De modo geral, não se avalia atualmente as condições de aprendizagens individualizadas, mas fundamentalmente o comprometimento do aluno frente às atividades propostas. Dessa forma, a assiduidade e o envolvimento desse aluno com as aulas são fatores determinantes nesse processo. Um dos grandes desafios atuais da educação, pública ou privada, á atrair o aluno ao mundo da educação, e não apenas mantê-lo em vista de seu receio em ser reprovado. É fator visível a questão da escola atual não ser atrativa ao aluno a ponto deste ter prazer em frequentá-la.
Desta almejada realidade podemos nos aproximar quando este aluno observa significados concretos nos temas trabalhados e apresentados pelo professor, e é capaz de levá-los para sua casa e sua vida.
Os alunos reprovados nesta etapa de ensino geralmente não demonstram o comprometimento necessário à sua aprovação, pois não são capazes de satisfatoriamente relacionar alguns conteúdos trabalhados em sala de aula ao seu cotidiano particular, como, por exemplo, a estrutura da matéria e a interação entre as partículas constituintes do átomo, o que torna o prosseguimento dos trabalhos comprometido. Posteriormente, temas como equações químicas e funções inorgânicas não são significativas, o que acaba por despertar o seu desinteresse pelo assunto como um todo.
O desenvolvimento da pesquisa surge neste ponto como uma boa estratégia de ensino, e esta a partir da realidade do educando, de modo a permitir que o mesmo relacione os assuntos de sala de aula às suas atividades diárias. Esta pesquisa, no entanto, deve sempre estar fundamentada por um projeto, de modo que se saibam quais são os objetivos que se deseja alcançar já no início do processo.
Os alunos de baixo rendimento nesta modalidade do ensino geralmente apresentam sérias carências em alguns fundamentos básicos da matemática, como álgebra elementar e geometria, o que os distancia das ferramentas existentes na física capazes de levar os seus conceitos ao contexto de cada um. Assim, alguns temas abordados, como o estudo das leis do movimento e a mecânica, como um todo, são demasiadamente complexos e distantes de sua realidade. Conceitos teóricos ainda são melhores compreendidos do que certas equações envolvidas em suas confirmações, mas logo o processo se torna confuso e cai no abstratismo.
Oficinas de matemática, com assuntos específicos e selecionados em comunhão ao professor de física, assim como trabalhos lúdico-pedagógicos (como Xadrez e Origami) podem surtir efeitos positivos no desenvolvimento intelectual da logicidade do educando, o auxiliando a construir a sua própria visão da física e tornar significativo uma boa parcela de seus conteúdos.
Fonte: CACHAPUZ, A. 1999. Epistemologia e ensino das ciências no pós – mudança conceitual: análise de um percurso de pesquisa In: II Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências, Valinhos: São Paulo. Atas II – ENPEC.
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