Os níveis de linguagem, ou níveis de fala, são os registros da linguagem utilizados pelos falantes, os quais são determinados por vários fatores de influência.
A situação ou o local em que estamos, a escolarização que temos, as pessoas com quem estamos falando em um determinado momento são elementos que influenciam os falantes.
Por exemplo, um juiz não falará em tribunal tal como fala num jantar com família e amigos.
Os principais níveis de linguagem são: linguagem culta e linguagem coloquial.
A linguagem culta ou formal é aquela em que as pessoas falam de acordo com as regras gramaticais. Também chamada de norma padrão, nela se escolhe com mais cuidado o vocabulário utilizado na comunicação.
É a linguagem usada na escrita e que aprendemos na escola.
Não precisamos ir muito longe para entender o conceito. Basta não concordarmos sujeito com verbo e já temos aí uma transgressão gramatical, por exemplo: “A gente avisamos para ele se afastar.”.
A linguagem coloquial ou informal é aquela em que os falantes expressam-se de forma mais descontraída e em que há uma preocupação menor com as regras e com as palavras do discurso.
A linguagem informal não é incorreta, motivo pelo qual ela não pode ser caracterizada como inculta, afinal, qualquer pessoa a usa num ambiente descontraído.
No entanto, a descontração pode dar abertura a algumas transgressões gramaticais, de onde podem surgir as variantes linguísticas e, em alguns casos, até pode surgir a linguagem vulgar.
Variantes linguísticas são as mudanças que a língua sofre em função do tempo (como português medieval e atual), da região onde a língua é falada (nordeste e sul do Brasil), das situações formais ou informais (gírias).
Assim, existem diferentes tipos de variações linguísticas, tal como regionalismos e gírias.
Os regionalismos consistem em vocabulário e formas de expressão que são influenciadas pelo local onde a língua é falada, como podemos notar nas diferenças da língua portuguesa entre os falantes das regiões brasileiras.
Por exemplo: "Não se avexe." e "Não precisa ficar sem graça.", ambos com o mesmo significado (não ter vergonha), são as formas utilizadas no nordeste e no sul do Brasil.
As gírias consistem em palavras ou frases utilizadas em ambientes informais, e que surgem entre grupos (jovens surfistas, adolescentes, policiais).
Por exemplo, a palavra “date” em inglês, que significa “encontro” passou a ser utilizada pelos jovens na língua portuguesa como uma gíria: “Tenho um date hoje.”.
Para estudar mais:
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