Hiperidrose

O suor é necessário para o controle da temperatura corpórea, principalmente durante a realização de exercícios ou quando a temperatura ambiental está mais elevada. A sudorese é controlada pelo sistema nervoso autônomo simpático. A condição onde há um aumento excessivo de transpiração, além do necessário para a regulação da temperatura corporal, é denominada de hiperidrose.

Esta alteração é relativamente frequente. Não é uma doença grave, é apenas uma situação desconfortável que causa constrangimento social e transtornos de relacionamento e até psicológicos no portador dessa condição.

A hiperidrose pode ter causa primária ou secundária. Nesse último caso pode ocorrer como consequência do hipertireoidismo, de distúrbio psiquiátrico, de menopausa ou de obesidade.

No caso da hiperidrose primária, os sintomas podem surgir na infância, na adolescência ou somente na idade adulta, por razões ainda não conhecidas.

O sintoma relatado por quem sofre dessa disfunção é a sudorese constante. Existem fatores que agravam essa situação, como: aumento da temperatura ambiente, realização de exercícios, febre, ansiedade e ingestão de alimentos condimentados. Normalmente há melhora da sudorese durante o sono. Pode afetar todo o corpo ou se restringir apenas à região palmar, plantar, axilar, inframamária, inguinal ou crânio-facil. Em casos graves, onde ocorre gotejamento espontâneo da região afetada, a pele pode ficar macerada ou até mesmo fissurada; na região axilar a sudorese pode gerar odor fétido, podendo contribuir até para o aparecimento de outras doenças (infecções piogênicas, fúngicas, dermatite de contato, entre outras).

Existem dois tipos de tratamento para a hiperidrose:

  • Temporário ou paliativo: uso de antitranspirantes e adstringentes, uso de talco ou amido de milho natural (casos mais leves), não calçar o mesmo par de sapatos por dois dias seguidos, tratamento medicamentoso sistêmico, injeções locais de toxina botulínica (duração de 4 a 6 meses).
  • Definitivo ou cirúrgico: realizado por meio da videotoracoscopia. Realiza-se duas pequenas incisões com aproximadamente 1 cm, onde é introduzido um sistema de vídeo e, em seguida, interrompe-se a condução nervosa responsável pelo problema. A simpatectomia torácica é utilizada no tratamento da hiperidrose palmar e axilar, e também tem resultado positivo para outros problemas (distrofia simpática reversa, doença de Raynaud, entre outras). O procedimento é contra-indicado em pacientes portadores de hiperidrose secundária, pacientes portadores de insuficiência respiratória ou cardiovascular grave e nos pacientes com seqüelas de doença pleural.

A cirurgia pode resultar em hidrose compensatória. Este está associado com o nível de secção ou ressecção da cadeia compensatória. Quanto mais alto for o nível operado, maior a ocorrência da hiperidrose compensatória intolerável. Em outras palavras, ocorre uma melhora na sudorese das regiões críticas, no entanto, outras partes do corpo são atingidas, como por exemplo, costas e abdômen.

Fontes: http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?518 http://www.drauziovarella.com.br/ExibirConteudo/862/hiperidrose http://pt.wikipedia.org/wiki/Hiperidrose http://www.unifesp.br/dcir/torax/vats/hiperidrose.htm#14

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