Como conceito veremos que na Taxa de Mortalidade Infantil (TMI) são considerados os óbitos de crianças abaixo de um ano de idade, em relação a cada mil nascidos vivos. A mortalidade infantil não apresenta-se como um problema local, mas sim mundial, porém acompanhando as condições de cada país, refletindo as condições de saúde de uma população ou mais especificamente de uma região. Através da TMI pode-se analisar as condições do sistema de saúde em uso, índices de saneamento básico , taxas de desnutrição, condições de acompanhamento de pré-natal, disponibilidade de vacinas e medicamentos , entre outros fatores.
No Brasil, a partir da década de 60, ocorre uma estabilização dos níveis de mortalidade infantil em quase todas as regiões, sendo que, acompanhando o modelo de outros países, essa taxa apresenta decréscimo a cada ano. Porém em algumas regiões, de acordo com estatísticas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) os índices de mortalidade infantil aumentaram, como por exemplo em São Paulo e Belo Horizonte.
Tal acontecimento pode estar relacionado ao fato de que nessa época, ocorreu uma grande saída das populações rurais em direção aos grandes centros urbanos, ocasionando uma eminente pressão demográfica, e consequentemente uma defasagem nos atendimentos de serviços públicos.
Concomitantemente, notamos que, na região Nordeste, podemos flagrar uma maior média de óbitos de crianças, tornando-se urgente uma melhor política pública, com adequado saneamento ambiental, atendimento em saúde pública, disponibilização de recursos hídricos, orientação às famílias. Desta forma as diferenças de TMI entre as regiões Nordeste e Sul, em 1930 era de 60%, em 1965 passa para 83%.
Observamos que a partir da década de 70, com a expansão da rede assistencial, maior divulgação dos programas de imunização, melhor condição de saneamento básico, atenção às gestantes, entre outras medidas que fizeram-se necessárias, esses índices voltam a cair, não apenas no Brasil, mas em todos os países da América Latina.
De acordo com dados do IBGE, a partir da década de 80, até os dias de hoje, os índices de mortalidade infantil decaíram visivelmente, inclusive com estatísticas que demonstram que tal índice é menor entre bebês do sexo feminino. Esses dados apontam para diversos fatores, como: criação e intensificação de vários programas governamentais, principalmente ligados à área de saúde e à populações menos favorecidas, atendimento abrangente ao indivíduo, entre outros já citados, com responsabilidade conjugada entre estados, municípios e União.
Contudo, os índices brasileiros ainda encontram-se aquém daqueles encontrados em países com uma condição social melhor. Sendo assim, as estatísticas por enquanto, não são motivo de comemoração mas confirmam a necessidade de uma busca por uma intensificacão maior de melhores resultados.
Referência Bibliográfica: Evolução e Perspectivas da Mortalidade Infantil no Brasil. Rio de Janeiro, 1999, vs. autores. Depto. de População e Indicadores Socias da Diretoria de Pesquisas do IBGE.
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