Arte Povera

A Arte Povera (em inglês, “poor art”) foi um movimento artístico de vanguarda surgido na Itália na década de 60 e que significa literalmente “arte pobre”.

O termo “arte povera” foi cunhado pelo crítico e historiador da arte italiano Germano Celant, em 1967, no catálogo da exposição “Arte povera – ImSpazio”, ocorrida em Veneza.

A ideia do movimento povera, que se destacou na pintura, escultura, instalação e performance, era de fato propor uma nova reflexão estética sobre o produto artístico ao “empobrecer a arte” e trazer à tona sua efemeridade através da utilização de materiais simples e naturais.

"Iglu", obra do artista italiano Mario Merz, Turim, Itália

As cidades italianas que desenvolveram mais trabalhos da arte povera foram: Turim, Milão, Roma, Gênova, Veneza, Nápoles e Bolonha, embora o efêmero movimento tenha se espalhado por todo continente europeu, terminando na década de 70.

Ao lado do Futurismo, a Arte Povera foi um dos mais importantes movimentos artísticos italianos do século XX.

Principais características da Arte Povera

  • Crítica a sociedade de consumo, capitalismo e processos industriais;
  • Crítica a comercialização do objeto artístico;
  • Oposição ao modernismo, pop arte, racionalismo científico e minimalismo;
  • Arte antiformalista que se aproxima de algumas vanguardas europeias, tal qual o surrealismo e dadaísmo;
  • Utilização de materiais simples e naturais (sucatas, papel, vegetal, terra, metal, comida, sementes, areia, pedra, tecido, etc.);
  • Criatividade e espontaneidade;
  • Efemeridade e materialidade da arte;
  • Valores pobres e marginais;
  • Contraste do “novo” e do “velho”;
  • Temáticas da natureza e do cotidiano.

Principais Artistas e Obras

Os principais representantes da Arte Povera foram:

  • Giovanni Anselmo (1934): escultor italiano e um dos principais representantes da arte povera na Itália, sendo autor de obras como: Specchio (1968), Torsione (1968) e Infinito (1971).
  • Mario Merz (1925-2003): artista italiano muito famoso pelos seus “iglus”, com destaque para a escultura "iglu de Giap” (1968) e o "Iglu de Pedra" (1982).
  • Marisa Merz (1926): escultora italiana e viúva do artista Mario Merz, também foi destaque com obras da arte povera: Escultura Viva (1966), Sem Título (1966) e Fontana (2007).
  • Michelangelo Pistoletto (1933): pintor e escultor italiano, considerado um dos protagonistas do movimento de arte povera com destaque para obras de escultura, pintura, instalação e performance: Vênus dos trapos (1967), Orquestra de trapos (1968), Pequeno Monumento (1968).
  • Jannis Kounellis (1936): pintor grego, famoso por suas instalações com elementos vivos (vegetais ou animais) da qual se destaca a "Margarida com fogo", produzida em 1967; e a instalação realizada em 1969, com doze cavalos que circulavam livremente na sala de exposições da galeria Attico em Roma.

Além deles, outros artistas italianos figuraram no contexto da arte povera, a saber: Pino Pascalli (1935-1968), Alighiero Boetti (1940-1994), Luciano Fabro (1936-2007), Giulio Paolini (1940), Piero Gilard (1942), Emilio Prini (1943), Gilberto Zorio (1944), Gianni Piacentino (1945) e Giuseppe Penone (1947),

Daniela DianaLicenciada em Letras pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) em 2008 e Bacharelada em Produção Cultural pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2014. Amante das letras, artes e culturas, desde 2012 trabalha com produção e gestão de conteúdos on-line.
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