Nós seres humanos, fazemos parte de uma espécie que, até o momento, revela-se bem sucedida em termos de sobrevivência biológica. Basicamente somos os únicos seres vivos que povoam todas as regiões da superfície da terrestre, onde o fator fundamental dessa grande adaptabilidade é a sua capacidade psíquica. Com essa ferramenta, consegue-se modificar decisivamente o ambiente a favor da sobrevivência e para uma qualidade de vida que proporcione ao homem uma “estadia” maior no planeta.
E todo o processo de adaptabilidade se dá através da construção do conhecimento que o homem vai adquirindo ao longo da sua existência e sendo transmitido ao longo das gerações. Dentre as várias formas de expressar o conhecimento humano, podemos destacar aqui duas:
Para a socialização dos vários conhecimentos adquiridos pela humanidade, é utilizada a terminologia, isto é um código que os detentores do conhecimento utilizam a fim de tornar o conhecimento socializado e, desta forma, apesar de serem formas completamente distintas de conhecimento (no tocante às suas características) um fomenta o outro, e é justamente através da vivência que surge a dúvida que leva o indivíduo à experimentação para então o conhecimento tornar-se ou não científico.
Exemplificando o que acabou de ser mencionado, podemos citar e caracterizar o exossomatismo, já que o mesmo consiste em uma forma de adaptação inconsciente ou consciente do ser humano às condições ambientais. Em termos mais específicos, é o processo pelo qual os indivíduos (ou as espécies) passam a desenvolver para viver em determinado ambiente gerando, assim, uma adaptação evolutiva que culminará com um quadro de seleção natural.
A relação do fato anteriormente citado com os conhecimentos mencionados pode ser feita da seguinte forma:
O aquecimento global parece ser hoje o ápice de uma problemática que vem se arrastando há muitos anos pela intervenção do homem nos processos e recursos naturais do planeta. Segundo o quarto relatório do IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas - maio de 2007), a responsabilidade humana pela mudança climática atual é de mais de 90%. Essas intervenções implicam, diretamente, na subida do nível do mar pelo derretimento das geleiras ao longo do atual século (com grave ameaça às cidades litorâneas), intensificação dos ciclones, escassez de água potável e de alimentos e, no caso da Amazônia, o aumento de temperatura fará com que a exuberante floresta se transforme em uma savana.
No entanto, o Conhecimento Científico aqui expresso foi conseqüência de uma série de observações do meio ambiente (o que gera o Conhecimento Cotidiano) a partir de pessoas ligadas (ou não) a organismos de pesquisa. Após as observações mostrarem que a natureza se comportava de maneira diferente de alguns anos anteriores, as experimentações começaram a ser feitas, culminado com o conhecimento científico. E o que é mais contundente aqui é que esse conhecimento ainda está sendo produzido com base em novos conhecimentos cotidianos. O relatório do IPCC que foi mencionado é o quarto. Traz no seu texto argumentações e problemáticas diferentes dos três primeiros. É uma amostra direta da transformação de conhecimento cotidiano em conhecimento científico.
Numa perspectiva de Ensino Médio escolar, o relatório em um de seus capítulos trata da radiação ultravioleta que nos atinge. Diferentemente de alguns anos anteriores, a perspectiva de casos de câncer de pele nas populações (principalmente nas regiões tropicais) aumenta consideravelmente. Tratar o causa e as conseqüências dessa incidência nos seres humanos tomando por base o princípio de ação de uma onda eletromagnética e suas faixas de atuação, pode vir a ser um bom aliado na conscientização do aluno acerca do comportamento ondulatório partindo do conhecimento cotidiano e culminado com o conhecimento científico.
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