Gonorreia

A gonorreia é uma das doenças sexualmente transmissíveis (DST), mais comum no mundo, com cerca de 200 milhões de novos casos a cada ano. Afeta igualmente homens e mulheres, mas os sintomas são diferentes nos dois sexos. Nas mulheres os sintomas são mais difíceis de serem detectados e muitos casos com resultado laboratorial positivo são relatados como assintomáticos. É predominante na juventude, por conta da maior diversidade de parceiros nessa idade, mas pode ocorrer em qualquer fase da vida. Quando ocorre em crianças, pode ser um indicativo de abuso sexual. É causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae (também conhecida como gonococo). É também conhecida como blenorragia, blenorreia, esquentamento, pingadeira, purgação, fogagem, gota matutina, gono e uretrite gonocócica. No Brasil, não é uma doença de notificação compulsória.

Transmissão

Só ocorre de duas maneiras: transmissão sexual ou pela mãe durante o parto. O período de incubação pode ser de apenas 24 horas após a relação sexual desprotegida ou variar até 5 dias. Há 50% de possibilidade de transmissão de pessoa a pessoa pelo contato sexual e pode durar anos se não for tratada.

Sintomas

Nos homens, o principal sintoma é a uretrite (inflamação da uretra), que se caracteriza por corrimento purulento (de aspecto leitoso) e ardência ao urinar. A intensidade da ardência varia de indivíduo para indivíduo. Pode ocorrer também uma infecção do epidídimo, provocando edema na bolsa escrotal, levando à esterilidade. Nas mulheres a bactéria ataca normalmente o colo do útero, não provocando sintomas aparentes. Em alguns casos, pode atingir as tubas uterinas e os ovários, levando à infertilidade e à doença inflamatória da pélvis, que pode levar a mulher à morte. Nas pacientes sintomáticas, os sintomas são: coceira, dor durante o ato sexual e corrimento vaginal purulento.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito analisando o corrimento purulento utilizando-se o método de Gram (microscopia direta) ou métodos de cultivo da bactéria em meios específicos. É realizado diagnóstico diferencial de infecção por clamídea, ureaplasma, micoplasma, tricomoníase, vaginose bacteriana e artrite séptica bacteriana. Podem ser utilizados também métodos moleculares, mas estes demandam mais tempo e são mais caros.

Tratamento

O tratamento é simples, e é feito do mesmo modo para homens e mulheres. Utiliza-se a azitromicina e outros antibióticos, todos em dose única. A gonorreia disseminada pode causar: artrites infecciosas em joelhos, tornozelos e cotovelos; lesões de pele; hepatite e endocardite. O casal deve fazer o tratamento junto e também deve ocorrer a abstinência sexual para não haver nenhuma reinfecção.

Prevenção

A prevenção se dá com o uso de preservativos nas relações sexuais; procurar assistência médica aos primeiros sintomas; seguir exatamente a prescrição médica.

Bibliografia:

FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE. Centro Nacional de Epidemiologia. Doenças infecciosas e parasitárias : guia de bolso. Brasília, 1999. 217 p.

http://www.mdsaude.com/2009/01/dst-gonorreia-e-clamidia.html 

https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/gonorreia/

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