Existem diversos fatores de risco para o desenvolvimento de trombose venosa profunda (TVP), principalmente dos membros inferiores. Dentre eles destacam-se:
Pessoas com mais de 40 anos têm mais trombose venosa profunda quando comparadas com pessoas mais novas. O risco aumenta depois dos 60 anos de idade.
Imobilidade ou mobilidade reduzidaIndivíduos com pouca ou nenhuma mobilidade apresentam mais risco de desenvolver trombose. Quanto maior o tempo de imobilidade, maior o risco de TVP.
Caso anterior de trombose venosa profundaQuando expostas a situações de risco, como uma cirurgia, pessoas que já tiveram trombose têm muito mais chances de terem novamente TVP quando comparadas com pessoas que nunca tiveram.
Casos de trombose venosa profunda na famíliaIndivíduos com história de trombose venosa profunda na família possuem mais chances de desenvolver trombose. Quanto mais pessoas na família com história de TVP, maior é o risco.
VarizesApesar de ser um fator de risco, a presença de varizes sem outros fatores associados não representa um risco elevado de trombose venosa profunda.
Sintomas de trombose venosa profunda na pernaObesidadePessoas com índice de massa corpórea (IMC) maior que 30 possuem mais chances de ter trombose. O risco é maior em homens com circunferência abdominal superior a 102 cm e mulheres com mais de 88 cm de circunferência abdominal.
Lesão na medula espinhalO risco de trombose nesses casos é maior sobretudo nos primeiros 3 meses após a lesão, devido à falta de mobilidade desse período.
TraumasPor razões parecidas às da cirurgia, traumatismos grandes também são importantes fatores de risco para a trombose venosa profunda, tanto pelo impacto nos vasos sanguíneos como pelo tempo que a pessoa fica imobilizada na cama após o acidente.
Pílula anticoncepcional ou hormôniosO uso de estrógenos pode aumentar em até 4 vezes as chances da mulher ter trombose. O risco é maior no 1º ano de uso do medicamento, principalmente se houver outros fatores de risco associados, como imobilidade e cirurgias.
GravidezAlterações hormonais elevam a capacidade de coagulação das grávidas, aumentando as chances de formação de coágulos. Além disso, à medida que o útero cresce, a veia cava vai sendo comprimida, o que dificulta o escoamento do sangue proveniente das veias dos membros inferiores.
Sabe-se que as gestantes possuem 5 vezes mais chances de desenvolverem tromboses do que mulheres que não estão grávidas da mesma idade.
CirurgiasPacientes submetidos a cirurgias na região pélvica e membros inferiores apresentam alto risco de formação de trombos nos membros inferiores. O efeito dos anestésicos, a própria manipulação dos vasos sanguíneos e tecidos subjacentes durante o ato cirúrgico e o prolongado tempo sem se levantar no pós-operatório tornam as cirurgias um evento com elevado risco de trombose venosa profunda.
Quando andamos, o impacto dos pés no chão e a contração dos músculos, principalmente da panturrilha, ajudam a empurrar o sangue nas veias das pernas para cima, em direção ao coração. Permanecer deitado por muito tempo favorece a estagnação do sangue nos membros inferiores, principalmente para quem sofre de insuficiência venosa.
Permanecer sentado em viagens longasLongas viagens, geralmente acima de 8 horas, podem facilitar o surgimento de trombose venosa profunda, principalmente em indivíduos com outros fatores de risco, como obesidade, varizes, tabagismo, gravidez, entre outros.
Já notou como os seus pés ficam inchados e o sapato fica mais difícil de calçar após uma longa viagem de avião? Permanecer sentado por muitas horas, com as pernas dobradas, dificulta o retorno do sangue para o coração, favorecendo a estagnação e, consequentemente, a formação de trombos.
CâncerExistem tumores malignos que produzem substâncias que aumentam as chance do sangue coagular, favorecendo a formação de trombos.
Insuficiência cardíacaIndivíduos com insuficiência cardíaca possuem um coração fraco, com dificuldade de bombear o sangue para todo o corpo, o que leva à estagnação do sangue nos membros inferiores e favorece a formação de coágulos.
TrombofiliasDoenças sanguíneas que desregulam o sistema de coagulação, criando um estado de hipercoagulabilidade e grande risco de formação de trombos. Contudo, apesar de serem um forte fator de risco para trombose, as trombofilias são patologias pouco comuns.
Entre as trombofilias mais frequentes, destacam-se:
Além dos citados anteriormente, há diversos outros fatores de risco para trombose venosa profunda, entre os quais estão:
Em caso de suspeita de trombose venosa profunda, um médico deverá ser consultado. Ele poderá avaliar detalhadamente, através de anamnese, exame físico e eventuais exames complementares, qual é o seu diagnóstico correto, orientá-lo(a) e prescrever o melhor tratamento, caso a caso.
Referências bibliográficas
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