A Páscoa é uma festa de origem judaica, que comemora a liberdade do povo hebreu após um longo período de escravidão no Egito.
Com o mesmo sentido de libertação e de esperança, a Páscoa cristã surge posteriormente com a comemoração da ressurreição de Jesus Cristo.
O povo hebreu foi escravizado durante anos. Por esse motivo, Deus enviou uma praga a fim de tentar convencer o Faraó a libertar os escravos.
O Faraó consentiu a sua libertação, mas voltou atrás, e assim foi acontecendo sucessivamente: sempre que Deus enviava uma praga, convencia o Faraó, que depois de se ver livre da mesma, voltava atrás.
Até que com a décima praga, o Faraó finalmente libertou os hebreus, episódio que ficou conhecido como Dez pragas do Egito e pode ser lido no livro do Êxodo da Bíblia Sagrada.
Na décima praga, Deus ordenou a morte de todos os primogênitos egípcios, inclusive o filho do Faraó.
Após a libertação do povo, foi instituída a Páscoa e a travessia rumo à Israel começou.
Apesar de estar historicamente ligada à Páscoa judaica, a Páscoa cristã assumiu outros contornos, tanto no que respeita ao seu significado quanto à forma como é comemorada, de onde surgem grandes diferenças.
A Páscoa cristã celebra a ressurreição de Jesus, num domingo conhecido como Domingo de Páscoa, que encerra a Semana Santa.
A Semana Santa recorda a Última Ceia de Jesus com os apóstolos, a sua crucificação e ressurreição, o que teria acontecido durante a celebração da Páscoa judaica.
Páscoa, do hebraico Pessach, significa “passagem”. O seu significado remete à transição da escravidão para a liberdade, como celebra a Páscoa judaica, bem como da morte para a vida, como celebra a Páscoa cristã.
Segundo historiadores, a origem da Páscoa também se apresenta num contexto pagão, mas mantendo o significado da “passagem”.
Acontece que as civilizações antigas cultuavam uma deusa, conhecida como Ostara ou Eostern, numa festa que celebrava a passagem do inverno para a primavera.
Essa estação trazia a esperança em virtude da possibilidade de produzir alimentos que pudessem ser armazenados para consumo ao longo de todo o ano.
Além da relação com o significado, o nome da deusa remete à palavra “páscoa” em inglês, Easter.
A data da celebração foi definida no Concílio de Niceia, o primeiro concílio de ordem ecumênica, e que foi realizado no ano 325.
No Concílio de Niceia ficou determinado que a Páscoa cristã deveria ser comemorada no primeiro domingo depois da lua cheia, a partir do dia 22 de março. A fase da lua constava nas tabelas eclesiásticas e não era contada de acordo com o verdadeiro calendário lunar.
Assim, a Páscoa é uma data comemorativa móvel, que não é feriado, e cuja celebração acontece entre os dias 22 de março e 25 de abril, exatamente 47 dias depois do Carnaval.
A Páscoa judaica, por sua vez, é comemorada ao longo de uma semana, tendo início no décimo quarto dia do mês de Nissan, o primeiro do calendário judaico.
Esta foi a orientação recebida de Deus por Moisés e Arão, a qual pode ser consultada no capítulo 12 do livro de Êxodo da Bíblia:
No primeiro mês comam pão sem fermento, desde o entardecer do décimo quarto dia até o entardecer do vigésimo primeiro.”
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