A febre amarela é uma doença infecciosa causada por vírus e transmitida através da picada de mosquitos, um dos quais o Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, a zika e a chikungunya
O primeiro caso conhecido no Brasil data de 1685 e durante anos não se ouviu falar na doença, até que em 1942 sua ocorrência foi registrada no Acre.
A reintrodução do Aedes aegypti no final dos anos 70 aumentou a probabilidade de novas epidemias. Entre 1980 e 2004, 339 pessoas morreram, até que 2017 registrou um surto de febre amarela, altura em que 261 mortes foram confirmadas em cerca de 9 meses. Esses números representam o pior surto da doença no país.
Apesar de o Ministério da Saúde ter anunciado o fim do surto de febre amarela em 2017 no Brasil, o mesmo admite o “aumento da incidência da circulação viral” em 2018. Assim, recomenda atenção à população quanto às datas de vacinação nos estados que apresentam risco de infecção: São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia.
A febre amarela é transmitida, em áreas urbanas ou silvestres, através da picada de mosquitos infectados com o vírus e que entram em contato com pessoas que nunca tiveram a doença ou não foram vacinadas.
O vírus da febre amarela é do gênero Flavivirus e transmitido através da picada dos mosquitos vetores. No meio urbano, a transmissão é feita pelo Aedes aegypti, enquanto nas áreas silvestres, pelo Haemogogus, o qual se infecta com vírus ao picar macacos com a doença.
Neste caso, o vírus é transmitido para outros mosquitos que depois picam os humanos que adentram a floresta, resultando em eventuais casos de febre amarela.
Em geral, os sintomas da febre amarela surgem entre o 3º e o 6º dia após a picada do mosquito. As primeiras manifestações são:
Pode ainda ocorrer náuseas, vômitos e diarreia. Mas, a doença tem cura. Três ou quatro dias depois, cerca de 85% dos doentes recuperam-se completamente e ficam imunizados contra a doença até o fim da vida.
O restante dos 15% infectados apresentam sintomas graves, que podem levar à morte em quase metade dos casos. Nessas situações, além da febre, o doente também pode apresentar:
Cerca de 50% das pessoas que manifestam sintomas graves morrem em 10-14 dias. As que sobrevivem se recuperam sem danos significativos aos órgãos afetados.
A vacina contra a febre amarela é a melhor opção para prevenir e controlar a doença. Ela proporciona imunidade contra a doença dentro de 7 a 10 dias após a vacinação.
Em 2017, o Brasil adotou a dose única de vacina contra a febre amarela para as áreas recomendadas para a vacinação, a qual abrange 19 estados.
A única dose da vacina garante a proteção contra a febre amarela durante toda a vida, sem a necessidade de doses de reforço.
Porém, em 2018, os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia adotam campanhas de dose fracionada da vacina, ou seja, é aplicada uma dose menor do que a prescrita tradicionalmente.
Essa medida foi adotada de forma emergencial e preventiva em virtude do surto da doença e com o objetivo de imunizar mais pessoas. Entretanto, a dose fracionada só garante a imunidade por oito anos, quando deve ser reforçada.
Para evitar reações graves, gestantes, mulheres que estejam a amamentar bebê com menos de 6 meses, bebês com menos de 9 meses, diabéticos, pessoas acima de 60 anos e pessoas em tratamento especiais de saúde, tal como quimioterapia, são os grupos contraindicados para a vacina.
Doadores de sangue também não devem tomar a vacina, a não ser que a doação de sangue seja feita 30 dias após a vacinação. Neste caso, não é o doador que corre algum risco, mas se a pessoa que receber o sangue doado estiver com o seu sistema imunológico debilitado, essa sim poderá apresentar reações graves.
Em decorrência disso, essas pessoas devem tentar se proteger ao máximo, para tanto usando repelentes, roupas que cubram braços e pernas e telas nas janelas.
Não existe um tratamento específico para a febre amarela. O tratamento de apoio visa apenas tratar a desidratação, a insuficiência respiratória e a febre. Para isso, podem ser administrados antibióticos, no caso de haver infecções bacterianas associadas.
Existem duas formas de prevenir a febre amarela: vacinação e controle do mosquito vetor, sendo a vacina a medida de prevenção mais importante contra a febre amarela.
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