As novelas de cavalaria foram muito marcantes na cultura e literatura portuguesas; Surgiram na época do Trovadorismo em Portugal, narrando acontecimentos históricos e guerreiros, com personagens corajosos e leais, com espírito cavalheiresco, os quais viviam uma vida cheia de perigos e aventuras, ressaltando assim as virtudes dos heróis.
O tempo passou, mas ainda hoje percebemos traços do Trovadorismo e das Novelas de Cavalaria presentes em textos da literatura contemporânea. Um dos gêneros que adotam estas características é o Cordel.
O Cordel, assim como as novelas de cavalaria, é uma narrativa em verso, mas não é só na forma que estes dois gêneros se assemelham, mas também encontramos semelhanças nos temas abordados e até mesmo em algumas características linguísticas.
Alguns cordéis apresentam um tom de heroísmo, como por exemplo o folheto “Antonio Silvino, o rei dos cangaceiros” de Leandro Gomes de Barros, que traz já no título esta característica. O personagem principal é um herói, valente, lutador, porém a história narrada no cordel é adaptada, assim como os portugueses o fizeram com as novelas francesas, à realidade nordestina, abordando temas típicos como a miséria, a fome, a seca, etc. É assim que acontece com a grande maioria dos cordéis. Eles tratam de temas tipicamente nordestinos, ou quando muito, criticam a política ou sociedade brasileiras.
Novelas de Cavalaria e cordéis possuem muitos traços em comum, como por exemplo o uso de fatos fantásticos e a abordagem de valores morais e espirituais comuns à sociedade.
Usa-se de fatos fantásticos para dar mais ênfase ao seu trabalho, isso acontece principalmente quando ele retrata Antonio Silvino, que além de corajoso como era o real, suportava vários dias sem comer e sem beber, além de nunca ter sido pego por uma onça que comeu seu companheiro quando passou mais de um mês numa montanha escondido.
Para finalizar essa rápida comparação entre as novelas de cavalaria e o romance de cordel, concluímos que tanto o romance de cordel como as novelas de cavalaria tem muitos traços incomuns, como já foi falado antes, onde ambos abordam em suas narrativas os valores morais e espirituais que se relaciona ao bem comum a todos.
O texto do cordel, no entanto é adequado a uma realidade social, para que seja aceito pelo público, e por isso, ao contrário do artista erudito, se detém à tradição e ao modo de viver e falar popular, sem interferir no texto original, preservando-o com o objetivo de fazer referência à própria cultura.
Fontes: http://pt.scribd.com/doc/54266519/4/A-literatura-de-cordel-e-as-novelas-de-cavalaria http://lucieudatorres.blogspot.com.br/2011/05/novela-de-cavalaria-e-literatura-de.html
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