascimento de Luís representou um alívio para seus pais, casados há dez anos e que não tinham descendência.
Aos cinco anos, seu pai falece e Luís é proclamado rei da França, com o nome de Luís XIV. Sua mãe exercerá a regência e o cardeal Mazarin será o primeiro-ministro.
A educação de Luís XIV foi esmerada, como se esperava de um futuro monarca. Seu programa de estudos incluía religião, história, geometria, línguas, mas também equitação, esgrima e dança.
Casou-se com a infanta Maria Teresa da Espanha, a fim de selar a paz entre os dois países. Tiveram seis filhos, dos quais somente o mais velho chegaria à vida adulta.
Aos 13 anos, Luís foi considerado maior de idade e pôde assumir o trono.
Tanto a mãe quanto o cardeal Mazarin ainda exerciam influência sobre o jovem monarca, mas após a morte do religioso, a situação mudou. Luís XIV surpreendeu a todos declarando que seria ele mesmo que governaria o país, apenas com a ajuda de alguns ministros.
Desta maneira, começa uma etapa na vida francesa marcada pela centralização política, o Absolutismo. A nobreza perde o direito de possuir exércitos, efetuar a justiça ou mesmo cobrar certos impostos.
Muitos nobres foram convidados para morar no castelo de Versalhes ou nos arredores e participar das cerimônias da corte que giravam em torno do soberano.
Ao mesmo tempo, o rei Luís XIV dotou o país de várias academias científicas como a Academia de Pintura e Escultura (1648), Ciências (1666), Música (1669) e a de Arquitetura (1671). Em Versalhes, também funcionava uma espécie de jardim botânico que aclimatava plantas de todo o mundo.
A herança de Luís XIV permanece até hoje na França: indústria do luxo, centralização do poder, fronteiras que praticamente não mudaram desde o século XVII e o palácio de Versalhes. Ali, o rei Luís XIV construiu para si mesmo a imagem que ele era o sol e tudo deveria rodeá-lo.
Pintores e escultores usaram a história do deus Apolo, personificação do sol, para compará-lo ao rei Luís XIV. Desta maneira, retratavam esta divindade com o rosto do soberano. Igualmente, o balé alcança um desenvolvimento extraordinário, devido a admiração que o monarca sentia por esta arte.
Tudo isso fazia parte do Absolutismo, onde o rei não precisava prestar contas a ninguém, pois havia sido escolhido por Deus para ser o governante. Luís XIV acreditou que se ele fosse um grande monarca, a França também seria um grande país.
Os últimos do reinado de Luís XIV foram marcados pela Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1714).
O trono espanhol havia ficado vazio em 1700 e o falecido rei Carlos II da Espanha tinha indicado que seu sucessor seria o neto de Luís XIV, Felipe.
No entanto, países como o Sacro Império Romano Germânico e a Inglaterra tinham seu próprio candidato. O resultado foi uma guerra de quinze anos para colocar Felipe de Bourbon no trono espanhol.
Embora o rei Luís XIV tenha consolidado o poder da França na Europa, os gastos com esta guerra e com o luxo excessivo acabaram por deixar o país à beira da falência.
O rei faleceu 1º de setembro de 1715 e foi sucedido por seu bisneto, que adotou o nome de Luís XV.
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