Galactorréia é a produção de leite fora do período pós-parto ou de lactação, podendo ocorrer também em indivíduos do sexo masculino.
Tanto no homem quanto na mulher, a etiologia mais comum de galactorréia é um tumor hipofisário, responsável por secretar prolactina, denominado prolactinoma. Normalmente, este último é diminuto quando diagnosticados pela primeira vez. Contudo, tendem a aumentar mais de tamanho nos homens do que nas mulheres. Certos fármacos, como as fenotiazinas, alguns utilizados no tratamento de hipertensão (em especial, a metildopa) e os narcóticos, elevam a produção de prolactina e, consequentemente, levam à galactorréia. O hipotireóidismo também pode causar esta disfunção.
Outras causas de galactorréia compreendem: exercícios físicos (devido à liberação de endorfinas), lesões torácicas (quando há o envolvimento do 4° e 6° nervos intercostais), estimulação dos mamilos, uso de antieméticos, uso contraceptivos orais, dieta composta por alimentos gordurosos, patologias hipotalâmicas, insuficiência renal e síndrome dos ovários policísticos.
Além da síntese de leite, os sintomas diferem entre homens em mulheres. Estas últimas apresentam interrupção da menstruação ou irregularidade do ciclo menstrual, ondas de calor e ressecamento vaginal. Já os homens, podem apresentar cefaléia, perda da visão periférica, perda do interesse sexual e impotência.
Para identificar a causa dessa condição, utiliza-se uma associação de análises sanguíneas e tomografia axial computadorizada (TAC) ou ressonância magnética (RM). Durante um exame físico, são nítidos os sinais de deficiência de estrógeno, enquanto que valores de prolactina e outros hormônios, como do hormônio luteinizante (LH) e do folículo estimulante (FSH), necessitam de uma análise de sangue. Os exames de imagem (TAC e RM) podem evidenciar pequenos prolactinomas, sendo que, caso o tumor apresente grandes dimensões, o oftalmologista realiza exame dos campos para identificar problemas visuais.
O tratamento da galctorréia vai depender da causa. Quando se tratar de um prolactinoma, haverá uma variação na terapêutica. Quando a concentração de prolactina sanguínea encontra-se exacerbada e os exames de imagem mostram somente um diminuto tumor hipofisário ou nada, o médico pode recomendar o uso de bromocriptina, ou então, não receitar nenhum tratamento. Em indivíduos do sexo feminino, a bromocriptina apresenta a vantagem de elevar os níveis de estrógenos, o que pode prevenir o desenvolvimento de osteoporose. Este fármaco deve ser prescrito para pacientes com prolactinoma que pretendam engravidar, além do que colabora com a interrupção do fluxo de leite. Contraceptivos de uso oral, que contenham estrógenos, também podem ser prescritos às mulheres que apresentem pequenos prolactinomas. Em geral, os médicos recomendam a realização de um acompanhamento anual, por meio da TAC e RM.
Nos casos de pacientes que apresentam tumores grandes, estes são tratados com bromocriptina ou cirurgia, após a realização de uma investigação detalhada do sistema endócrino. O tratamento é acompanhado por um endocrinologista, neurocirurgião e um radioterapeuta.
Quando a causa for insuficiência renal, hipotireóidismo ou lesão torácica, o tratamento deve ser voltado à patologia em questão. Nas situações resultantes do uso de fármacos, o uso destes deve, quando possível, ser suspensos ou substituídos. No caso de estimulação mecânica do mamilo, esta deve ser identificada e suspensa. Os casos de disfunção hipotalâmica devem ser tratados com bromocriptina, assim como os casos de prolactinoma.
Fontes: http://www.manualmerck.net/?id=170&cn=558 http://www.portaldeginecologia.com.br/modules.php?name=News&file=article&sid=52 http://www.tuasaude.com/sintomas-de-galactorreia/ http://csgois.web.interacesso.pt/MGFV001MASTER/textos/47/274_texto.html
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