Dígrafo é a sequência de duas letras que formam um mesmo som, um único fonema. Não podemos confundir consoantes e vogais com letras, já que são sinais representativos daqueles sons.
Nos dígrafos, cada letra perde sua unidade sonora. Isso porque a sequência de duas letras representa apenas um fonema. Abaixo, alguns exemplos de Dígrafos:
Pêssego Carro Máquina Ninho Chave Alho Molho Banho Assar Arroz Querido Missa Torre Descida
Existem dois tipos de Dígrafos, os Consonantais e os Vocálicos:
É o encontro de duas letras que formam um único som consonantal. Exemplos: lh, ch, nh, rr, ss, qu, gu, sc, sç, xc, xs.
É o encontro de duas letras que formam um único som vocálico. Quando as vogais vêm seguidas das consoantes M e N, representando fonemas vocálicos nasalizados. Exemplos: am, em, im, om, um, an, en, in, on, un.
Vale ressaltar a atenção necessária para os dígrafos abaixo:
QU e GU, pois dependendo da forma como a palavra é pronunciada, pode ser ou não um dígrafo. Para entendermos melhor abaixo, dois grupos de palavras que ilustram a situação:
Eloquência –a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo. Questão – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo QU.
Linguiça - a vogal u é pronunciada, portanto não apresenta dígrafo. Gueixa – a vogal u não é pronunciada, portanto possui o dígrafo GU.
SC, SÇ e XC podem representar o mesmo fonema transcritos também por C ou Ç, como:
Florescer – amanhecer Cresça – apareça Exceder - preceder
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Referência Bibliográfica:
CUNHA, Celso. Gramática do Português Contemporâneo. Belo Horizonte: Bernardo Álvares S. A., 6a ed.1976. 509p.
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