O câncer de pâncreas é muito agressivo e tem uma alta taxa de mortalidade associada. Nos últimos anos os casos desse tipo de câncer vem aumentando. Pessoas acima de 50 anos são as mais acometidas pela doença, entretanto, apesar de com menor frequência, pessoas mais jovens também podem desenvolver esse tipo de câncer. O pâncreas é uma glândula que tem duas funções principais: a produção de insulina, um hormônio que regula a glicose no sangue, e a produção de enzimas digestivas, que ajudam a quebrar os alimentos em partículas que serão absorvidas pelo nosso organismo.
Existem alguns tipos de câncer de pâncreas, o mais comum é o adenocarcinoma, que em geral é agressivo.
Os fatores de risco podem ser de origem genética ou ambiental. Os fatores de origem ambiental são os mais associados ao desenvolvimento da doença e incluem, entre outros, o habito de fumar, que tem fundamental importância para o desenvolvimento de praticamente todos os tipos de câncer que conhecemos, excesso de álcool, excesso de consumo de carne vermelha e o abuso de embutidos, o índice de massa corporal (IMC), em pessoas com sobrepeso e principalmente obesidade e a diabetes, que também pode ser um fator de risco.
Os sintomas do câncer de pâncreas não são específicos e isso dificulta um diagnóstico precoce. Entre os sintomas que costumam aparecer estão: a icterícia, quando o câncer está localizado na cabeça do pâncreas, perda progressiva de peso sem motivo aparente, dor na região das costas quando a doença avança e a diabetes, que progride rapidamente, levando a insuficiência na produção de insulina, uma das principais funções do pâncreas e por isso ocorre o aumento do nível de glicose no sangue.
O diagnóstico do câncer de pâncreas costuma ser tardio, pois a doença é silenciosa nas fases inicias e o órgão é localizado atrás de outros órgãos, dificultando ainda mais a identificação da doença. Ele é baseado em exames de ultrassom, tomografia e ressonância magnética e exames de sangue, fezes e urina. Após confirmação da lesão segue-se para a biopsia, por ecoendoscopia, para identificação histológica do tumor, importante para direcionar o tratamento.
O tratamento depende do tipo histológico e do estadiamento do tumor. Quanto mais precocemente diagnosticado, maiores as chances de sucesso no tratamento. Após o estadiamento o melhor tratamento para cada caso é indicado, podendo ser cirúrgico ou a base de quimioterapia e radioterapia, isolados ou associados. O tratamento pode ser com finalidade curativa, principalmente através da cirurgia em casos não avançados e sem metástases ou pode ser paliativo, afim de aliviar os sintomas, através da quimioterapia em casos avançados.
Uma das formas de tentar prevenir a doença é evitando os fatores ambientais associados com a grande maioria dos casos, então não fumar, não beber em excesso, evitar alimentos embutidos e gordurosos, o consumo excessivo e carne vermelha, praticar exercícios físicos regularmente e no caso de pessoas portadoras de diabetes mellitus fazer o acompanhamento regular com o endocrinologista e nutricionista para controle da doença são essenciais.
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