A histoplasmose é uma micose sistêmica causada pelo fungo Histoplasma capsulatum, que afeta órgãos internos. Ela é uma zoonose, transmitida por aves e morcegos.
Histoplasma capsulatumClassificação científicaReino: Fungi Filo: Ascomycota Subfilo: Ascomycotina Classe: Ascomycetes Ordem: Onygenales Família: Onygenaceae Gênero: Histoplasma Espécie: Histoplasma capsulatumFoi descrita pela primeira vez no Panamá, por Samuel Darling, que necropsiou três casos disseminados da doença entre os anos de 1905 e 1906. No entanto, como produzia lesões semelhantes às causadas pela leishmaniose visceral, foi classificada erroneamente. Apenas no ano de 1934, este microrganismo foi identificado corretamente. Hoje são reconhecidas duas variedades de Histoplasma capsulatum: a variedade capsulatum e a variedade duboisii. Estas duas possuem forma miceliana idênticas, no entanto, possuem forma leveduriforme distintas.
Esta afecção é amplamente espalhada no continente americano, sendo muito prevalente em áreas centrais e sul dos Estados Unidos, e nos países da América Central, bem como em vários países da América do Sul, principalmente Venezuela, Colômbia, Peru, Argentina, Brasil e Uruguai. Tem sido descritos casos na África e no sudeste Asiático. Muito rara na Europa, com exceção da Itália, onde foram diagnosticados alguns casos.
O indivíduo adquire esta infecção através da inalação dos conídios que estão presentes no meio ambiente. Estas alcançam os alvéolos pulmonares, levando a uma estimulação de resposta inflamatória por parte do hospedeiro, formada por macrófagos e células mononucleares, que por sua vez, não possuem capacidade de destruir o invasor. Dentro do complexo macrofágico-linfóide, o fungo irá multiplicar-se, alcançando linfonodos e, em seguida, a circulação sistêmica, instalando-se em órgãos e causando focos inflamatórios.
A partir da segunda semana de infecção, há o desenvolvimento de uma resposta celular, ativando os macrófagos, levando estes a destruir as leveduras intracelulares. Consequentemente, haverá a formação de granulomas epitelióides, que mais tarde irão fibrosar e calcificar. Também há a produção de anticorpos específicos no sangue do paciente, levando a cura da infecção primária, tornando os indivíduos resistentes à novas infecções.
O quadro clínico apresentado pelo paciente vai depender do tipo da infecção.
O diagnóstico desta enfermidade é baseado no encontro do fungo em secreções, tecidos e nas reações sorológicas específicas. Diversos testes laboratoriais estão disponíveis para o diagnóstico desta doença, como: imunodifusão, fixação do complemente, técnicas imunoenzimáticas (ELISA), entre outras.
O tratamento da histoplasmose vai depender da síndrome clínica e do estado imunitário do indivíduo. Este fungo é sensível à vários antifúngicos, como anfotericina B, cetoconazol, fluconazol e intraconazol. No caso da histoplasmose pulmonar aguda, geralmente os pacientes apresentam melhora expontânea, sem que seja necessário a realização de um tratamento específico. Caso seja realizado o tratamento, o medicamento recomendado é itraconazol, por via oral, na dose de 200 mg, durante 3 dias e, em seguida, 200 a 400 mg/ dia, durante 6 a 12 semanas.
Quando for o caso da histoplasmose pulmonar crônica a droga de escolha também é o itraconazol, na mesma dose recomendada para a forma pulmonar aguda, sendo que o tempo de tratamento deve ser de 18 a 24 meses. Nas formas disseminadas, a droga de eleição é a anfotericina B, na dose de 35 mg/kg e a terapêutica de manutenção a longo prazo se faz necessária para manter a remissão clínica.
Fontes: http://www.copacabanarunners.net/histoplasmose.html http://pt.wikipedia.org/wiki/Histoplasmose http://www.mgar.com.br/zoonoses/aulas/aula_histoplasmose.htm http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822009000200020
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