Os habitantes originários que se estabeleceram no arquipélago japonês eram provenientes da região oriental da Sibéria que migraram durante o período neollítico em aproximadamente 3000 a.C. Também existem evidência lingüística que sugerem a presença de colonizadores das ilhas polinésias. É possível ainda que os ainos tenham se estabelecido no arquipélago no decorrer de uma fase de ocupação, mas que no primeiro período a predominância fosse da raça mongolóide. Todas essas possibilidades de formação do povo japonês vêm sendo estudadas por historiadores e arqueólogos.
A língua chamada aglutinante é falada por cerca de 120 milhões de pessoas no Japão, cerca de 200 mil no Havaí, mais de 200 mil nos Estados Unidos e aproximadamente 400 mil pessoas no Brasil. Segundo os lingüistas não existe relação direta entre o japonês e outras línguas, há apenas semelhanças lexicais com línguas do leste da Ásia, dentre as quais se destacam as línguas tibetano-birmanas e as línguas austro-asiáticas.
Os famosos samurais eram a classe guerreira do Japão, que apareceram como administradores das províncias e tinham a função de representar os ricos cortesãos que residiam na capital Kyoto. Os samurais compuseram uma casta privilegiada no Japão até 1871, quando o sistema feudal deve fim.
Durante diversos períodos históricos o Japão sofreu diversas interferências de idéias e cultura procedente do estrangeiro, em contrapartida teve grandes períodos de mínimo contato com o exterior. Ao longo de milênios os japoneses desenvolveram a habilidade de estudar, absorver e assumir elementos de outras culturas que tiveram a função de complementar suas convicções estéticas. As manifestações artísticas e religiosas mais antigas desenvolvidas no Japão, datadas dos séculos VII e VIII, tem relação com a prática do budismo.
Quanto à expressão artística tem-se o pincel como um meio muito utilizado pelos japoneses, utilizado na prática da pintura e da caligrafia nos campos profissional e de entretenimento. Os artistas japoneses consideravam a escultura como um meio de expressão fortemente relacionado com a religião, porém sua importância e utilização diminuíram com a decadência do modelo budista tradicional. No que diz respeito à cerâmica japonesa esta é considerada uma das mais belas e bem trabalhadas do mundo, dentre os objetos japoneses mais antigos conhecidos estão muitas peças de cerâmica. A arquitetura japonesa demonstra com clareza inclinação dos japoneses por materiais naturais, além da minuciosa interação arquitetônica dos espaços interiores com os espaços exteriores. A arte japonesa é valorizada principalmente por sua beleza, pela riqueza de detalhes e pela exuberância do colorido. Ela tem exercido significante influência sobre as manifestações artísticas e sobre a arquitetura ocidentais há vários séculos.
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