A gripe comum é uma doença infecciosa aguda, causada pelo vírus influenza, subdividido em 3 tipos: A, B e C, porém, apenas os tipos A e B têm relevância clínica em humanos. O vírus influenza apresenta altas taxas de mutação e o vírus influenza A, que infecta aves e se adapta ocasionalmente aos humanos, apresenta maior variabilidade e possui subtipos como H1N1, H2N2 e H3N2 que são associados com maiores complicações.
Os surtos de gripe são mais frequentes no inverno, mas diferente do que muitos pensam não é por causa do tempo frio e sim devido aos ambientes ficarem fechados e as pessoas mais próximas, o que facilita a disseminação do vírus. A gripe costuma ser confundida com outras doenças, principalmente com o resfriado. Apesar de serem patologias semelhantes, são causadas por agentes etiológicos diferentes, sendo o Rinovírus o mais comum no caso dos resfriados, que atinge as vias respiratórias altas e se manifesta de forma mais leve, com febre mais baixa, menos mal-estar, menos tosse e mais secreção no nariz, que resulta em mais espirros. A gripe, por sua vez, se apresenta de forma bem mais agressiva e costuma deixar o indivíduo infectado debilitado por alguns dias. Em geral, pegamos bem mais resfriados do que gripe.
A transmissão do vírus da gripe ocorre de pessoa para pessoa através de partículas infectadas eliminadas através da tosse ou espirro, mas também pode ocorrer através da contaminação de superfícies por via respiratória. Geralmente ocorre a inalação partículas de secreção infectadas em suspensão no ar. A tosse é o meio mais comum de eliminar gotículas contaminadas, pois o vírus atinge a traqueia.
Os sintomas levam em média entre 3 e 4 dias para se manifestarem. Os sintomas clássicos incluem febre alta, muita tosse, dor de garganta e fortes dores no corpo, fadiga, calafrios e congestão nasal. O vírus se espalha pelas vias respiratórias, incluindo os pulmões e pode atingir a corrente sanguínea e se espalhar para outros órgãos. Em idosos a gripe pode causar problemas mais graves como pneumonia e evoluir para óbito.
Em geral, o diagnóstico é apenas clínico, sem a utilização de exames laboratoriais. São analisados os principais sintomas como a febre, dores no corpo e os problemas respiratórios.
Na grande maioria dos casos, o tratamento é apenas para aliviar os sintomas e são receitados analgésicos e antitérmicos, para as dores e controle da febre, repouso e hidratação.
A principal forma de prevenção da doença é através da vacinação anual. No Brasil o calendário de vacinação costuma ter início no mês de abril e tem como público alvo pessoas com 60 anos ou mais, gestantes, mulheres no período de até 45 dias após o parto, crianças entre seis meses e cinco anos de idade, profissionais de saúde e indivíduos imunocomprometidos, que fazem parte do grupo de risco para as complicações ocasionadas pela gripe. O vírus costuma ser discretamente diferente a cada gripe, por isso pode-se dizer que cada vez que uma pessoa fica gripada é uma gripe diferente. Outro ponto importante para prevenir a disseminação da doença é a questão da higiene, recomendado a utilização de lenços de papel toda vez que for tossir ou espirrar e lavar bem as mãos.
Vale ressaltar que a vacina contra a gripe não protege contra o resfriado. Como foi dito anteriormente, são vírus diferentes que causam as doenças.
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Bibliografia:
http://www.brasil.gov.br/saude/2014/07/saiba-diferenciar-a-gripe-comum-de-outras-doencas
Forleo-Neto E., et al. Influenza. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 36(2):267-274, mar-abr, 2003.
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