Os Godos foram um povo germânico originários das regiões meridionais da Escandinávia.
A única fonte existente que relata um pouco da história inicial dos Godos é a Gética de Jordanes, cujo texto foi escrito em 551 baseando na obra de doze volumes escrita por Cassiodoro. Como se sabe que Jordanes não possuía em mãos os escritos de Cassiodoro, deve-se considerar com extremo cuidado os relatos que são feitos sobre a origem dos Godos.
Este povo supostamente surgiu por volta do ano 200 e era constituído de dois povos, os tervingos e os grutungos. O termo “Godo” é derivado de línguas proto-germânicas e significa derramar ou espalhar. Logo, os Godos eram designados como os homens espalhadores de sementes.
Os Godos eram originários de uma região na Europa Setentrional chamada de Götaland, localizada atualmente na Suécia. Mais tarde, os Godos se deslocaram para a região de Vístula, na atual Polônia. Acredita-se também que os Godos tenham chegado a cruzar o mar Báltico.
Os Godos eram considerados bárbaros pelo Império Romano, por possuírem uma cultura alheia a este e serem provenientes de terras que não integravam o território romano. O conflito entre os dois foi inevitável, os Godos atacaram os romanos e, em 269, também iniciaram ofensivas contra a Grécia. Mas o revide dos romanos, sob liderança de Aureliano, obrigou os Godos a se refugiarem na margem esquerda do Danúbio, local onde passaram a viver como mercenários ou colonos.
E na ocasião em que se refugiam às margens do Danúbio que os Godos se dividem em outros dois povos, os Visigodos e os Ostrogodos. Cada um deles seguiu então seu próprio caminho, os primeiros rumaram para o oeste e invadiram o sul da França, chegando até a Península Ibérica. Já os Ostrogodos foram subjugados pelos Hunos e mais tarde seguiram para o norte.
Os Godos eram identificados por portarem escudos redondos e espadas curtas. Tinham por característica a lealdade ao rei e possuíam diversas histórias lendárias. Beowulf, que ficou famoso recentemente por tornar-se retratado nos cinemas, é um herói godo de um poema épico. A língua que falavam era o gótico, um idioma de origem germânica que é o único bem registrado. Os Godos passaram a ser um grande símbolo de identificação nacional dos suecos, até o século XIX acreditava-se que estes eram descendentes diretos dos Godos. Mas os pesquisadores mostraram que se trata apenas de um movimento cultural chamado goticismo que inclui entusiasmos em relação ao norueguês antigo.
Fontes: BRADLEY, Henry. Os Godos: dos Tempos Antigos ao Fim do Domínio Gótico na Espanha, Londres: T. Fisher Unwin, 1888.
HEATHER, Peter. Os godos.
WOLFRAM, Herwig. História dos Godos. Los Angeles: University of California Press, 1988.
http://tam.ancient.eu.com/timeline/
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