Durante boa parte da Idade Média, o mundo presenciou diversas conturbações, dentre estas eclodiram as Cruzadas (expedições cristãs que tinha por intuito expulsar os muçulmanos da Terra Santa, sendo esta libertada para os cristãos). As campanhas eram apoiadas pela Igreja Católica, tanto que o seu símbolo era uma cruz nas vestes dos cruzados (significando o voto oferecido à igreja), uma vez que o nome de Cruzadas denominou-se justamente devido ao símbolo apresentado durante as expedições.
Antes de existir ou de ser denominada a Primeira Cruzada (oficial), antecedeu a esta, a Cruzada Popular, também chamada de Cruzada dos Mendigos que além de existir motivos religiosos para o seu acontecimento, tinha-se ainda grande cunho econômico (o que levava as grandes participarem do movimento). Um acontecimento extra-oficial que versou em um movimento popular que bem distingue o misticismo de então. Essa cruzada iniciou por volta de 1095-1096 quando o papa Urbano II convocou o exército europeu para o ataque aos muçulmanos. Após a convocação realizada pelo papa, alguns pregadores espalharam a notícia, mobilizando assim, milhares de pessoas (uma enorme camada de pobres e miseráveis, ladrões e campesinos desamparados) que se direcionaram para a Terra Santa (atual Palestina).
Os andantes da expedição passaram pela Alemanha, Hungria e Bulgária ocasionando imensa agitação, porém, boa parte acabou sendo massacrada pelos búlgaros. Os cruzados conseguiram chegar até a cidade de Constantinopla, porém exaustos e sem recursos. O imperador bizantino Aleixo Commeno querendo afastá-los da cidade, retirou-se da capital, incentivando-os o ataque aos infiéis. Aliás, com essa atitude de ataque acabou ocorrendo uma grande chacina, pois os cruzados acabaram sendo mortos pelos turcos.
Antes disso, quando alguns europeus foram para a muralha de Nicéia, o sultão ordenou o bloqueio da fortaleza e o corte aos canais que levariam água para os cruzadistas. Se eles já vinham cansados e praticamente sem nenhum tipo de recursos para a sobrevivência, imagine então sem água para o consumo, foi o que aconteceu, os cruzados que se encontravam na região acabaram morrendo de sede e fome. Os demais continuaram marcharam em direção a um novo ataque, sendo surpreendidos por um ataque de flechas (alguns fugiram, mas a maioria morreu).
De uma forma bem simples, podemos notar que o movimento cruzadista trouxe para a sociedade medieval grande amálgama, mas o que é mais interessante é que eles continuavam mesmo sem recursos para enfrentarem o combate, continuaram a lutar até o fim. Assim, podemos perceber que, milhares de cristãos que participaram da Cruzada Popular acabaram suprimidos, sendo pouco o número dos que foram capturados e escravizados.
Leia também:
Bibliografia: SHEYLIANE. Cruzada Popular ou dos Mendigos (1096). Disponível em: http://as-cruzadas.blogspot.com/2009/09/cruzada-popular-ou-dos-mendigos-1096.html, acessado em 08 de março de 2010.
SOUSA, Rainer. A Cruzada dos Mendigos. Disponível em: http://www.brasilescola.com/historiag/a-cruzada-dos-mendigos.htm, acessado no dia 03 de março de 2010.
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