Inconfidência Mineira (conjuração mineira)

No segunda metade do século XVIII, a exploração de ouro em Minas Gerais começou a decair, afetando negativamente todas as camadas da população.

A cobrança de impostos que era feita sobre o ouro foi mantida pela coroa portuguesa, mesmo sabendo que os mineiros já não tinham como pagar o "quinto" (20% do ouro). Apesar da pressão, a Coroa não conseguia arrecadar tanto quanto nas décadas anteriores. Por causa disto, o rei ordenou ao governador da capitania, Furtado de Mendonça, que executasse a chamada "derrama", a cobrança dos impostos atrasados.

Estes impostos atrasados foram cobrados à força, com policiais, de qualquer cidadão mineiro. As contribuições eram feitas com base nos bens que cada indivíduo tinha, e era comum acontecerem casos de todos os bens de uma família serem tomados.

Foi em meio a essa crise que surgiu a Conjuração Mineira (ou Inconfidência Mineira), uma revolta contra a metrópole portuguesa. Os líderes dessa conspiração eram ricos mineradores, pertencentes à elite, pessoas ligadas ao setor militar e da administração da capitania. O único representante dos pobres era Tiradentes, que mais tarde seria o mártir da revolta. A revolta foi baseada nos ideais do Iluminismo, através do conhecimento da independência dos Estados Unidos.

Os objetivos que a conjuração tinha eram modestos, pouco definidos. O principal era tornar Minas Gerais independente, proclamação de uma República, atrair investimentos estrangeiros para a instalação de fábricas, e a construção da Universidade de Vila Rica.

Os líderes da campanha não tinham uma ideia do que ocorreria com os escravos. Manter a escravidão era contra os ideais que pretendiam pôr em prática, porém, caso os libertassem, achavam que os negros tentariam assassinar todos os brancos e tomar o poder da região, já que eram a maioria. Ao final da história, apenas os escravos nascidos no Brasil foram libertados.

Logo o governador tomou conhecimento da revolta, mandando suspender a cobrança da Derrama e prendendo os líderes revoltosos.

As penas dos condenados foram muito fracas para os padrões da época. Justamente porque os líderes da conjuração eram ricos e militares - pessoas importantes.  O único que não tinha qualquer importância, Tiradentes, foi condenado à forca.

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