Não. As medicações que vem sendo apontadas como possíveis tratamentos para a COVID-19 como a Hidroxicloroquina, Azitromicina, entre outras, ainda não possuem comprovação científica, por isso não são recomendadas pelos órgãos de saúde no Brasil.
Pesquisadores em todo o mundo tem recebido autorização dos seus órgãos de saúde para fazer uso de diversos medicamentos antivirais e antibióticos, em pessoas voluntárias, infectadas pelo novo coronavírus, com o objetivo de descobrir um tratamento para a COVID-19 e conter a pandemia atual.
Com isso, estudos sobre um possível tratamento são publicados quase diariamente. China e França mostraram resultados promissores, com o uso de cloroquina e hidroxicloroquina associada a azitromicina. Nos resultados, a recuperação foi mais rápida do que vem sendo descrito.
Desde então, mesmo que sem comprovação definitiva, muitos médicos têm feito uso da medicação, especialmente em casos graves de pneumonia pela doença.
No entanto, não são todos os países que concordam com esses tratamentos ditos experimentais e optam por aguardar comprovação e segurança para recomendar aos pacientes contaminados.
A medicação está liberada para a COVID-19 no Brasil?Não. No Brasil, o governo brasileiro e a Anvisa, órgão responsável pela liberação de novos medicamentos, não recomendam nenhum tratamento medicamentoso específico para combater o novo coronavírus, até o momento.
A Anvisa se pronunciou, dizendo que embora os estudos pareçam promissores, faltam dados conclusivos para permitir a autorização dessa medicação no tratamento da COVID-19.
O que é a Hidroxicloroquina®? Para que serve a medicação?Hidroxicloroquina é uma medicação desenvolvida no ano de 1945, a partir da cloroquina, para o tratamento de malária. Hoje, além da malária, é amplamente utilizada de forma segura e eficaz, para o tratamento de doenças reumáticas, como o lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, artrite reumatoide e outras.
Quais os seus efeitos colaterais?O principal problema relacionado ao uso da Hidroxicloroquina é a retinopatia. Doença que acomete a retina, podendo evoluir com cegueira.
Desconforto gastrointestinal como náuseas, vômitos e diarreia também são efeitos colaterais comuns, mas que podem ser amenizados com a redução da dose ou dividindo em mais vezes.
Outros efeitos, menos comuns, mas que podem acontecer são a tontura, instabilidade emocional, dor de cabeça, irritabilidade, coceira, dermatite, piora da psoríase, perda de cabelo, perda de peso, anemia, angioedema, dor no corpo, fraqueza, zumbido e broncoespasmo.
Outras medicações em testes para o tratamento da COVID-19Além da Hidroxicloroquina, outras medicações com diferentes mecanismos, estão a ser, nesse momento, testadas, são elas:
Pesquisas com o uso da Favipiravir® no Japão também vem apresentando resultados favoráveis. A medicação foi aprovada a pouco tempo, para o tratamento de outros tipos de vírus, porém foi utilizada em casos de COVID-19, com melhora clínica e do RX de pulmão. Mas ainda não foi testada em outros países.
Em contrapartida, estudos com Lopinavir® e Ritonavir® desenvolvidos na França e outro na China, não identificaram benefícios além de oferecer mais efeitos colaterais.
Sendo assim, não existe evidência suficiente para determinar o tratamento medicamentoso eficaz para COVID-19, até o momento, podendo haver mudanças a qualquer momento sobre esse assunto.
Por enquanto devemos seguir as recomendações das autoridades sanitárias locais.
Fontes:
Referências bibliográficas
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