Nascido em Caratinga, Minas Gerais, no dia 24 de outubro de 1932, Ziraldo Alves Pinto viveu em sua cidade natal durante toda a sua infância.
Seu nome tem origem na junção de parte do nome de sua mãe com parte do nome de seu pai: Zizinha + Geraldo = Ziraldo.
Por volta dos 17 anos, o autor foi com a avó para o Rio de Janeiro. No entanto, acabou por retornar à Caratinga no ano seguinte, concluindo lá o Ensino Médio.
Teve dois casamentos: em 1958, Ziraldo se casou com Vilma Gontijo, que veio a ser a mãe de seus três filhos (Daniela, Fabrízia e Antônio). O casal ficou junto até o ano 2000. Em 2002, o autor se casou com Márcia Martins.
Ziraldo Alves PintoCom o passar dos anos e a idade cada vez mais avançada, Ziraldo começou a apresentar alguns problemas de saúde.
Em 2013, com 80 anos, sofreu um leve infarto e em 2018, aos 85, sofreu um AVC. Este, mais grave, fez com que o artista permanecesse internado no CTI por um mês.
A carreira, por si só, diz muito sobre quem foi Ziraldo.
Desde criança, o artista já mostrava que tinha talento e o dom de desenhar. Aos 6 anos, teve um de seus desenhos publicado no jornal Folha de Minas.
Ziraldo é caricaturista , cartunista, chargista, colunista, cronista, desenhista, dramaturgo, escritor, humorista, jornalista e pintor.
Em 1954, com a tenra idade de 22 anos, Ziraldo começou a trabalhar no jornal Folha da manhã (atualmente, Folha de São Paulo).
Três anos depois, o artista foi trabalhar na revista O Cruzeiro. A publicação tinha bastante notoriedade na época e, com isso, o trabalho de Ziraldo ganhou popularidade.
Foi também no mesmo ano que Ziraldo concluiu seu curso superior, obtendo uma graduação na área do Direito.
Em 1960, realizou um marco na história brasileira enquanto artista gráfico: lançou os primeiros quadrinhos coloridos e escritos por um autor só. Trata-se da revista Turma do Pererê.
Apesar do enorme sucesso que fez na época, a revista foi cancelada. O regime militar que acontecia no Brasil em 1964 a considerou subversiva demais.
Anos mais tarde, houve um relançamento da revista, mas o sucesso já não foi o mesmo.
No período da ditadura no Brasil, Ziraldo se mostrou um grande resistente à opressão.
Juntamente com alguns nomes de destaque no cenário artístico brasileiro, como os cartunistas Jaguar, Millôr Fernandes e Henfil, além dos jornalistas Tarso de Castro e Sérgio Cabral, Ziraldo participou do jornal O Pasquim.
O Pasquim foi um seminário alternativo que desempenhou um papel importante na oposição ao regime militar, e se tornou uma espécie de porta-voz da indignação da população brasileira.
Por conta de seu posicionamento, Ziraldo foi preso em sua casa e levado ao Forte de Copacabana, Rio de Janeiro, por ter sido considerado perigoso.
Ao longo de toda a sua carreira, Ziraldo teve inúmeras publicações de sucesso. A mais emblemática de todas, sem dúvidas, foi lançada em 1980: O menino maluquinho.
Para compreender melhor as opressões sofridas pelos cidadãos brasileiros na época do regime militar, não deixe de ler os textos abaixo:
Graças à importância do seu trabalho para a literatura, Ziraldo foi contemplado com algumas premiações ao longo de sua carreira. Dentre elas, destacam-se:
Da grande diversidade de arte produzida por Ziraldo, fazem parte cartazes, livros, charges, marcas e logotipos, dentre outros.
Confira alguns dos principais livros de Ziraldo.
Confira abaixo exemplos de alguns tipos de trabalho de Ziraldo que vão muito além da literatura.
Cartaz Exemplos de cartazes feitos por Ziraldo para campanhas e festivais VEJA TAMBÉM: O Cartaz como Gênero Textual Charge Charge política de Ziraldo VEJA TAMBÉM: Gênero Textual Charge Quadrinhos Menino Maluquinho em quadrinhos, por Ziraldo VEJA TAMBÉM: História em QuadrinhosAs histórias de Ziraldo acontecem em uma variedade de contextos que vão desde a política ao universo infantil.
Por conta disso, há uma grande diversidade de figuras representadas na obra do artista, que apresenta um trabalho extenso.
Conheça um pouco mais sobre os principais personagens de Ziraldo.
Da obra “O Menino Maluquinho”, o personagem é um menino de 10 anos muito alegre, travesso e criativo, conhecido por suas travessuras e considerado um criador de problemas.
Sua marca registrada é a panela que usa na cabeça como se fosse um chapéu.
Como personagem mais famoso de Ziraldo, o Menino Maluquinho deu origem a um filme.
É uma menina decidida, espevitada e esperta, que namora o Menino Maluquinho. Conhecida por ser fofoqueira, costuma liderar todas as brincadeiras das quais participa.
A marca registrada da menina, é sua blusa vermelha com o desenho de um raio.
A personagem integra o livro “O menino Maluquinho”, e também tem a sua própria obra: “As aventuras de Julieta”.
Da obra “The Supermãe”, a personagem surgiu no universo das histórias em quadrinhos e retrata o comportamento das mães zelosas, exageradas e, por vezes, melodramáticas.
O termo “Supermãe” é como como o autor se refere à personagem Dona Clotildes, cuja relação com o filho Carlinhos é contada na obra.
Dona Clotildes foi inspirada na mãe do autor, Dona Zizinha.
Da obra “ O joelho Juvenal”, o personagem é o joelho de uma criança muito levada. Apesar de estar sempre machucado, ralado e esfolado, Juvenal era um joelho muito feliz.
É o narrador de uma coletânea de livros infantis de mesmo nome, que costuma contar e inventar histórias e anedotas.
Conhecido como “Menino da lua” (nome da obra onde é o personagem principal), é o menorzinho das crianças da história e tem como característica o rosto cheio de furinhos.
Apesar de ser uma criança encantadora, o personagem era bastante sozinho e todas as suas brincadeiras eram solitárias.
Com o desenrolar da história, conseguiu fazer parte de uma turma de amigos cujos nomes eram inspirados nos planetas.
É o caso, por exemplo, de Vevé (personagem que usa um tapa-sexo em forma de estrela), inspirado no planeta Vênus e do menino verde Martin, inspirado no planeta Marte.
Professora que apresenta novas formas de transmitir conhecimentos aos alunos, explorando, principalmente, o lúdico e a criatividade. A professora maluquinha teve uma adaptação para o cinema.
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