O dicionário Priberam define cartografia como a “arte de traçar mapas geográficos ou topográficos” 1. Porém, a cartografia não se limita aos mapas. Toda a representação do espaço com fins de navegação é de interesse para a cartografia: GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), cartas náuticas, aerofotografias, globos terrestres, entre outros.
Sem a cartografia mais elementar não conseguiríamos nos orientar no mundo, ficaríamos perdidos e ou tenderíamos a ficar parados nas mesmas proximidades por toda a nossa vida ou vagaríamos sem rumo e provavelmente sem encontrar o nosso caminho de volta ao ponto original. Basta pensarmos em uma pessoa perdida na mata, sem GPS ou mapa, esse seria o destino da humanidade. Sem falar na dificuldade de traçar as fronteiras nacionais, divisões administrativas e outros sem auxílio das ferramentas cartográficas.
Falando em GPS, são os avanços nas tecnologias cartográficas que permitem diversos confortos que temos na atualidade como o uso de aplicativos de transporte de passageiros, os quais utilizam o GPS para localizar o passageiro, o motorista mais próximo e indicar o caminho para melhor chegar até o destino.
Precisar a origem da cartografia é bem difícil, alguns estudos apontam para 6200 A.C. 2, seja como for, sabemos que desde os tempos mais remotos, havia a preocupação dos diversos grupos humanos (espalhados por todo o mundo) de marcarem os seus caminhos e buscarem meios de registrar a sua orientação 3.
No Brasil existe um curso universitário próprio para os que pretendem seguir carreira na área: o curso de engenharia cartográfica. No curso de geografia, naturalmente, também existem alguns estudos de cartografia, porém não tão profundos quanto os que foram recebidos pelos engenheiros cartógrafos para elaborarem mapas, aerofotografias, GPSs, etc. Esses profissionais encontram amplo mercado não só nos órgãos públicos como IBGE ou nas forças armadas, porém empresas de geolocalização e sensoriamento remoto costumam contratar estes profissionais. O cartógrafo precisa de sólidos conhecimentos não só geográficos, como também matemáticos, já que é extremamente necessário dominar o uso de escalas e proporções.
Para a cartografia escolar, que é ensinada como parte do conteúdo de geografia, geralmente os principais conceitos a serem entendidos são os seguintes:
Planisfério – É o mapa-mundi, em outras palavras, o mapa de todo o mundo, no qual a esfera terrestre precisa ser adaptada para uma superfície plana (a folha do mapa). Existem algumas formas de projeção para fazer essa adaptação:
Mapa político – É um mapa de qualquer localidade que abranja as divisões políticas e administrativas de países, estados, cidades, bairros, etc de todo o mundo ou de parte dele. É o tipo de mapa mais utilizado e geralmente o mais simples de fazer.
Mapa físico – Diferente do mapa político, a sua ênfase se dá nos aspectos naturais de determinada parte do mundo (ou do mundo todo). Este mapa é tradicionalmente identificado pelas curvas de nível, desenhos que representam a altitude de determinada localidade. Neste mapa também se destacam outros elementos naturais como rios, vales, montanhas, florestas, desertos, geleiras, etc.
Mapa mudo – Um mapa que não contém informações escritas e nem pintadas, possuindo normalmente apenas os contornos políticos do mundo, sendo usado para que os alunos possam preencher as demais informações.
Referências:
1 https://www.priberam.pt/dlpo/cartografia
2 http://www.ead.uepb.edu.br/ava/arquivos/cursos/geografia/leituras_cartograficas/Le_Ca_A01_J_GR_260508.pdf
3 https://atlasescolar.ibge.gov.br/conceitos-gerais/historia-da-cartografia/a-origem.html
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