O vírus da dengue pode ser transmitido pela picada de duas espécies de mosquitos, Aedes aegypti e o Aedes albopictus. A principal espécie é o Aedes aegypti, que além de ser o vetor da doença, também está associado com a transmissão de outras doenças como a febre amarela urbana, Zika e chikungunya.
O mosquito pica principalmente durante o dia e se multiplica em água parada acumulada, como pneus a céu aberto, caixa d’água descoberta, piscinas, pratos de plantas com água, nos quintais e dentro das casas.
O mosquito é muito pequeno, possui cor café ou preta e listras brancas no corpo e nas pernas.
As fases do mosquito incluem ovo, larva, pupa e o adulto. As larvas são encontradas nas águas paradas. As fêmeas do mosquito são as que picam, isso porque precisam do sangue para o desenvolvimento dos ovos. O Aedes aegypti procria rapidamente e o mosquito adulto vive em média 45 dias.
A transmissão da dengue ocorre a partir da picada do mosquito, em ciclo humano-aegypti-humano, ou seja, o mosquito pica uma pessoa infectada, mantem o vírus na saliva e retransmite para outra pessoa.
A transmissão do ser humano para o mosquito ocorre enquanto houver presença de vírus no sangue do ser humano. Este período começa um dia antes do aparecimento da febre e vai até o 6º dia da doença.
No mosquito, após um repasto de sangue infectado, o vírus vai se localizar nas glândulas salivares da fêmea, onde se multiplica, depois de 8 a 12 dias de incubação. Porém, o mosquito é apenas o vetor da doença, ou seja, ele carrega e transmite o vírus, mas não manifesta a doença. Uma vez infectado, o mosquito é capaz de transmitir o vírus enquanto viver.
Esse período de transmissão da doença compreende então dois ciclos, sendo um que ocorre nos ser humano, denominado intrínseco, e outro extrínseco, que ocorre no mosquito.
Existem quatro tipos de vírus causadores da dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.
Vale ressaltar que não há transmissão por contato direto de pessoa com pessoa ou de suas secreções com pessoa sadia, nem por intermédio de água ou alimento. A transmissão depende unicamente do vetor para acontecer.
Após a picada do mosquito, inicia-se o ciclo de replicação do vírus nas células e a disseminação no organismo.
Os sintomas iniciais podem ser confundidos com outras condições, precisando do diagnóstico médico para a confirmação. Em sua maioria, a apresentação sintomática inclui febre alta em média 39° a 40°C, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção, coceira e manchas vermelhas na pele, perda de peso, náuseas e vômitos. Os quatro sorotipos do vírus podem causar a dengue hemorrágica, uma complicação grave da dengue, onde ocorrem alterações na coagulação sanguínea. Na maioria dos casos, a dengue hemorrágica ocorre da segunda vez em que a pessoa é infectada em diante, dificilmente acontece na primeira infecção.
Nesses casos mais graves, surgem sintomas como dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes e sangramento de mucosas.
Anualmente, os casos de dengue vêm aumentando significativamente, causando preocupação para os órgãos públicos. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza campanhas de conscientização, que incluem palestras em escolas e a visita de profissionais de saúde em residências.
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti. Para isso são iniciadas algumas medidas:
O mosquito costuma picar durante o dia, então usar roupas compridas e de mangas também pode ajudar, pois dificultam a picada. Alguns inseticidas também são indicados e colocar os chamados mosquiteiros em berços, para pessoas acamadas e pessoas que trabalham no período da noite e por isso dormem de dia.
Uma vacina está disponível atualmente e protege contra os quatro sorotipos do vírus.
Leia também:
Fontes:
http://www.saude.gov.br/saude-de-a-z/dengue
https://www.einstein.br/doencas-sintomas/dengue
http://www.ioc.fiocruz.br/dengue/textos/sobreovirus.html
https://mosquito.saude.es.gov.br/Media/dengue/Arquivos/biologia_do_vetor.pdf
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