As gimnospermas são plantas terrestres que possuem sementes, mas não produzem frutos.
O nome do grupo deriva das palavras gregas gymmos "nu" e sperma "semente", ou seja, significa semente nua. Isso porque, as sementes das gimnospermas não encontram-se no interior dos frutos, ficando expostas ou nuas.
São exemplos de gimnospermas as araucárias, cedros, cicas, ciprestes, pinheiros e sequóias.
Araucária
Em geral, essas plantas adaptam-se melhor em climas mais frios e temperados. Acredita-se que existam cerca de 750 espécies de gimnospermas.
As plantas gimnospermas possuem raiz, caule, folhas e sementes. Não existem flores e frutos. Apresentam, ainda, vasos condutores, xilema e floema.
O desenvolvimento das sementes e do grão de pólen foi uma grande conquista evolutiva das gimnospermas. Esse fato fez com que as plantas dominassem definitivamente o ambiente terrestre, pois ficaram independentes da água para a fecundação.
Atualmente, esse grupo de plantas pode ser encontrado em vários tipos de ambientes. Um exemplo é o pinheiro-do-paraná ou araucária, que pode ser encontrado na Mata das Araucárias, no Sul do Brasil.
A estrutura reprodutiva das gimnospermas é o estróbilo, também conhecido como cone, daí a denominação conífera para as gimnospermas.
Os estróbilos são formados por folhas modificadas que se agrupam e formam essa estrutura. Essas folhas são férteis e não realizam fotossíntese.
Estróbilo
Os estróbilos podem ser masculinos ou femininos. Isso permite que as gimnospermas possam ser monóicas ou dióicas. Quando monóicas possuem estróbilos masculinos e femininos. Quando dióicas possuem apenas um dos tipos de estróbilo.
Os estróbilos masculinos, também chamados de microstróbilos, são pequenos. Em seu interior são produzidos os esporos masculinos (micrósporos), através dos microsporângios.
Os estróbilos femininos, também chamados de megastróbilos, são maiores e conhecidos popularmente como pinhas. Eles produzem os esporos femininos (megásporos), através dos megasporângios.
Para compreender o ciclo de vida das gimnospermas, vamos considerar o exemplo de um pinheiro, um representante típico desse grupo.
No momento da reprodução, as folhas modificam-se e originam os estróbilos masculinos (microstróbilos) e estróbilos femininos (megastróbilo). Lembre-se que algumas espécies podem ter estróbilos masculinos ou femininos, são dióicas.
Nos megastróbilos são produzidos, por meiose, os megásporos. Eles ficam retidos nos megasporângios, onde desenvolvem-se no interior do óvulo e originam o gametófito feminino. A partir do gametófito feminino surgem dois ou mais arquegônios, em cada um diferencia-se uma oosfera, o gameta feminino.
Nos microstróbilos, os microsporângios produzem, por meiose, os micrósporos. Desses micrósporos surgem os grãos-de-pólen, também chamados de gametófitos masculinos. Eles ficam armazenados no microstróbilo até serem liberados no ar.
Nesse momento, ocorre a polinização realizada pelo vento (anemofílica). Os grãos-de-pólen viajam pelo ar até encontrar a abertura do óvulo. Quando isso ocorre, eles germinam e originam o tubo polínico que cresce e alcança o arquegônio. Isso possibilita que os gametas masculinos fecundem a oosfera e originem o zigoto.
Desse processo surge o pinhão, que é a semente, ou seja, o portador do óvulo fecundado, o embrião.
As angiospermas também são plantas terrestres. A grande diferença entre as angiospermas e as gimnospermas é em relação à estrutura. As angiospermas possuem flor e fruto. Isso faz com que a sua semente seja protegida pelo fruto, o que não ocorre com as gimnospermas.
Assim, as angiospermas são plantas complexas que apresentam raiz, caule, folhas, flores, frutos e sementes.
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