Sensação de desmaio: quais as causas e como saber se vou desmaiar?

A sensação de desmaio muitas vezes é referida como uma sensação de tontura, em que há uma breve perda de consciência. O desmaio pode ter várias causas e ocorre devido a uma diminuição do fluxo sanguíneo para o cérebro. O desmaio dura menos de alguns minutos e a pessoa normalmente se recupera rápida e completamente.

Ao desmaiar, a pessoa não apenas perde a consciência, mas também o tônus muscular e a cor no rosto. Antes de desmaiar, a pessoa pode se sentir fraca, suada ou enjoada. Pode ter ainda outros sintomas de desmaio, como alterações visuais (visão em túnel) ou a sensação de ter um ruído que está diminuindo ao fundo.

Os seguintes sintomas podem ocorrer após um desmaio:

• Não se lembrar de fatos que aconteceram antes de desmaiar, durante ou mesmo após o desmaio;
• Confusão;
• Sonolência;
• Dor de cabeça;
• Incapacidade de falar ou mover partes do corpo (sintomas de acidente vascular cerebral);
• Tontura;
• Incontinência fecal;
• Batimento cardíaco acelerado;
• Batimento cardíaco lento;
• Fraqueza e confusão graves.

A sensação de desmaio pode ocorrer enquanto ou depois da pessoa:

• Tossir muito;
• Defecar, especialmente se houver esforço;
• Estar parada num mesmo lugar por muito tempo;
• Urinar.

O desmaio também pode estar relacionado a estresse emocional, medo e dor severa.

Outras causas de desmaio, algumas das quais podem ser graves, incluem:

• Uso de certos medicamentos, como os usados para ansiedade, depressão e pressão alta. Estes medicamentos podem causar uma queda da pressão sanguínea;
• Uso de álcool ou drogas;
• Doença cardíaca, como arritmia, infarto, e derrame cerebral;
• Respiração rápida e profunda (hiperventilação);
• Baixo nível de açúcar no sangue;
• Convulsões;
• Queda repentina da pressão arterial, como em casos de sangramento ou desidratação grave;
• Levantar-se de repente da posição deitada, que também pode causar tontura.

Pessoas com histórico de sensação desmaio devem seguir as instruções do médico sobre como evitá-la. Por exemplo, se a pessoa conhece as situações que a fazem desmaiar, deve evitá-las ou alterá-las.

1. Verifique as vias aéreas e a respiração da pessoa. Se necessário, ligue para o número de emergência;

2. Solte as roupas apertadas em volta do pescoço;

3. Eleve os pés da pessoa acima do nível do coração (cerca de 30 cm);

4. Se a pessoa vomitar, vire-a de lado para evitar que se engasgue;

5. Mantenha a pessoa deitada por pelo menos 10 a 15 minutos, de preferência em um espaço fresco e calmo. Se isso não for possível, sente-a para a frente, com a cabeça entre os joelhos.

O que não fazer em caso de desmaio:

• Dar comida ou bebida a uma pessoa inconsciente;
• Deixar a pessoa sozinha;
• Colocar um travesseiro sob a cabeça de uma pessoa inconsciente;
• Bater palmas, dar tapas na cara ou despejar água no rosto da vítima.

Chame imediatamente uma ambulância através do número 192 se a pessoa que desmaiou:

• Caiu de qualquer altura, especialmente se estiver ferida ou sangrando;
• Não recuperar a consciência rapidamente, em alguns minutos;
• Estiver grávida;
• Tiver mais de 50 anos;
• Tiver diabetes;
• Sentir dor, pressão ou desconforto no peito;
• Apresentar batimentos cardíacos fortes ou irregulares;
• Perder a fala, apresentar problemas de visão ou incapacidade de mover um ou mais membros;
• Tiver convulsões, lesões na língua ou perda do controle das fezes.

Para evitar a sensação de desmaio ou desmaiar:

• Evite situações em que o nível de açúcar no sangue caia muito baixo;
• Evite ficar em um local por muito tempo sem se mexer, principalmente se tiver propensão para desmaiar;
• Beba líquido suficiente, especialmente em dias quentes;
• Se sentir que está prestes a desmaiar, deite-se ou sente-se com a cabeça inclinada para a frente, entre os joelhos.

Mesmo que não seja uma situação de emergência, uma pessoa que nunca desmaiou e teve um desmaio deve ser examinada por um médico clínico geral ou médico de família, bem como se tiver episódios de desmaios frequentes ou apresentar novos sintomas com desmaio.

Criado por: Equipe Editorial do Médico Responde

Referências bibliográficas