O botulismo é uma intoxicação alimentar muito grave, causada pelas neurotoxinas produzidas pela bactéria Clostridium botulinum, causando entre outros sintomas, paralisia da musculatura respiratória, levando o paciente à morte. É uma doença que oferece imunidade. Uma mesma pessoa pode ter botulismo várias vezes na vida. Deve ser considerada emergência médica e um problema de saúde pública. Possui uma mortalidade acima de 30%. Existem três tipos conhecidos de botulismo: alimentar, por feridas e infantil.
A toxina botulínica também pode ser usada em guerras biológicas ou em ações de bioterrorismo. Pode ser usada na forma de dispersão em aerossol ou como contaminante em alimentos. Tem sido relatados casos de botulismo provocados por diversos alimentos, como mortadela, produtos suínos, azeitonas e palmito em conserva, sardinha enlatada, pimenta e queijo.
Botulismo alimentar: ocorre por contaminação do alimento (embutidos e conservas caseiras) por esporos da bactéria, que germinam produzindo a toxina. A transmissão pode ocorrer também pelo não aquecimento adequando dos alimentos, que poderia destruir a toxina. O período de incubação varia com a dose da toxina, mas varia de 18 horas a vários dias.
Botulismo por feridas: ocorre pela contaminação de feridas (normalmente lesões traumáticas em solos contaminados) com esporos da bactéria. Pode ocorrer também entre usuários de drogas e em mulheres que realizam o parto cesáreo.
Botulismo infantil (ou botulismo de lactentes): este tipo de botulismo está associado à Síndrome de Morte Súbita do Recém-Nascido, ocorrendo normalmente em crianças menores de dois anos. Em alguns casos, parece que a alimentação com mel contaminado transmite a doença. Nesta idade, a microbiota de proteção dos intestinos dos recém-nascidos ainda não está presente, e os esporos germinam e produzem a toxina na luz intestinal do recém nascido.
Pode ser feito o isolamento das toxinas nas fezes ou sangue e pesquisa da bactéria no sangue. Deve-se também pesquisar a bactéria ou toxina em alimentos suspeitos que tenham sido ingeridos.
De um modo geral, os pacientes suspeitos devem ser internados para acompanhamento da função respiratória. Pode ser ministrado o soro antibotulínico para combater as toxinas que estão circulando no sangue. A penicilina é a droga de escolha. Em pacientes alérgicos, a opção é o Metronidazol. Pacientes que tiveram atendimento médico rápido permanecerão com pouca ou nenhuma sequela. Pacientes graves ou com demora no tratamento podem ter sequelas.
Devem ser adotados procedimentos que evitem a multiplicação de esporos e a multiplicação da bactéria. A esterilização correta dos alimentos elimina a possibilidade de se contrair a bactéria. Alimentos devem ser conservados sob refrigeração ou congelamento para dificultar o crescimento da bactéria. Ao realizar compras em supermercados, deve se evitar os alimentos em conserva cujas latas estejam estufadas, pois isso é indício de produção da toxina botulínica. Essas latas devem ser imediatamente descartadas. Crianças menores de dois anos não devem consumir mel.
Bibliografia:
Botulismo: causas, sintomas e tratamento. Disponível em http://www.mdsaude.com/2013/01/botulismo.html
Botulismo - Definição, Tipos, Causas, Perigos, Diagnóstico, Sintomas, Tratamento e Prevenção. Disponível em https://asdoencasraras.blogspot.com/2014/01/botulismo-definicao-tipos-causas.html
Botulismo. Disponível em http://www.fisfar.ufc.br/petmedicina/images/stories/botulismo.pdf
CERESER, Natacha Deboni et al. Botulismo de origem alimentar. Cienc. Rural, Fev 2008, vol.38, no.1, p.280-287.
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