Câncer de esôfago

O câncer de esôfago é frequente no Brasil, acomete mais homens que mulheres, principalmente acima de 60 anos e está associado com a doença do refluxo gastroesofágico e o esôfago de Barrett. Basicamente existem dois tipos de câncer de esôfago: Carcinoma de células escamosas, o tipo mais frequente, e o adenocarcinoma, associado com o esôfago de Barrett.

O esôfago é um tubo que leva o alimento da boca até o estômago. Ele começa na boca e termina na região epigástrica, popularmente conhecida como “boca do estômago”. O esôfago fica em contato direto com as estruturas do pescoço (laringe, tireoide e nervos das cordas vocais), do mediastino posterior, região do meio do tórax junto ao coração, aorta, pulmões, diafragma e abdome.

Os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença são o tabagismo e o etilismo em excesso, a obesidade, o refluxo gastroesofágico e o esôfago de Barrett (EB) que é uma condição patológica adquirida, caracterizada pela substituição do epitélio estratificado pavimentoso do esôfago por epitélio colunar especializado do tipo intestinal. Ocorre em pacientes com doença do refluxo gastroesofágico de longa duração

Existem ainda outros fatores associados como o histórico de câncer de cabeça e pescoço ou pulmão, a infecção pelo papiloma vírus humano – HPV, entre outros.

Sintomas

Em geral, assim como outros tipos de câncer, o câncer de esôfago só começa a apresentar sintomas conforme a doença progride. Os sintomas mais comuns são a dificuldade de engolir (disfagia), inicialmente alimentos sólidos depois os líquidos, resultando em engasgos e vômitos após a alimentação, dor ao engolir, perda de peso e vômitos com sangue também podem ocorrer.

Diagnóstico

Assim como o câncer de estômago, o diagnóstico do câncer de esôfago é realizado a partir da endoscopia, que permite a visualização da lesão e a retirada de um pequeno fragmento para a análise (biopsia). Com o resultado da biopsia é realizado o diagnóstico do câncer e do tipo especifico que se trata. Após a biopsia, para verificar a extensão da lesão, o chamado estadiamento, são realizados exames de sangue, tomografia e ultrassom. Pode ser realizado também um exame chamado PET/CT que avalia todos os órgãos e auxilia na visualização de casos de metástases.

Tratamento

O tratamento pode ser cirúrgico, através de quimioterapia ou de radioterapia, que podem ser aplicados isoladamente ou em conjunto, dependendo da extensão da doença. A cirurgia consiste na retirada do órgão doente com margens de segurança e remoção dos gânglios que estão ao redor do esôfago e estômago.

Prevenção

Não fumar e não beber em excesso, tratar o refluxo gastroesofágico e a obesidade são algumas das formas de prevenir o desenvolvimento da doença. É importante adotar uma dieta rica em frutas e legumes, evitar o consumo frequente de bebidas muito quentes, alimentos defumados e realizar o acompanhamento médico.

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