O COVID-19 é o nome da doença causada pelo coronavírus denominado SARS-CoV-2. O vírus tem essa denominação porque pertence à mesma família de vírus que causam a síndrome respiratória aguda grave (SARS: severe acute respiratory syndrome em inglês) e alguns tipos de gripe comum. O nome da doença (COVID-19) indica o agente: CO de corona (o formato em coroa do vírus); VI de vírus; D de doença e 19 de 2019, pois foi descoberta em 2019.
Em dezembro de 2019, ocorreu um surto com cerca de 50 pessoas na cidade de Wuhan, na China. A maioria dos pacientes havia relatado ter estado no mercado Huanan, que é um mercado que comercializa frutos do mar e animais silvestres vendidos vivos ou abatidos no local. Entretanto, muitos dos pacientes do surto não tinham relação epidemiológica com o mercado, sugerindo que haviam outras fontes de infecção envolvidas.
O primeiro caso oficial de COVID-19 foi um paciente hospitalizado em 12 de dezembro de 2019 em Wuhan, China. Estudos posteriores detectaram um caso clínico da doença com sintomas em 01/12/2019. Mas o primeiro artigo científico publicado (Wu, 2020) por pesquisadores chineses, apontava que o fluido broncoalveolar de um paciente de 41 anos internado no Hospital Central de Wuhan continha um vírus de parentesco com coronavírus causadores da SARS e da MERS. Ele demonstrou muita similaridade com um vírus de morcego coletado na China, e daí surgiu a ideia de que o novo coronavírus se originou de morcegos, que é um reservatório conhecido para o Sars-Cov, agente da Sars. No caso da Sars, sabe-se que o vírus foi transmitido de morcegos para civetas (pequenos mamíferos de hábitos noturnos) e deles para o homem. Mas para o Sars-CoV-2, esta hipótese ainda permanece em aberto.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os sintomas mais comuns da COVID-19 são febre, tosse seca, cansaço, coriza, dor de garganta, dificuldade para respirar, perda de olfato (anosmia), alteração do paladar (ageusia), náuseas, vômitos, diarreia, astenia (cansaço), hiporexia (diminuição parcial do apetite), dispnéia (falta de ar). É importante salientar que nem todos os pacientes podem apresentar todos os sintomas.
Cerca de 80 % dos casos são assintomáticos (sem sintomas) ou oligossintomáticos (poucos sintomas). Os 20% restantes requerem atendimento médico porque apresentam dificuldade respiratória. Destes, 5% pode necessitar de suporte ventilatório. Indivíduos idosos e que possuem comorbidades (coexistência de doenças) como pressão alta, problemas cardíacos e do pulmão, diabetes ou câncer, possuem maior risco de ficarem doentes.
Entretanto, indivíduos de todas as idades podem adquirir a doença e ficar gravemente doentes. Qualquer indivíduo que apresentar febre e/ou tosse associada a falta de ar deve procurar atendimento médico.
A transmissão ocorre por gotículas infectadas pelo vírus de indivíduos com ou sem sintomas. Esta forma de transmissão ocorre através da fala, tosse, espirro ou aperto de mãos. Pode ocorrer também a transmissão por gotículas suspensas no ar, que são capturadas pela inspiração. Outra forma de transmissão é a presença do vírus em superfícies e materiais (por exemplo celulares, mesas, talheres, maçanetas, brinquedos, teclados de computador etc.) contaminados pelas gotículas, que são capturados pelas mãos e levados ao rosto. O vírus pode se manter viável por várias horas ou mesmo dias, dependendo da superfície, mas desinfetantes simples podem destruí-lo.
1) RT-PCR (do inglês reverse-transcriptase polymerase chain reaction). A confirmação da doença se dá pela detecção do RNA do SARS-CoV-2 na amostra analisada obtida preferencialmente de raspado de nasofaringe. O RT-PCR identifica o vírus no período que ele está ativo no organismo (entre o 3º e o 10º dia).
2) Sorologia – identifica a resposta imunológica do corpo em relação ao vírus. Detecta os anticorpos IgM e IgG em pessoas que foram expostas ao SARS-CoV-2. Este exame é realizado a partir da amostra de sangue do paciente. Recomenda-se a realização deste teste 10 dias após o início dos sintomas pelo menos, porque só há produção de anticorpos após um período mínimo de exposição ao vírus.
3) Testes rápidos – existem dois testes rápidos: antígenos (que detectam proteínas na fase ativa da infecção) e o de anticorpos (demonstram uma resposta do corpo em relação ao vírus). Os testes rápidos possuem uma baixa sensibilidade e especificidade em relação a outros métodos. Segundo o Ministério da Saúde, os testes rápidos apresentam uma taxa de erro de 75% para resultados negativos, significando que o indivíduo supostamente negativo pode ser positivo e transmitir a doença. Estes testes são parecidos com teste de gravidez. Usa-se uma lâmina de nitrocelulose (papel), que ao reagir com a amostra apresenta uma indicação visual em caso positivo.
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As recomendações de prevenção à COVID-19 segundo a Organização Mundial da Saúde são as seguintes:
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Não há, até o momento, tratamento específico para a COVID-19.
Se apresentar sintomas, deve-se ficar em isolamento dos outros membros da família, para evitar contaminação. Deve-se também se alimentar adequadamente e beber bastante líquido.
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Referências:
Wu, F., Zhao, S., Yu, B. et al. A new coronavirus associated with human respiratory disease in China. Nature 579, 265–269 (2020). https://doi.org/10.1038/s41586-020-2008-3 AVISO LEGAL: As informações disponibilizadas nesta página devem apenas ser utilizadas para fins informacionais, não podendo, jamais, serem utilizadas em substituição a um diagnóstico médico por um profissional habilitado. Os autores deste site se eximem de qualquer responsabilidade legal advinda da má utilização das informações aqui publicadas.
Texto originalmente publicado em https://www.infoescola.com/doencas/covid-19/
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