O câncer de mama é o tipo de câncer mais incidente na população feminina mundial e brasileira, atrás apenas do câncer de pele do tipo não-melanoma, responde por cerca de 28% dos casos novos de câncer a cada ano. Também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. É relativamente raro antes dos 35 anos e acima desta idade, sua incidência cresce progressivamente, especialmente após os 50 anos. Há vários tipos de câncer de mama, que se desenvolvem de maneiras diferentes, alguns rapidamente e outros não.
Existem diversos fatores de risco associados com o desenvolvimento do câncer de mama e entre os principais estão: a idade acima de 50 anos, fatores endócrinos e história reprodutiva, que são relacionados a menarca (primeira menstruarão) antes dos 12 anos, não ter filhos ou a primeira gestação após os 30 anos, fazer uso de anticoncepcional por tempo prolongado, entre outros, fatores comportamentais-ambientais, relacionados à obesidade e sobrepeso após a menopausa, sedentarismo, consumo de bebidas alcoólicas e exposição frequente a radiações ionizantes como raios X, mamografia e tomografia e por fim, fatores genético-hereditários, relacionados ao histórico familiar de: câncer de ovário, câncer de mama em homens e câncer de mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos.
Como dito, mulheres mais velhas sobretudo a partir dos 50 anos de idade têm maior risco de desenvolver o câncer e o acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam de modo geral esse risco.
Os principais sintomas do câncer de mama são: Caroço (nódulo) fixo e geralmente indolor nas mamas, alterações no bico do peito (mamilo), pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja, pequenos nódulos na região das axilas ou no pescoço e saída de líquido anormal dos mamilos.
As estratégias para a detecção do câncer de mama são o diagnóstico precoce (abordagem de pessoas com sinais e/ou sintomas iniciais da doença) e o rastreamento (aplicação de teste ou exame numa população assintomática, aparentemente saudável, com o objetivo de identificar lesões sugestivas de câncer e, a partir daí, encaminhar as mulheres com resultados alterados para investigação diagnóstica e tratamento).
Todas as mulheres, independentemente da idade, devem conhecer seu corpo para saber o que é ou não é normal em suas mamas. A orientação é que a mulher realize a “auto palpação” das mamas que não requer uma técnica específica. É necessário que a mulher procure esclarecimento médico sempre que houver dúvidas em relação aos nódulos encontrados na auto palpação das mamas e a participar das ações de detecção precoce do câncer de mama.
É importante que as mulheres sejam examinadas por um profissional e a partir dos 40 anos sejam submetidas às mamografias de rotina. A partir dos 50 anos até os 75 anos, esse exame deve ser repetido todos os anos. Depois dos 75 anos, o câncer de mama deixa de constituir risco importante para a mortalidade da mulher idosa.
Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento. O tratamento varia de acordo com o avanço da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausal, comorbidades e preferências).
Em geral, este tipo de câncer apresenta um bom índice de cura, principalmente quando diagnosticado em sua fase inicial. Realizar o autoexame e rotineiramente procurar um médico para exames como a mamografia, são essenciais e fortemente frisados em campanhas de conscientização da doença.
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