Purismo

O Purismo foi um movimento artístico advindo do Cubismo, que defendia a purificação da pintura e da arquitetura, com a desvinculação da influência emocional nas obras. Iniciou-se no final da segunda década do século XX, após o fim da Primeira Guerra Mundial.

O Purismo valorizava a purificação das formas geométricas, e propôs uma arte sem subjetividade ou fins decorativos. Também não utilizava recurso de profundidade nas obras, que sempre eram produzidas em apenas duas dimensões. Já na arquitetura, o uso de formas geométricas básicas e pouco elaboradas refletia o desejo de produzir uma arte completamente racional.

O movimento surgiu oficialmente com a publicação do livro “Après le cubisme”, de Amédée Ozenfant e Charles-Edouard Jeanneret. Na obra, estes artistas criticam a transformação do Cubismo numa arte decorativa, e reivindicam a volta da arte saudável, baseada na objetividade, clareza e utilidade, como uma luta em defesa da retomada da ordem e dos limites racionais da arte.

Segundo os artistas adeptos do Purismo, o ser humano possui uma necessidade de ordem para alcançar o equilíbrio, e por isso as obras remetiam a formas proporcionais, para promover certa harmonia espiritual. O advento da máquina, em larga expansão e rápida mutação no início do século XX, também é muito importante no desenvolvimento da arte purista, pois reflete a necessidade de ordem e substituição defendidas pelo movimento, bem como o uso necessário da arte e da arquitetura, levando em consideração a funcionalidade, e não a beleza ou subjetividade.

Alguns conceitos defendidos largamente pelo movimento purista foram a beleza da funcionalidade eficiente, a razão na arte, a importância da precisão e o destaque do essencial e coletivo. A arte purista retoma muitos temas do Cubismo, como a pintura de instrumentos musicais e temas do cotidiano, e os artistas pertencentes ao movimento negavam que houvesse uma abstração geométrica. Apenas defendiam a construção de “objets types”, que significa “objetos padrão”, inspirados na natureza e na produção humana, como as máquinas. Por conta dessas características, o Purismo remonta a ideais ainda do Humanismo Renascentista.

Por toda objetividade, ausência de ornamentação, simplicidade e harmonia proporcional, o Purismo não teve vida longa, foram em torno de oito anos de duração, pois não estabeleceu grande popularidade em Paris e não se firmou como escola pictórica.

Os principais nomes do Purismo foram: Henri Laurens, Jacques Lipchitz, Amédée Ozenfant, Charles-Edouard Jeanneret, Paul Dermée, Maurice Raynal, Pierre Reverdy, Blaise Cendrars e Fernand Léger.

Fontes: http://www.macvirtual.usp.br/mac/templates/projetos/seculoxx/modulo1/construtivismo/cubismo/purismo/index.html http://www.infopedia.pt/$purismo http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=3833 http://pt.wikipedia.org/wiki/Purismo

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