A União Astronômica Internacional (IAU) considera que constelação é a divisão da esfera celeste, geometricamente, em 88 regiões ou partes. Esse conceito, porém, é bastante recente. Foi adotado durante a revolução da Ciência que nasceu no século XX. Até meados dos anos de 1930, acreditava-se que constelações eram somente agrupamentos de estrelas que formavam figuras de humanos e animais carregados de superstição e lendas.
É difícil estabelecer uma origem para as constelações. Desde sempre, o ser humano tem a curiosidade de observar as coisas a sua volta e, ao olhar para o céu, imaginou seres mágicos através das figuras que pontinhos luminosos formavam durante a noite. Os primeiros traços de saberes sobre constelações foram encontradas em paredes da caverna de Lascaux na França e data de 17.300 anos atrás.
Os gregos descreveram metade das 88 constelações que conhecemos atualmente. 48 constelações foram relatadas por Ptolomeu e, durante os séculos 16 a 17, os astrônomos europeus adicionaram mais constelações a esse grupo.
Com o advento de novas pesquisas que fervilhavam o século XX, era a hora de reformular o que os cientistas sabiam sobre as constelações. As novas pesquisas de evolução estrelar permitiu que as constelações fossem organizadas. Eugène Delporte, em 1930, propôs a organização das constelações 88 grupos de estrelas (nome em latim e, em seguida, nome em português):
Apesar das estrelas formarem figuras semelhantes aos nomes que carregam, a IAU define uma constelação por suas coordenadas e pode ter diversas variações em sua representação. Elas devem ser diferentes dos asterismos, que são padrões ou formas estrelares que não estão relacionadas com as constelações conhecidas mas são amplamente conhecidas pela comunidade astronômica.
Reconhecer algumas constelações não é difícil. Uma constelação bastante fácil é a de Orion por conta de suas estrelas muito brilhantes. Representa uma figura mitológica de um caçador ou guerreiro acompanhado de seus cães de caça. A constelação do Cruzeiro do Sul é a mais importante e famosa no hemisfério sul do planeta. Apesar de pequena, é reconhecível pelo brilho médio de suas estrelas. Na bandeira do Brasil, as constelações se fazem presentes. O cruzeiro do Sul representa os estados do sudeste e a Bahia.
Referências: http://www.iau.org/public/themes/constellations/ http://www.observatorio.ufmg.br/dicas13.htm http://www.alcyone.de/SIT/bsc/bsc.html
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